O prefeito Marquinhos Trad (PSD) não é a única autoridade que tem condições, mas não quita o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). O diretor-presidente do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), Gerson Claro Dino, e o ex-secretário de Obras, Edson Giroto, não só não quitaram o tributo, como foram acionados na Justiça para quitar a dívida ativa.
Trad já esclareceu que a dívida é da ex-mulher, Rosana Cláudia Gonçalves Trad, que possui uma escola particular. Conforme o site da prefeitura, a dívida em nome do chefe do Executivo era de R$ 57,9 mil referente ao tributo não pago desde 2013. Após o caso ser publicado pelos blogs, o IPTU foi parcelado em 72 vezes e será pago até 2023.
Giroto engrossa a lista de devedores do IPTU, mas da pequena cidade de Dois Irmãos do Buriti, a 85 quilômetros de Campo Grande. Conforme ação judicial, o ex-secretário de Obras e ex-deputado federal deve R$ 1.120 referente ao não pagamento do IPTU entre 2008 e 2012. A ação foi protolada em 2013.
Enrolado nas denúncias de corrupção reveladas pela Operação Lama Asfáltica, Giroto reside em mansão no Residencial Damha, onde estima-se que o valor gire em torno de R$ 7,5 milhões.
Outro que não paga é o diretor-presidente do Detran, que tem salário de R$ 24 mil por mês. Conforme o site Midiamax, ele é alvo de 16 ações da prefeitura de Sidrolândia por não pagar o IPTU desde 2013.
Claro deve R$ 75,8 mil ao município por não pagar o tributo de uma casa no Jardim São Bento e de 15 lotes no Golden Residenci.
No mês passado, o prefeito da Capital decidiu protestar o nome dos contribuintes inscritos na dívida ativa. A partir de agora, os 550 mil devedores correm o risco de ter o nome sujo na praça porque em decorrência da dificuldade financeira ou desemprego seguiram o exemplo dos abonados e não quitaram o débito com a Prefeitura de Campo Grande.