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    Presidente da CPI do “mensalão”, Delcídio teve “mensalinho” de R$ 500 mil

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt20/05/20174 Mins Read
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    Delcídio alcançou o estrelado ao presidir a CPMI que investigou o mensalão do PT. Nove anos depois, ele recebeu R$ 500 mil por mês e classificou como “mensalinho”

    Presente em todas as delações, o ex-senador Delcídio do Amaral não poderia ficar fora da bombástica feita pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, os donos da JBS. Conforme o depoimento do executivo Ricado Saud, ele recebeu R$ 500 mil por mês. No entanto, ao contrário do cidadão comum, que ganha R$ 937 de salário por mês, o ele classificava essa super mesada de “mensalinho”.

    Conforme a delação da JBS, além da mesada de R$ 500 mil por 10 meses, Delcídio, então candidato a governador em 2014, ainda recebeu R$ 5,3 milhões por meio de notas falsas apresentadas por empresas e produtores rurais e mais R$ 6,2 milhões em dinheiro vivo.

    A relação da JBS com Delcídio começou quando ele assumiu a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), uma das mais poderosas do Senado. Ele tinha o costume de avisar os dirigentes da multinacional, a maior produtora de carne do mundo, sobre os projetos de interesse que eram enviados pelo Governo.

    Não bastasse o tráfico de informações privilegiadas, ele ainda foi o nome do PT, usado pela JBS, para forçar o Governo da presidente Dilma Rousseff (PT), a desistir da ideia de realizar a licitação dos portos. Seria a primeira na República.

    A ofensiva para manter a JBS com o armazém no porto de Santos tinha dois representantes. Delcídio pelo PT e o atual presidente da República, Michel Temer, pelo PMDB. A mobilização surtiu efeito e Dilma, desistiu de realizar o leilão.

    Como o então senador era candidato favorito ao governo de Mato Grosso do Sul em 2014, a JBS decidiu pagar “mensalinho” de R$ 500 mil para ele estruturar a campanha. Neste trecho do depoimento, o procurador fica espantado e questiona: “isso é mensalão?”

    “Se o senhor acha mensalão, eles achavam pouco e chamavam de mensalinho”, responde o delator, Ricardo Saud.

    Um trabalhador normal, na base da pirâmide, levaria 533 meses para receber o mesmo montante. Ou seja, Delcídio ganhava por fora em um mês o que uma pessoa “normal” levaria para receber em 41 anos de vida.

    Aqui entra a história do “Mensalão do PT”, o escândalo que levou Delcídio ao estrelato em 2005 como presidente da CPMI dos Correios. Seguro, ele comandou a investigação que sepultou o poderosíssimo então chefe da Casa Civil e um dos presidenciáveis do PT, José Dirceu, ao ostracismo e a ser um personagem abjeto da história.

    Na época, os deputados foram condenados por receber “mensalão” de R$ 200 mil, feito em um único pagamento, como foi o caso do ex-presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT). Teve político cassado por receber R$ 50 mil.

    Nove anos depois, Delcídio chamou de “mensalinho” o pagamento de R$ 500 mil por 10 meses.

    O dinheiro pago ao ex-petista deveria ser devolvido quando ele fosse eleito governador do Estado ao grupo JBS. No entanto, além de perder a eleição, o então senador acabou preso por determinação do Supremo Tribunal Federal e ainda perdeu o mandato no Senado.

    Neste trecho, Saud contradiz o depoimento do empresário Wesley Batista, que tinha revelado o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) como avalista do ex-petista. Delcidio e o tucano assumiram o compromisso de um quitar o débito do outro em caso de vitória.

    Wesley disse que o pagamento a Delcídio foi de R$ 12 milhões. O ex-senador se comprometeu a manter o esquema iniciado por Zeca do PT e mantido pelos sucessores, que era manter a concessão de incentivos fiscais.

    Azambuja manteve a concessão de incentivos e ainda ampliou com mais quatro TARES (Termos de Acordo de Regime Especial) do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços),  que livrou a JBS de pagar R$ 996 milhões em impostos de 2015 até 2028.

    Delcídio deve ser julgado pela Justiça de primeira instância, já que não tem direito a foro privilegiado.

    Citado nas delações da Petrobras e da Odebrecht, ele já tem ações no Supremo e nas Varas federais de Curitiba, onde reina o temível Sérgio Moro, e de Mato Grosso do Sul.

    Todos os citados negam qualquer irregularidade e que as contas de campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

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