O JacaréO Jacaré
    Facebook Instagram Twitter
    O Jacaré O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Home»BR»Presidente da CPI do “mensalão”, Delcídio teve “mensalinho” de R$ 500 mil
    BR

    Presidente da CPI do “mensalão”, Delcídio teve “mensalinho” de R$ 500 mil

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt20/05/20174 Mins Read
    Facebook Twitter WhatsApp Telegram Email LinkedIn Tumblr
    WhatsApp Facebook Twitter Telegram LinkedIn Email
    Delcídio alcançou o estrelado ao presidir a CPMI que investigou o mensalão do PT. Nove anos depois, ele recebeu R$ 500 mil por mês e classificou como “mensalinho”

    Presente em todas as delações, o ex-senador Delcídio do Amaral não poderia ficar fora da bombástica feita pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, os donos da JBS. Conforme o depoimento do executivo Ricado Saud, ele recebeu R$ 500 mil por mês. No entanto, ao contrário do cidadão comum, que ganha R$ 937 de salário por mês, o ele classificava essa super mesada de “mensalinho”.

    Conforme a delação da JBS, além da mesada de R$ 500 mil por 10 meses, Delcídio, então candidato a governador em 2014, ainda recebeu R$ 5,3 milhões por meio de notas falsas apresentadas por empresas e produtores rurais e mais R$ 6,2 milhões em dinheiro vivo.

    A relação da JBS com Delcídio começou quando ele assumiu a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), uma das mais poderosas do Senado. Ele tinha o costume de avisar os dirigentes da multinacional, a maior produtora de carne do mundo, sobre os projetos de interesse que eram enviados pelo Governo.

    Não bastasse o tráfico de informações privilegiadas, ele ainda foi o nome do PT, usado pela JBS, para forçar o Governo da presidente Dilma Rousseff (PT), a desistir da ideia de realizar a licitação dos portos. Seria a primeira na República.

    A ofensiva para manter a JBS com o armazém no porto de Santos tinha dois representantes. Delcídio pelo PT e o atual presidente da República, Michel Temer, pelo PMDB. A mobilização surtiu efeito e Dilma, desistiu de realizar o leilão.

    Como o então senador era candidato favorito ao governo de Mato Grosso do Sul em 2014, a JBS decidiu pagar “mensalinho” de R$ 500 mil para ele estruturar a campanha. Neste trecho do depoimento, o procurador fica espantado e questiona: “isso é mensalão?”

    “Se o senhor acha mensalão, eles achavam pouco e chamavam de mensalinho”, responde o delator, Ricardo Saud.

    Um trabalhador normal, na base da pirâmide, levaria 533 meses para receber o mesmo montante. Ou seja, Delcídio ganhava por fora em um mês o que uma pessoa “normal” levaria para receber em 41 anos de vida.

    Aqui entra a história do “Mensalão do PT”, o escândalo que levou Delcídio ao estrelato em 2005 como presidente da CPMI dos Correios. Seguro, ele comandou a investigação que sepultou o poderosíssimo então chefe da Casa Civil e um dos presidenciáveis do PT, José Dirceu, ao ostracismo e a ser um personagem abjeto da história.

    Na época, os deputados foram condenados por receber “mensalão” de R$ 200 mil, feito em um único pagamento, como foi o caso do ex-presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT). Teve político cassado por receber R$ 50 mil.

    Nove anos depois, Delcídio chamou de “mensalinho” o pagamento de R$ 500 mil por 10 meses.

    O dinheiro pago ao ex-petista deveria ser devolvido quando ele fosse eleito governador do Estado ao grupo JBS. No entanto, além de perder a eleição, o então senador acabou preso por determinação do Supremo Tribunal Federal e ainda perdeu o mandato no Senado.

    Neste trecho, Saud contradiz o depoimento do empresário Wesley Batista, que tinha revelado o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) como avalista do ex-petista. Delcidio e o tucano assumiram o compromisso de um quitar o débito do outro em caso de vitória.

    Wesley disse que o pagamento a Delcídio foi de R$ 12 milhões. O ex-senador se comprometeu a manter o esquema iniciado por Zeca do PT e mantido pelos sucessores, que era manter a concessão de incentivos fiscais.

    Azambuja manteve a concessão de incentivos e ainda ampliou com mais quatro TARES (Termos de Acordo de Regime Especial) do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços),  que livrou a JBS de pagar R$ 996 milhões em impostos de 2015 até 2028.

    Delcídio deve ser julgado pela Justiça de primeira instância, já que não tem direito a foro privilegiado.

    Citado nas delações da Petrobras e da Odebrecht, ele já tem ações no Supremo e nas Varas federais de Curitiba, onde reina o temível Sérgio Moro, e de Mato Grosso do Sul.

    Todos os citados negam qualquer irregularidade e que as contas de campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

    corrupção delação jbs delcídio do amaral lava jato mensalinho de 500 mil

    POSTS RELACIONADOS

    Reforma de pontes vira “negócio da China” em esquema de desvio de recursos em Bonito

    MS 14/10/20254 Mins Read

    Juiz manda especificar danos e advogado pede bloqueio de R$ 2 bi de Adriane, Lidio e secretária

    MS 12/10/20254 Mins Read

    “O Natal vem para todos”: GECOC desvenda pagamento de propina a secretário e arquiteto

    MS 10/10/20255 Mins Read

    A um ano da eleição, Riedel tem 41,20%, Capitão Contar 18% e Fábio 12%, segundo Ranking

    MS 10/10/20253 Mins Read

    Leave A Reply

    Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

    As Últimas

    Reforma de pontes vira “negócio da China” em esquema de desvio de recursos em Bonito

    MS 14/10/20254 Mins Read

    Advogados suspeitam de venda de praça por Adriane e pedem anulação de negócio de R$ 2,8 mi

    MS 14/10/20256 Mins Read

    Juiz decreta revelia de ex-prefeito e ex-secretário em ação para anular contrato do lixo com Solurb

    Campo Grande 14/10/20253 Mins Read

    BNDES aprova R$ 1,6 bilhão para afetados pelo tarifaço dos EUA

    BR 13/10/20252 Mins Read

    A verdade que você não lê por aí!

    Siga nossas redes:

    Facebook Twitter Instagram
    O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Categorias
    • AGRO
    • BR
    • Campo Grande
    • charge
    • JORNALISMO INVESTIGATIVO
    • Livro
    • MS
    • Mundo
    • Opinião
    • Seu Bolso
    © 2025 Todos os direitos reservados.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.