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    Elo entre três governos, empresário teme ser preso e ameaça ser o primeiro delator de MS

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt15/08/20175 Mins Read
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    Ivanildo Miranda foi o tesoureiro das campanhas vitoriosas para o governo de Reinaldo e André

    O silêncio da Polícia Federal e do STJ (Superior Tribunal de Justiça) não garante o sono dos justos aos acusados de receber R$ 150 milhões em propinas pagas pela JBS em Mato Grosso do Sul. Acostumado a colunas sociais e eventos, o empresário e pecuarista Ivanildo da Cunha Miranda é o elo entre os três governos: Zeca do PT, André Puccinelli e Reinaldo Azambuja (PSDB).

    Principal personagem no escândalo, ele teme ser preso e ameaça fazer delação premiada caso não consiga sair da cadeia em pouco tempo. Eventual colaboração de Miranda assombra os políticos estaduais e pode ter efeito devastador nas pretensões dos principais nomes nas eleições de 2018.

    Pecuarista e dono de duas empresas, a transportadora Berrantes e a distribuidora de bebidas Força Nova, ambas em Corumbá, Ivanildo da Cunha Miranda ficou famoso por assumir o lugar do empresário João Amorim dos Santos como operador financeiro das campanhas de André Puccinelli (PMDB) ao Governo em 2006.

    De acordo com a delação premiada dos donos da JBS, ele foi o operador da suposta propina paga a Puccinelli. O peemedebista é acusado de ter recebido R$ 112 milhões em troca de incentivos fiscais ao grupo frigorífico.

    Das notas fiscais frias emitidas para esquentar a propina paga a Puccinelli, conforme a delação homologada pelo Supremo Tribunal Federal, Miranda foi responsável por emitir seis, que totalizaram R$ 5.003.066,00.

    Em 2013, Puccinelli brigou com o empresário e o substituiu no esquema pelo ex-secretário adjunto de Fazenda, André Cance.

    Com faro para o poder, Ivanildo da Cunha Miranda se aproximou do PSDB e foi o tesoureiro da campanha a governador de Reinaldo Azambuja, que derrotou o então petista Delcídio do Amaral no segundo turno.

    Houve divergência entre o empresário e o governador sobre o valor gasto na campanha, que seria cifra milionária. Eles brigaram e o tucano assumiu, pessoalmente, a operação do suposto esquema de propina.

    Em depoimento ao Ministério Público Federal, o empresário Wesley Batista, conta que a negociação passou a ser feita diretamente com o governador e na Governadoria.

    Reinaldo é acusado de ter recebido R$ 38,4 milhões em vantagens indevidas, sendo R$ 28,4 milhões me notas fiscais frias e R$ 10 milhões em espécie. Ele e o ex-governador serão investigados pelo STJ, que, demonstrou não estar parado nesta terça-feira, ao determinar operação da PF contra Robson Faria (PSD), governador do Rio Grande do Norte.

    No entanto, a eventual prisão de Ivanildo pode atingir o deputado federal Zeca do PT. O petista e empresário são réus na ação de improbidade administrativa, ingressada há 11 anos pelo Ministério Público Estadual, no escândalo envolvendo a concessão do porto de Porto Murtinho a familiares do ex-governador. O julgamento foi retomado no mês passado após fracassar a tentativa de suspender o processo no STJ.

    O Jacaré apurou que Ivanildo da Cunha Miranda pode ser investigado pelo suposto pagamento de propina ao petista. De acordo com a JBS, o esquema começou na gestão de Zeca do PT – o pagamento de propina em troca de isenções fiscais. O índice representava 20% do valor, que acabou sendo elevado para 25% na gestão de Puccinelli.

    Zeca tem a seu favor o fato de que a JBS não possui provas da acusação. Os documentos só comprovam a denúncia contra Pucinelli e Azambuja. Os três – Zeca, André e Reinaldo – negam ter recebido propina.

    O suposto acórdão entre o PT, PMDB e PSDB poderá passar por Ivanildo Miranda, que teme ser preso nesta ofensiva da Polícia Federal contra a corrupção.

    Ele já chegou a ser alvo da Polícia Federal na Operação Máquinas de Lama, a 4ª fase da Lama Asfáltica, quando chegou a ser conduzido coercitivamente para prestar depoimento.

    No entanto, o temor é ficar preso e ser forçado a fazer delação premiada. A alguns interlocutores, ele teria avisado que não pretende mofar atrás das grades enquanto os beneficiados pelo suposto esquema vivem em liberdade impunemente. Teria dado até prazo para aguentar quieto: três dias.

    Ivanildo Miranda posa ao lado de governador quando Reinaldo ainda era deputado federal (Foto: Arquivo/Coluna Fernando Soares)

    Com a subida da segunda denúncia de cobrança de propina envolvendo o governador ao STJ, a denúncia da JBS ganha fôlego e pode ser uma das primeiras a ser investigada no âmbito da delação da JBS.

    Afinal, a suposta propina de R$ 150 milhões representa quase 10% do valor total desembolsado pela companhia em todo o país. Não é pouco dinheiro para se deixar um crime impune por tanto tempo.

    Ou pelo menos, não é uma denúncia que não precisa ser apurada com rapidez para isentar os agentes públicos da injustiça de serem acusados por um crime que não cometeram.

    Que se esclareçam os fatos antes de 2018, porque depois que a urna fechar, não adianta mais.

    Procurador é contra novo pedido de Reinaldo para anular delação

    O procurador geral da República, Rodrigo Janot, manifestou-se contra novo recurso do governador Reinaldo Azambuja para anular a delação premiada da JBS.

    Para o chefe do MPF, o habeas corpus não é o meio legal para cancelar o acordo. Ele também destaca que a delação ajudou a desvendar um dos maiores esquemas de corrupção do País.

    Reinaldo insiste que os irmãos Batista não poderiam receber perdão judicial porque são líderes de uma organização criminosa. Ele cita a hierarquia na empresa para destacar que o grupo era organizado e tinha fins criminosos.

    O governador acusa a JBS de incriminá-lo como retaliação por ter reduzido os benefícios concedidos pelo antecessor.

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