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    Beneficiada por manobra, CCR pode reduzir pedágio se não duplicar 193,5 km até maio

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt02/03/20184 Mins Read
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    Empresa não foi punida porque houve atraso na licença ambiental, mas usuário paga mais caro pelo pedágio (Foto: Arquivo)

    Manobra da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) evitou a punição da CCR MS Via por não cumprir o contrato de concessão até o momento. No entanto, a concessionária pode ser obrigada a reduzir o valor do pedágio se não entregar a duplicação de 193,5 quilômetros até o mês de maio deste ano.

    Se não houver punição administrativa, a esperança do usuário da rodovia é a Justiça Federal, que analisa pedido da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul) para diminuir a tarifa. A ação tramita desde maio do ano passado e só não foi totalmente ignorada pela agência porque o juiz ameaçou aplicar multa diária nos funcionários.

    Veja mais:
    Citada na Lava Jato, CCR não duplica 436 km e ainda lucra R$ 41,2 milhões

    O caso da BR-163, concedida à iniciativa privada em 11 de abril de 2014, é emblemático do atual momento da política brasileira: empresários têm direito a todos os benefícios, mas o contribuinte só deveres.

    Os fatos não deixam dúvidas de que assumir a concessão da rodovia foi “mina de ouro” para o Grupo CCR, investigado na Operação Lava Jato por pagar propinas para integrantes do primeiro escalão tucano em São Paulo.

    A empresa só poderia cobrar pedágio a partir da duplicação de 10% da rodovia. A concessionária cumpriu o item e a cobrança começou em setembro de 2015. Desde então, a concessionária deveria duplicar 467,9 quilômetros, mas só fez 52,3 km.

    No entanto, a MS Via acabou premiada pela não execução, já que houve seis reajustes, considerando-se ordinários e extraordinários, na tarifa do pedágio.

    O principal argumento foi o atraso na concessão das licenças ambientais pelo Ibama, órgão federal. Em decorrência deste imprevisto, houve repactuação do contrato de concessão e a empresa ganhou mais dois anos para cumprir o contrato, de 2018 para 2020.

    Como só duplicou 138,7 km, a empresa deve concluir a duplicação de mais 193,5 quilômetros até o mês de maio. Caso não cumpra a medida, o que já daria um salto substancial na melhoria do tráfego na rodovia, a empresa pode ser penalizada com a redução no valor do pedágio., uma prática praticamente ignorada pelo Governo federal quando o beneficiário final é o usuário.

    A esperança de se cumprir o contrato de concessão, que prevê redução no preço em caso de não cumprimento das metas, é a 2ª Vara Federal de Campo Grande, onde tramita a ação da OAB/MS.

    A entidade reiterou, em novembro do ano passado, o pedido para que o juiz analise a solicitação de liminar para reduzir o valor do pedágio na BR-163.

    A ANTT e a CCR MS Via chegaram a alegar que o processo deveria ser extinto porque a concessionária retomou as obras de duplicação no segundo semestre do ano passado. Na prática, a retomada não significa o cumprimento do contrato.

    Aliás, a Agência Nacional de Transporte Terrestre se comprometeu a apresentar levantamento da situação da rodovia em 60 dias no acordo firmado na audiência conciliatória conduzida pelo juiz federal Ney Gustavo Paes de Andrade.

    No entanto, o órgão levou mais de quatro meses para encaminhar a manifestação. Só fez em outubro porque o magistrado ameaçou aplicar multa de R$ 500 por dia aos dois funcionários que assumiram o compromisso.

    A situação fica mais complicada porque a empresa não manifestou interesse em aderir à  Medida Provisória, baixada pelo presidente Michel Temer (MDB), que estendia o prazo para duplicação em mais 14 anos.

    A MP caducou, mas a ANTT vai considerar a manifestação das empresas em aderir ao novo modelo para evitar punições. A CCR MS Via não protocolou interesse em postergar o cumprimento das metas de cinco para 14 anos, segundo reportagem publicada nesta quinta-feira no Correio do Estado.

    Na prática, significa que a concessionária assumiu o risco de investir R$ 6 bilhões até 2020 para concluir a duplicação total da BR-163, entre as divisas com os estados do Mato Grosso e do Paraná.

    O Brasil precisa ser um país sério. Se existe um contrato, ele deve ser cumprido à risca, para os dois lados. Não se pode só entender o lado empresarial, enquanto a população paga a conta, o sacrifício.

    Pelo “novo” contrato, empresa deverá concluir duplicação completa da BR-163 até o 2020 (Foto: Arquivo)

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    1 comentário

    1. Pingback: Juíza mantém pedágio na BR-163, apesar da CCR não cumprir contrato e lucro crescer 36% – O Jacaré

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