O JacaréO Jacaré
    Facebook Instagram Twitter
    O Jacaré O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Home»Campo Grande»Critério “menor” eliminou oito empresas e impediu economia de R$ 4 mi em licitação milionária
    Campo Grande

    Critério “menor” eliminou oito empresas e impediu economia de R$ 4 mi em licitação milionária

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt19/03/20186 Mins Read
    Facebook Twitter WhatsApp Telegram Email LinkedIn Tumblr
    WhatsApp Facebook Twitter Telegram LinkedIn Email
    Município desclassificou oito empresas
    Duas empresas, com capital social de R$ 3,2 milhões, ganharam contratos de R$ 11,1 milhões para fazer manutenção da iluminação pública. Com critério, município abriu mão de R$ 4 milhões (Foto: Arquivo)

    A Prefeitura de Campo Grande utilizou critério “menor”, considerado ilegal pelo Tribunal de Contas da União, para eliminar oito empresas e restringir a competitividade, causando prejuízo de R$ 4,042 milhões aos cofres municipais na licitação da iluminação pública. As suspeitas de direcionamento levaram o TCE (Tribunal de Contas do Estado) a suspender o certame, que prevê o pagamento de R$ 15,6 milhões por ano.

    [adrotate group=”3″]

    É mais um contrato milionário a colocar a equipe de Marquinhos Trad (PSD) em guerra com o TCE. Ele começa a repetir o antecessor, Alcides Bernal (PP), que vivia reclamando de perseguição da corte fiscal. Assessores usam as redes sociais e grupos de whatsapp para atacar os conselheiros. Alguns até exageram e enxergam complô tucano para desestabilizar a administração municipal, apesar do prefeito caminhar para apoiar à reeleição de Reinaldo Azambuja (PSDB).

    Outros embates entre Marquinhos e o TCE

    Operação tapa-buracos

    Prefeitura reviu edital após intervenção do Tribunal de Contas. Reabertura trouxe economia aos cofres públicos.

    Contrato com a Águas Guariroba

    TCE suspendeu a renovação por 30 anos, feita 18 anos antes de vencer o primeiro contrato, na gestão de Nelsinho Trad. Empresa parou obras de pavimentação em 29 bairros para forçar corte fiscal a manter o acordo. Marquinhos é a favor da concessionária.

    No ano passado, o município lançou a concorrência 010/2017 para contratar empresa especializada na manutenção do sistema de iluminação pública, que previa o desembolso de até R$ 15,686 milhões. Pelo menos 17 empresas se candidataram a disputar os contratos milionários.

    Seis empresas foram desclassificadas no primeiro momento. Na fase de habilitação, o diretor geral da Central de Compras, Ralphe da Cunha Nogueira, e o presidente da Comissão Permanente de Licitação, Leonardo Barbirato Júnior, eliminaram oito das 11 empresas restantes.

    Eles usaram o mesmo argumento: erro na composição dos custos nas planilhas. Só três empresas foram habilitadas, sendo que duas se sagraram vencedoras do certame.

    Com capital social de R$ 710 mil, a Construtora JLC Ltda, dos sócios Jorge Lopes Cáceres e Lair Moreira Queiroz Cáceres, ficou com três lotes (das regiões Centro, Bandeira e Anhanduizinho), que totalizaram R$ 5,122 milhões.

    A Construtora B&C Ltda., com patrimônio social de R$ 2,5 milhões, ficou com os outros lotes (Imbirussu, Lagoa, Prosa e Segredo), que deverão lhe garantir o pagamento de R$ 6,003 milhões. A empresa campo-grandense pertence a Valberto Costa da Silva e Laerte Gomes de Sousa.

    A restrição da concorrência causará prejuízo milionário aos cofres municipais. Só no caso da região do Anhanduizinho, por exemplo, a Diferencial, eliminada pelo critério considerado insuficiente pelo TCU (Tribunal de Contas da União), propôs realizar o serviço por R$ 1,559 milhão, contra R$ 1,990 milhão da JLC.

    No total,  com a cidade em crise e sofrendo com a falta de investimentos em remédios, médicos, segurança e pavimentação, a economia para os cofres municipais seria de R$ 4,042 milhões. As empresas eliminadas poderiam realizar o mesmo serviço por R$ 7,083 milhões, mas Marquinhos optou por pagar R$ 11,125 milhões para as duas vencedoras.

    O item usado para desclassificar oito empresas não constitui motivo suficiente para desclassificação de propostas, segundo dois acórdãos do TCU, publicados em 2014 e 2015. A corte orienta que o poder público determine o ajuste nas planilhas, medida ignorada pela comissão de licitação.

    Graças a este “detalhe”, o município deverá pagar R$ 11,125 milhões, enquanto o mesmo serviço poderia custar R$ 7,083 milhões. Nada como não viver em uma cidade sem problema financeiro, não é verdade?

    Outras irregularidades foram apontadas pela Tecnolumem Iluminção Urbana, que conseguiu liminar no TCE para suspender o certame. O conselheiro Jerson Domingos determinou a correção do edital para excluir as irregularidades.

    A prefeitura não deveria exigir o depósito caução de 1% do valor da licitação para a empresa participar do certame nem a garantia de 5% do valor global do contrato. Ao exigir inscrição no CREA/MS, a comissão excluiu a participação de empresas de outros estados, que poderia resultar em contratos mais vantajosos ao poder público.

    Prefeito não se manifestou se manterá licitação com vícios ou acatará determinação do TCE (Foto: Campo Grande News/Arquivo)

    Para garantir maior economia às empresas, o conselheiro determinou que seja permitida a limitação em disputar de três a quatro lotes.

    Apenas outra coincidência, a JLC apresentou os atestados da prestação de serviços feitos na gestão de Nelsinho Trad (PTB), irmão do atual prefeito. Como se observou, o retorno não é ilegal, apenas uma simples coincidência.

    A prefeitura foi procurada para se manifestar sobre a denúncia na quinta-feira passada, mas não se manifestou até o momento.

    Não se sabe se Marquinhos optará em corrigir os erros do edital e buscar a proposta mais vantajosa para o podre público ou lutará para manter os contratos com a JLC e B&C.

     

    Confira o e-mail enviado ao município na quinta-feira

    “Boa tarde,

    Venho solicitar informações da prefeitura sobre a suspensão da concorrência 010/2017, da iluminação pública:

    – O TCE determinou a suspensão do pregão e a adaptação do edital em 15 dias devido a várias irregularidades. O município vai promover a adequação do edital ou recorrerá para manter as empresas?

    – Das 11 empresas participantes, da Comissão Permanente de Licitação excluiu oito pelo não preenchimento correto das planilhas na parte referente a composição das custas. Há acórdãos do TCU de que esta irregularidade não é suficiente para excluir uma participante. Como a prefeitura analisa esta item?

    – Com a limitação da concorrência, a prefeitura deixou de economizar R$ 7,083 milhões, considerando-se o menor valor proposto por uma das empresas participantes? (nesta segunda-feira, o cálculo foi refeito e o valor correto é R$ 4,042 milhões)

    – Esta economia não seria importante para a prefeitura em tempos de vacas magras?

    – O problema não é a equipe de licitação, considerando-se que não é a primeira a ser suspensa pelo TCE?

    – qual o déficit de lâmpadas atualmente no sistema de iluminação pública da cidade, que precisam ser substituídas?

    – Qual o valor que é arrecadado pela Cosip? E qual o valor gasto com a manutenção da iluminação pública?

    As respostas será aguardadas até a manhã desta sexta-feira, 9h.

    Atenciosamente

    Edivaldo Bitencourt

    Editor de O Jacaré”

    www.ojacare.com.br

    b&b iluminação pública jerson domingos jlc licitação polêmica marquinhos trad tce tcu

    POSTS RELACIONADOS

    Gasto com pessoal cresce R$ 447 mi, apesar de Adriane congelar salários de servidor há 3 anos

    MS 12/06/20255 Mins Read

    TCU aprova com ressalvas contas do governo Lula de 2024

    BR 11/06/20253 Mins Read

    Ministro diz estar superado pedido de Jerson contra foro e mantém envio de ação ao STJ

    MS 02/06/20253 Mins Read

    Com novo nome, CCR vence leilão e ganha nova chance de frustrar usuários da BR-163 até 2054

    MS 22/05/20256 Mins Read

    Leave A Reply

    Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

    As Últimas

    Ex-funcionários do Consórcio relatam jornadas de 11 horas e condições desumanas de trabalho

    MS 12/06/20253 Mins Read

    Gasto com pessoal cresce R$ 447 mi, apesar de Adriane congelar salários de servidor há 3 anos

    MS 12/06/20255 Mins Read

    “Dona de zona” ganha 3 mil seguidores após se livrar de cassação por cobrar melhorias em postos

    MS 12/06/20252 Mins Read

    Maioria do STF vota a favor da responsabilização das redes sociais

    BR 11/06/20253 Mins Read

    A verdade que você não lê por aí!

    Siga nossas redes:

    Facebook Twitter Instagram
    O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Categorias
    • AGRO
    • BR
    • Campo Grande
    • charge
    • JORNALISMO INVESTIGATIVO
    • Livro
    • MS
    • Mundo
    • Opinião
    • Seu Bolso
    © 2025 Todos os direitos reservados.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.