O JacaréO Jacaré
    Facebook Instagram Twitter
    O Jacaré O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Home»MS»Juiz marca para agosto julgamento de calote de R$ 4,5 milhões de deputada na JBS
    MS

    Juiz marca para agosto julgamento de calote de R$ 4,5 milhões de deputada na JBS

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt23/03/20185 Mins Read
    Facebook Twitter WhatsApp Telegram Email LinkedIn Tumblr
    WhatsApp Facebook Twitter Telegram LinkedIn Email
    Deputada trocou de partido após ser expulsa do PSB por apoiar o presidente Temer e votar a favor da reforma trabalhista (Foto: Arquivo)

    A audiência de instrução e julgamento da querela envolvendo a deputada federal Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias (DEM) e a JBS, que envolve o calote de R$ 4,5 milhões, foi marcada para as15h20 de 8 de agosto deste ano. O julgamento foi marcado pelo juiz Paulo Afonso de Oliveira, da 2ª Vara Cível de Campo Grande.

    A democrata e a J & F Investimentos, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, firmaram negócio quando ela era secretária estadual de Produção, na gestão de André Puccinelli (MDB), e lhe garantiria faturamento de R$ 1 milhão por ano.

    Veja mais:
    Deputada dá calote de R$ 4,5 milhões na JBS e briga revela uso da mãe para fazer negócio

    A transação nebulosa envolve o confinamento montado na Fazenda Santa Eliza, em Terenos, a 23 quilômetros da Capital. Tereza Cristina tinha uma relação cordial com os irmãos Batista e até recebeu ajuda do grupo para a campanha vitoriosa na primeira vez em que disputou um cargo eletivo. A JBS doou R$ 103 mil.

    A empresa executa na Justiça a cobrança de duas CPRs (Cédulas de Produto Rural Financeira), obtidas em 16 de setembro e 10 de dezembro de 2009, respectivamente, nos valores de R$ 896 mil e R$ 170 mil. O financiamento foi liberado no nome da mãe da então secretária, Maria Manoelita Alves de Lima Corrêa.

    O pagamento deveria ser feito em fevereiro de 2010 e a garantia era 1.216 bois de 36 meses e a Fazenda Santa Eliza, com 1.069 hectares. Todo o negócio foi feito pela deputada, que tinha procuração da mãe para fazer os negócios. Agora, a J & F cobra R$ 2,647 milhões, que inclui correção monetária e multa.

    Em dezembro de 2010, mais dois financiamentos, que somaram R$ 852,9 mil, também com a garantia de 600 bois, e o pagamento previsto em 27 de maio de 2011. A JBS cobra na Justiça o pagamento de R$ 1,873 milhão.

    Conforme a defesa da deputada, ela negociou diretamente com Joesley a cessão da fazenda da família para o confinamento de 12 mil bois por ano. Joesley Mendonça Batista decidiu assumir o frigorífico de Terenos e retomar o abate. Como secretária, Tereza Cristina viabilizou a reativação do abatedouro e ainda lucrou com a medida.

    Pelo negócio, conforme o contrato anexado ao processo judicial, a JBS pagaria R$ 612 mil por ano pelo arrendamento para confinar 12 mil bovinos. Outros R$ 306 mil seriam pagos pela manutenção da propriedade. Ou seja, o negócio garantia um lucro liquido de R$ 918 mil por ano para a pecuarista.

    No entanto, o acordo teve revés ainda no segundo semestre de 2010. Wesley Batista retornou dos Estados Unidos e suspendeu o contrato, mantendo a negociação em stand by até 2012, quando a JBS decidiu fechar o arrendamento da Fazenda Santa Eliza.

    Enquanto fechava acordo com a multinacional da carne, a deputada perdeu sua mãe. Maria Manoelita morreu em 27 de outubro de 2010.

    De acordo com a defesa, Tereza Cristina não deu calote, mas foi vítima da ganância dos irmãos Batista. O financiamento virou dívida de R$ 2,6 milhões.

    A JBS recorreu a CPR para liberar o dinheiro para a pecuarista Tereza Cristina aplicar na aquisição de gado, de insumos, de rações e de tudo que fosse necessário para iniciar o confinamento dos 12 mil bovinos.

    Como o confinamento teve atraso de dois anos, Tereza Cristina fez acerto verbal com Joesley para descontar dos bois confinados. Os advogados citam que de cada R$ 0,30 a serem pagos por boi, a empresa abateria R$ 0,10 para quitar a dívida. No entanto, mais uma vez, o empresário não cumpriu a palavra e teria surpreendido a parlamentar com a ação de cobrança na Justiça.

    A defesa de Tereza Cristina diz que houve “abuso de confiança e falta de boa fé por parte da JBS”.  Eles alegam ainda que a dívida não pode ser paga porque a deputada não tinha procuração da mãe para fazer o financiamento e não havia assinatura de Manoelita no documento.

    A JBS rebateu a acusação. Destaca que a deputada tinha procuração da mãe para fazer todas as transações necessárias e que a correção da dívida estava em contrato.

    Cita o fato ainda de que Tereza Cristina como secretária de Produção, cargo que ocupou praticamente durante toda a gestão de André Puccinelli (PMDB), de 2006 a abril de 2014, tinha conhecimento das relações de mercado, das regras de financiamento e das consequências do negócio que assumiu.

    O mais estranho é que os advogados da deputada revelam que ela negociou diretamente com Joesley Batista a ativação do frigorífico e o arrendamento da fazenda para o confinamento.

    Conforme a delação premiada da JBS, homologada pelo Supremo Tribunal Federal, a empresa pagou propina para os governadores de Mato Grosso do Sul para obter os incentivos fiscais. Puccinelli, chefe de Tereza, cobrou mais e recebeu R$ 112 milhões.

    Ele não citou o envolvimento da secretária no esquema. Aliás, Joesley, Wesley e Ricardo Saud citaram ainda Zeca do PT e o atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que teria recebido R$ 38,4 milhões em propina.

    Como a audiência de conciliação não teve acordo, o magistrado marcou o julgamento para agosto. Aguardemos os próximos capítulos.

    A decisão deve sair em plena campanha eleitoral, já que a deputada deve tentar a reeleição em outubro deste ano.

    fazenda santa eliza jbs paulo afonso de oliveira terenos tereza cristina

    POSTS RELACIONADOS

    Gestão Adriane é considerada ruim e péssima por 50% dos moradores, aponta pesquisa

    MS 09/06/20254 Mins Read

    Petistas celebram feito “histórico” de Lula na França e bolsonarista detona gasto com hotel

    MS 08/06/20254 Mins Read

    Bolsonaro insiste em Gianni e pode complicar apoio a candidato a senador de Tereza Cristina

    MS 03/06/20252 Mins Read

    Adversários seguem bem atrás e Riedel mantém favoritismo para conquistar reeleição em 2026

    MS 28/05/20253 Mins Read

    2 Comentários

    1. Pingback: De técnica de André a negócios com a JBS, Tereza vira ministra de MS na era Bolsonaro – O Jacaré

    2. Pingback: Tereza Cristina responde a cinco ações por calote de R$ 9,8 milhões – O Jacaré

    Leave A Reply

    Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

    As Últimas

    Em meio a debate de corte de gastos, Motta apresenta proposta que eleva ganhos de políticos

    BR 12/06/20252 Mins Read

    Trio bolsonarista de MS vota contra, mas Câmara eleva pena para posse de arma de uso proibido

    MS 12/06/20253 Mins Read

    INSS deve corresponder à confiança de aposentados, diz ministro

    BR 12/06/20254 Mins Read

    Brasil poderá ter novo recorde na produção de grãos na safra 2024/2025

    BR 12/06/20253 Mins Read

    A verdade que você não lê por aí!

    Siga nossas redes:

    Facebook Twitter Instagram
    O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Categorias
    • AGRO
    • BR
    • Campo Grande
    • charge
    • JORNALISMO INVESTIGATIVO
    • Livro
    • MS
    • Mundo
    • Opinião
    • Seu Bolso
    © 2025 Todos os direitos reservados.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.