O JacaréO Jacaré
    Facebook Instagram Twitter
    O Jacaré O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Home»MS»MPE pede suspensão de concursos da Educação e reabertura para cumprir política de cotas
    MS

    MPE pede suspensão de concursos da Educação e reabertura para cumprir política de cotas

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt05/02/20195 Mins Read
    Facebook Twitter WhatsApp Telegram Email LinkedIn Tumblr
    WhatsApp Facebook Twitter Telegram LinkedIn Email
    MPE pede a reabertura das inscrições para correção no edital, que deveria definir as cotas previstas em lei, e aplicar de novo as provas aos professores e técnicos administrativos (Foto: Arquivo)

    O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) não cumpriu as leis inclusivas e não reservou cotas para negros, índios e pessoas com deficiência nos concursos para contratar 1,5 mil professores e técnicos administrativos. O Ministério Público Estadual ingressou com ação civil pública para suspender os dois certames e reabrir as inscrições após as correções nos editais.

    [adrotate group=”3″]

    Esta é mais uma polêmica a marcar o concurso do magistério, realizado pela Funrio, fundação ligada à Universidade Federal do Rio de Janeiro, que teve denúncias de erros e fraudes nas provas. Dos 14,3 mil inscritos, apenas 74 foram aprovados para a segunda fase, a prova discursiva, que ocorrerá no dia 17 deste mês.

    Veja mais:
    Funrio já teve provas anuladas por falhas; Reinaldo quer fazer novo concurso para professor
    Reprovação de 99,5% é inédita no País, diz CNTE; promotor apura falhas em concurso
    Governo arrecada R$ 3,1 milhões, reprova 13 mil e só aprova 74 para mil vagas de professor
    Sucessão de erros e suspeita de fraudes levam 4,6 mil a pedir anulação de concurso

    O pedido para anular o polêmico concurso é analisado pelo juiz Marcel Henry Batista de Arruda, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.

    A ação para suspender os editais e reabrir a inscrição foi protocolada no dia 10 de dezembro do ano passado, seis dias antes da aplicação das provas do magistério. O promotor Eduardo Franco Cândia, dos Direitos Humanos, abriu inquérito em outubro após denúncia anônima e fez recomendação para o Governo corrigir o edital, mas o pedido foi ignorado.

    Como o edital definiu as vagas:

    Conforme o promotor, a Secretaria Estadual de Educação ofertou mil vagas para professor, mas só 13 vagas para deficientes, cinco para índios e 113 para negros. O correto era destinar 20% das vagas para afrodescendentes (200), 5% para pessoas com deficiência (50) 3% para índios (30).

    A mesma política exclusiva ocorreu no concurso para contratar 500 administrativos, com 33 vagas para negros e nenhuma para índios e deficientes. O correto seria 100 vagas para negros, 25 para deficientes e 15 para indígenas.

    Como as cotas deveriam ser, conforme leis federais e estaduais:

    Ao esquecer o discurso da inclusão no palanque, Reinaldo deixou de cumprir a Constituição Federal, leis federais e estaduais e a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948.

    “O direito à diferença, concretizado nas leis que garantem percentuais de vagas a pessoas com deficiência e pessoas negras e índios (políticas afirmativas), enquanto importante faceta da igualdade, não pode ser esvaziado mediante práticas como a da SAD e SED, que desconsidera todo o objetivo das normas acima citadas de promover a inclusão e combater a desigualdade”, ressalta Cândia.

    “Da maneira como estatuído no Edital ora impugnado, isto é, sem que se preencha nenhuma vaga do total de 500 vagas com candidatos com deficiência e índios, ou que se preencha apenas no total de 1000 vagas, apenas 113 vagas com negros,13 vagas para PcD e 5 vagas para índios, tem-se patente violação ao princípio da igualdade, o qual, na ordem constitucional brasileira, não pode ser lido apenas como proibição à exclusão, mas como obrigação de inclusão”, conclui.

    O promotor pede a suspensão dos dois concursos, a correção dos editais e a reabertura das inscrições.

    O Governo do Estado já se manifestou contra a concessão de tutela de emergência para suspender os certames.

    Conforme a procuradora do Estado, Nathália Paes de Barros, não houve descumprimento da lei nem da Constituição Federal. Como o concurso é regionalizado e por disciplina, não descumprimento das cotas. Na maior parte dos casos, há só uma vaga e não há como fazer a divisão das cotas para negros, índios e pessoas com deficiência.

    Ela cita acórdãos do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul de que não há ilegalidade em não definir reserva de vagas quando só uma vaga.

    O Governo alega ainda que não há critério para definir em qual município poderia encaminhar o cotista, já que o edital não é geral, mas regionalizado. A procuradora observa que o cotista poderá concorrer nas vagas reservadas e na ampla concorrência.

    O Estado ainda argumentou que a concessão de liminar poderá tumultuar o processo, já que a segunda prova será aplicada no dia 17 deste mês.

    Além desta ação, o promotor Marcos Alex Vera de Oliveira abriu inquérito para apurar as denúncias de falhas e fraudes no concurso realizado pela Funrio. Nesta terça-feira, ele ouve o presidente da Fetems, Jaime Teixeira. A entidade é favorável a anulação do concurso devido a reprovação de 99,54% dos inscritos.

    Na internet, mais de 7,5 mil professores assinaram petição em que pedem o cancelamento das provas. Eles querem fazer novo concurso.

    O governador Reinaldo Azambuja já anunciou que não vai cancelar o atual concurso. No entanto, ele prometeu abrir novo certame, onde os candidatos vão desembolsar R$ 216,16 de novo, para ter direito a uma nova chance para obter estabilidade no serviço público e ter direito ao segundo maior salário do Brasil.

    A polêmica sobre a vaga para cotistas é o retrato acabado da política brasileira. Na campanha e no discurso, todos defendem. Na hora de colocar o lindo discurso em prática, negros, índios e pessoas com deficiência continuam sendo discriminados. Lamentável.

    concurso magistério ms 2018 concursos públicos gestão reinaldo azambuja juiz marcel henry batista de arruda marcos alex vera de oliveira promotor eduardo franco cândia secretaria estadual de educação

    POSTS RELACIONADOS

    Empresários repetem ex-secretário e se livram de denúncia pelo desvio de R$ 1 milhão em mapas

    MS 01/06/20254 Mins Read

    Fraude nas licitações de tablets e notebooks rendeu propina de R$ 1 milhão, suspeita PF

    Campo Grande 24/05/20256 Mins Read

    Outros escândalos, PF mirou empresários e ex-adjunto da Educação por desvios milionários

    MS 21/05/20252 Mins Read

    Juiz cita superfaturamento de R$ 58,4 mi e marca julgamento sobre fraude no contrato do Sigo

    MS 18/05/20254 Mins Read

    2 Comentários

    1. Pingback: Fapems é condenada a devolver R$ 1,9 mi por cobrar taxa 128% mais cara em concurso da PM – O Jacaré

    2. Pingback: UFMS aponta erros em 20 questões do concurso que reprovou 99,46% dos professores – O Jacaré

    Leave A Reply

    Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

    As Últimas

    Juiz nega prisão, mas manda colocar tornozeleira eletrônica em ex-secretário de Saúde

    MS 13/06/20254 Mins Read

    Obra de pavimentação de R$ 17 mi rendeu propina de R$ 510 mil a Claudinho, suspeita MPE

    MS 13/06/20254 Mins Read

    STJ estende absolvição de mulher de juiz e golpe de R$ 5,5 mi em aposentado termina impune

    MS 13/06/20254 Mins Read

    Em meio a debate de corte de gastos, Motta apresenta proposta que eleva ganhos de políticos

    BR 12/06/20252 Mins Read

    A verdade que você não lê por aí!

    Siga nossas redes:

    Facebook Twitter Instagram
    O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Categorias
    • AGRO
    • BR
    • Campo Grande
    • charge
    • JORNALISMO INVESTIGATIVO
    • Livro
    • MS
    • Mundo
    • Opinião
    • Seu Bolso
    © 2025 Todos os direitos reservados.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.