Candidato declarado à reeleição, Marquinhos Trad (PSD) aparece em primeiro nas sondagens visando as eleições de 2020. Apesar das denúncias de corrupção e de até de ter passado uma temporada na prisão, o ex-governador André Puccinelli (MDB) segue no páreo e tiraria votos do prefeito, caso seja candidato.
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Com a saída do juiz federal Odilon de Oliveira (sem partido), que cogita disputar o comando de uma prefeitura no interior, a deputada federal Rose Modesto (PSDB) e o procurador de Justiça, Sérgio Harfouche (PSC) despontam como principais nomes na oposição.
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Essas constatações podem ser tiradas da pesquisa do Ipems, que ouviu 400 eleitores na Capital entre os dias 17 e 19 de julho deste ano. Se não acertam o veredicto das urnas em levantamentos feitos na véspera da eleição, o levantamento não vai cravar o resultado do pleito previsto para daqui um ano e dois meses. A sondagem serve para o eleitor especular a força dos políticos no momento.
Marquinhos segue favorito e vem liderando os levantamentos feitos desde fevereiro deste ano. Ele atingiu o ápice me março, quando foi citado por 42,13% dos eleitores. Com colocação do nome do presidente regional do MDB no disco, o percentual do prefeito caiu para 34,83% em julho.
Puccinelli mostra força apesar de ter sido preso duas vezes e ser acusado de chefiar organização criminosa na Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal. Ele é acusado ainda de ter recebido R$ 22,5 milhões em propinas pagas pela JBS em troca de incentivos fiscais. Ele subiu de 15,84% em maio para 22,45% no mês passado, ficando isolado em segundo lugar na disputa.
Rose segue em terceiro, apesar de ter oscilado de 17,87% em maio para 12,57%. Apesar de estar bem situada nas pesquisas, a deputada só será candidata se deixar o PSDB. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) tem reiterado que o partido apoiará a reeleição de Marquinhos, como forma de gratidão pelo apoio no ano passado.
O quarto lugar fica com Harfouche, que ficou em primeiro lugar na disputa do Senado no ano passado. O principal desafio do procurador é encontrar um partido com estrutura para lhe dar fôlego na campanha eleitoral. Ele só não se elegeu senador porque não teve votos no interior. A pesquisa o coloca com 11,55% dos votos.
O deputado estadual Jamilson Name, em guerra com o PDT, em 5º lugar, com 3,8%.
Depois de dar susto em Reinaldo, o juiz Odilon vinha pontuando em segundo lugar nos levantamentos. Ele teve o nome incluído nos meses de fevereiro, março e abril. O magistrado chegou a ter 26,41%, percentual maior que o ex-governador.
No entanto, ao anunciar a saída do PDT, Odilon sinalizou que a chance de ser candidato nas eleições de 2020 é maior em Três Lagoas ou Dourados. Ele descartou ser candidato na Capital após fechar acordo com Marquinhos, que resultou na indicação do empresário Herbert Assunção para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico.
O Ipems não incluiu o deputado estadual Renan Contar, o Capitão Contar (PSL), que é o principal nome para disputar pelo partido do presidente Jair Bolsonaro. No único levantamento em que foi incluído, no mês de abril, ele apareceu com 5,21%.
O mesmo ocorreu com o Coronel David (PSL), que foi candidato em 2016 e apareceu com 5,31% em fevereiro.
Outros nomes podem surgir na disputa da sucessão de Marquinhos, como o presidente da Cassems, Ricardo Ayache (PSB). Ele pode ser lançado como o candidato de consenso dos partidos de esquerda. O médico pode unir o PDT, PT e PCdoB, que não andam juntos na disputa da prefeitura há muitos anos.
Em 2012, o PDT e o PCdoB apoiaram a candidatura de Edson Giroto, na época no MDB, contra a candidatura de Vander Loubet (PT). O ex-deputado está preso e foi condenado a quase dez anos na Operação Lama Asfáltica.
Com Policia Federal no encalço de André, o MDB poderá lançar a senadora Simone Tebet, que já foi prefeita de Três Lagoas e vice-governadora. No ano passado, ela alegou motivos pessoais para não enfrentar Reinaldo, obrigando Junior Mochi trocar a reeleição garantida de deputado estadual pelo fiasco como candidato a governador.
O ex-senador Delcídio do Amaral, réu na Operação Lava Jato, trocou o PTC pelo PTB disposto a ser candidato a prefeito da Capital. O ex-prefeito Alcides Bernal (PP) desistiu de entregar o comando do partido ao ter a mesma pretensão. No entanto, ambos enfrentam o mesmo problema, estão inelegíveis e dependem da Justiça para recuperar os direitos políticos.
Outros nomes podem surgir, como o deputado estadual Lucas Lima (SD) e o jovem Luso de Queiroz (PSOL).
O fim das coligações nas disputas proporcionais deve causar proliferação de candidatos a prefeito em 2020.
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