O JacaréO Jacaré
    Facebook Instagram Twitter
    O Jacaré O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Home»MS»Assustado, MPF fecha as portas, desfalca Justiça e só Paraguai para combater crime na fronteira
    MS

    Assustado, MPF fecha as portas, desfalca Justiça e só Paraguai para combater crime na fronteira

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt22/12/20195 Mins Read
    Facebook Twitter WhatsApp Telegram Email LinkedIn Tumblr
    WhatsApp Facebook Twitter Telegram LinkedIn Email
    Execução e sequestro na frente do MPF teriam abalado procuradores: a população? (Foto: Arquivo)

    A guerra entre facções criminosas e a onda de execuções na terra sem lei assustou os procuradores da República a ponto de desfalcaram o combate ao crime organizado em Ponta Porã. O Ministério Público Federal fechou as portas na cidade, desfalcando a Justiça Federal e elevando a sensação de insegurança na fronteira. Agora, só o Paraguai se mantém firme no combate às poderosíssimas organizações criminosas na fronteira com o Brasil.

    [adrotate group=”3″]

    O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) ignorou o pedido de socorro dos moradores de Mato Grosso do Sul e de entidades como OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil) e das secções regional e nacional da Ajufe (Associação dos Juízes Federais) e aprovou a transferência por três anos do MPF de Ponta Porã para Dourados. A decisão abre precedente para a saída de juízes e policiais federais, fazendo surgir a versão brasileira do velho oeste, onde a lei e o poder serão definidos na base da bala. (veja o parecer publicado pelo Conjur)

    Veja mais:
    Chefes do tráfico, irmãos são condenados a 82 anos por ostentar vida de luxo
    Odilon, como juiz, condenou os barões do tráfico; aposentado, desafia os caciques da política

    Dono do Shopping China tem prisão decretada por ocultar R$ 2,1 milhões para doleiro dos doleiros

    Apesar de nunca ter sido registrado atentado ou ameaça contra os integrantes do MPF, que estava em Ponta Porã há 12 anos, a sensação de insegurança contaminou o órgão. No pedido para transferir toda a estrutura – três procuradores, 15 servidores, seis estagiários e oito funcionários terceirizados – para Dourados, a corporação cita ataques próximos do prédio e até da academia frequentado por funcionário.

    Até a ameaça do PCC contra procuradores de Juiz de Fora (MG) foi usada para reforçar o pedido – um carro com placas do Paraguai foi visto fotografando o prédio do MPF na mesma data. Uma adolescente pediu ajuda do órgão, mas acabou sendo sequestrada ao chegar para a audiência na procuradoria. O pistoleiro Edson de Lima, ligada ao narcotraficante Minotauro, foi flagrado no restaurante frequentado pelos procuradores no dia 19 de março deste ano.

    O temor aumentou com as estatísticas de violência na região. No relatório, a conselheira Sandra Krieger cita 115 execuções feitas por pistoleiros somente neste ano na região. Ela ainda cita a localização do prédio, a 350 metros da fronteira com o Paraguai – Ponta Porã faz fronteira seca com o Paraguai e só uma avenida separa as duas cidades.

    “É importante observar que os riscos a que são expostos os Membros do Ministério Público não se limitam àqueles de ordem simplesmente física, estendendo-se, ainda, à dimensão psicológica. A convivência diária com os perigos que envolvem a atividade Ministerial, aliada ao constante estado de alerta, podem terminar por dar ensejo a transtornos psicológicos devido à autoexposição, tal qual se pode observar em todos os ramos do Ministério Público. Nesse sentido, a reação ao estresse pode afetar simultaneamente duas áreas ou vertentes distintas: o corpo e a mente”, pontuou a conselheira.

    Agora, como ficarão psicologicamente e fisicamente os moradores de Ponta Porã com a fuga de um dos órgãos estratégicos no combate ao crime organizado. Em média, a Justiça Federal realiza uma audiência de custódia por dia. Foram 232 audiências entre julho de 2018 e junho deste ano.

    Por decisão do ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, as audiências de custódia não podem ser feitas por meio de videoconferência. Isso significa que o MPF vai ter gasto extra de desembolsar diária para o procurador se deslocar de Dourados para Ponta Porã, sem falar no risco de percorrer os 120 quilômetros todos os dias.

    A Ajufe e o Tribunal Regional Federal da 3ª Região insistiram em vetar a medida. “Frisaram que o deslocamento da sede do Ministério Público para a cidade de Dourados/MS acarretará consequências negativas não só à prestação jurisdicional, mas a todos os órgãos envolvidos; e principalmente à população que passará para um quadro ainda maior de ‘sensação de insegurança’, eis que o Estado, através do Ministério Público, não se fará presente”, destacou Sandra Krieger.

    “Não é dado a uma parcela do Estado poder esquivar-se de encarar os problemas ali enfrentados, alterando sua sede para 122km de distância. Acatar tal argumento seria, com todas as vênias, dar azo para que todos os órgãos de Segurança Pública deixassem o município”, alertaram, prevendo a debandada dos demais órgãos, como Justiça Federal.

    Um dos argumentos para fechar o prédio atual é a falta de estrutura para atender os cidadãos. “Inexistência de local para desmuniciamento ou guarda temporária de armas de fogo; e a ausência de depósito adequado para guarda de bens patrimoniais, o que obriga o empilhamento de objetos em cômodos destinados a outras finalidades, com acentuado risco de extravio de patrimônio”, alegaram.

    Ao mudar-se para Dourados, o MPF deixará os moradores de Ponta Porã sem local para registrar queixas, denúncias e sugestões. Eles serão obrigados a percorrer 120 km para falar com um procurador da República.

    Guerra entre facções e tráfico: mais de 200 execuções só neste ano na fronteira com o Paraguai (Foto: Arquivo)

    Outra ironia do destino é que o Paraguai vem tomando medidas mais efetivas no combate ao crime organizado na fronteira do que o Brasil. Promotores paraguaios aparecem com frequência na mídia em ações de combate ao tráfico de drogas, à corrupção de policiais e às facções criminosas, principalmente, as brasileiras PCC e Comando Vermelho.

    ajude ms conselho nacional do ministério público execuções mpf ponta porã pedro juan caballero ponta porã terra sem lei trf3 violência

    POSTS RELACIONADOS

    Prefeito demite secretário de Saúde alvo de operação da PF e adjunta assume o cargo

    MS 13/08/20253 Mins Read

    “Parecia um hospital de guerra”, lembra mãe de jovem morto em chacina

    BR 13/08/20259 Mins Read

    PF investiga desvios na saúde, cumpre mandados em três cidades e apreende até pedras preciosas

    MS 12/08/20252 Mins Read

    Em 2 anos, 55 defensores de direitos humanos foram mortos, diz estudo

    BR 12/08/20253 Mins Read

    Leave A Reply

    Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

    As Últimas

    Moraes manda polícia monitorar em tempo real o endereço de Bolsonaro

    BR 26/08/20252 Mins Read

    Lula critica atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA e defende cassação

    BR 26/08/20253 Mins Read

    Pollon diz que ‘motim’ foi ato político protegido pela imunidade parlamentar e acusa hipocrisia

    MS 26/08/20253 Mins Read

    Lula reafirma soberania e diz que Brasil não aceitará ofensas

    BR 26/08/20253 Mins Read

    A verdade que você não lê por aí!

    Siga nossas redes:

    Facebook Twitter Instagram
    O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Categorias
    • AGRO
    • BR
    • Campo Grande
    • charge
    • JORNALISMO INVESTIGATIVO
    • Livro
    • MS
    • Mundo
    • Opinião
    • Seu Bolso
    © 2025 Todos os direitos reservados.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.