As exportações sul-mato-grossense queda de 13,8% no primeiro trimestre deste ano em relação ao ano passado. Mato Grosso do Sul acumula perda de R$ 920 milhões em 2020. Com o avanço da pandemia, só no mês de março, houve redução de 21,4%. Principal destino das vendas externas do Estado, a China reduziu as compras em 30%.
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Mercado apontado como promissor devido ao alinhamento com o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), os Estados Unidos reduziram drasticamente as compras de MS no mês passado, conforme dados do Ministério da Economia. Houve queda de 43,8% nas vendas para a Argentina, segundo maior comprador.
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Para o especialista em comércio exterior e administrador Aldo Barrigosse, três fatores prejudicaram as exportações estaduais em 2020: preço baixo das commodities, logística prejudicada por causa da pandemia e economia mundial retraída pela Covid-19. A situação só não está pior por causa da valorização do dólar, que minimizou as perdas das empresas exportadoras.
Conforme os dados do ministério, as vendas externas deste ano somaram US$ 1,104 bilhão de janeiro a março, contra US$ 1,282 bilhão no mesmo período de 2019. A redução de 13,8% representa US$ 178 milhões a menos no caixa dos exportadores sul-mato-grossense – R$ 920 milhões na cotação deste segunda-feira (13).
Considerando-se apenas o mês de março, houve queda de 21,4%, de US$ 571,9 milhões para US$ 449,2 milhões. Responsável por 45% das exportações do Estado e primeiro país a ser atingido pela pandemia do coronavírus, a China comprou US$ 350 milhões no mês passado, redução de 30% em relação ao mesmo período de 2019, quando foram US$ 243,2 milhões.
As exportações no 1º trimestre em MS
| Ano | US$ |
| 2019 | 1,282 bilhão |
| 2020 | 1,104 bilhão |
Em quarentena nacional, a Argentina reduziu as compras de MS em 43,8%, de US$ 32,4 milhões para US$ 18,2 milhões. Já a Itália, que vem causando comoção mundial com as milhares de mortes em decorrência da Covid-19, diminuiu as compras em 19%, de US$ 19,2 milhões para US$ 15,5 milhões. Os americanos reduziram as compras do Estado em 61%, de US$ 19,5 milhões para US$ 7,4 milhões.
Barrigosse aponta que o trimestre foi positivo para a carne bovina, que teve aumento de 12% mnas vendas externas e somou US$ 162 milhões. No entanto, o setor acabou sendo prejudicado pela falta de containers em março deste ano. Ou seja, a abertura do mercado esbarrou na logística falha.
Já a venda de soja teve queda de 33% nos três primeiros meses do ano, o que significou US$ 108 milhões (R$ 558 milhões) para os produtores rurais do Estado. Até na venda de celulose, que representa 39% das vendas sul-mato-grossenses ao exterior, teve queda de 22% no primeiro trimestre, o que representa US$ 122 milhões a menos.
Com a manutenção do isolamento social na Europa, América Latina, Ásia e Estados Unidos, a expectativa é de que as exportações devem sofrer nova retração neste mês.
A queda na venda externas ocorre justamente quando o Estado comemora a colheita de 10,5 milhões de toneladas de soja. A expectativa dos economistas é de que o agronegócio minimize os efeitos da pandemia do coronavírus na economia sul-mato-grossense.