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    É possível vencer a temível e estranha doença do século, histórias de quem derrotou a covid-19

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt16/08/202018 Mins Read
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    Não foi fácil, mas jornalista Sylma Lima, mesmo sendo asmática, conseguiu vencer a covid-19 (Foto: Arquivo Pessoal)

    Desconhecida, temível e estranha, a covid-19 causa calafrios na maior parte da população, assustada ao enfrentar a maior pandemia dos últimos 100 anos, que parou a economia e passou a ser o maior desafio dos cientistas no mundo. Apesar da alta taxa de letalidade, 80% dos 36.542 infectados no Estado já venceram o coronavírus, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde.

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    Com o mundo conectado nas redes sociais, o que não falta é informação a respeito da pandemia, a maior já registrada desde a gripe espanhola, que matou 50 milhões de pessoas entre 1918 e 1920. Feita com o objetivo de alertar, o bombardeio de notícias acaba causando pânico.

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    O excesso de informação causou medo na professora Giovana Andrade Fraiha, 37 anos, de Amambai, a 342 quilômetros de Campo Grande. Inicialmente, ela achou que estava gripada, considerando que os sintomas são praticamente os mesmos. Somente ao ficar sem olfato e paladar, ela passou a admitir que estava com a covid-19.

    Professora volta duas vezes ao hospital depois de “estar curada”

    Giovana Andrade Fraiha, 37 anos, professora e moradora de Amambai
    “Custei a acreditar que eu estava com coronavírus. No início, por ser semelhante a uma gripe senti dores de cabeça, dor no corpo, congestão nasal. Com o passar dos dias tive perda do olfato e paladar, aí me deparei que pudesse estar com o covid 19.
    Logo em seguida outros familiares apresentaram os mesmos sintomas, foi aí que me chamou a atenção e resolvi procurar um médico.
    Em base ao meu relato, o médico já na hora pediu o teste. Vindo a ansiedade pela espera do resultado. Mesmo assim já segui com o protocolo do Ministério da Saúde. Passando uns dias, veio o resultado que eu mais temia ”Reagente”.
    Foi um momento difícil pelas incertezas que essa doença nos traz tudo muito novo. Entrei em meu quarto, chorei, mas pedi pra Deus calma para enfrentar o isolamento e essa doença que abala muito o emocional devido a descriminação as pessoas te olham com medo.
    Enfim cumpri meu isolamento pensei estou curada.
    Passando uns dias comecei a sentir muita falta de ar. Voltei ao médico minha saturação caiu para 80 e me levaram na hora para o oxigênio. Tive que ser internada por 4 dias. Tive alta e na outra semana, fiquei ruim de novo. Fui as pressas para cidade de Dourados com suspeita de embolia pulmonar.
    Passei por vários exames novamente pois o vírus ainda estava ativo fiquei internada mais dois dias.
    O médico disse que eram sequelas do covid também chamadas de síndrome pós covid, que haviam afetado meu pulmão novamente veio o desespero.
    Agora já estou melhor recuperando da doença e do susto que passei
    Mais venci com a graça de Deus!
    O que posso dizer a população que se cuidem e se protejam.
    Hoje estou aqui para dar meu relato nem todos tiveram a mesma chance. Cada organismo ela vem de uma forma. Se cuidem!

    “Foi um momento difícil pelas incertezas que essa doença nos traz, tudo muito novo. Entrei em meu quarto, chorei, mas pedi pra Deus calma para enfrentar o isolamento e essa doença que abala muito o emocional devido a descriminação as pessoas te olham com medo”, contou a docente.

    Giovana cumpriu os 14 dias de isolamento e, quando achou estar curada, teve falta de ar e foi internada pela primeira vez. Ela permaneceu quatro dias no hospital. Na semana seguinte à alta, a professora voltou a ficar ruim e acabou sendo atendida em Dourados, a 110 quilômetros da sua cidade, onde ficou sabendo estar sofrendo as sequelas da doença.

    “Superei a doença com muita fé, me entreguei a toda fé que tinha”, diz José

    José Antônio Fernandes de Oliveira, 51 anos, desempregado
    “Eu venci o Covid-19. Sempre achei que o vírus era forte, sempre nos cuidávamos, com todas as precauções que eram possíveis.
    Superei a doença com muita fé, me entreguei a toda fé que tinha, não posso esquecer de dizer que a equipe toda da Santa Casa, desde limpeza até os médicos foram excepcionais e me deram força em todos os momentos.
    E principalmente com a ajuda da minha família, não posso esquecer de agradecer a todos que se uniram e rezaram por mim, foram muitas correntes de oração.
    Peço a todos que se puderem, fiquem em casa. Isso não é uma brincadeira. Muita dor para quem está lá e também para os que ficam aqui fora na agonia e na espera.
    Para o que estão dentro dos hospitais lutando, tenham fé e busquem força para vencer. Eu venci e vocês também podem.”

    O impacto do resultado positivo não deixa de balançar as estruturas do cidadão. “A notícia de estar com uma ‘doença mundial’ abala, mesmo que o médico tenha dito que os meus sintomas eram leves”, relatou o advogado e vereador Odilon Júnior (PSD), filho do juiz federal aposentado Odilon de Oliveira.

    “Ninguém sabe como ela age”, conta o parlamentar, que ficou três dias internado. A pandemia não faz discrição de pobres nem ricos. Só na classe política foram três deputados estaduais, inclusive o presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa (PSDB), e o secretário estadual de Fazenda, Felipe Mattos. A prefeita Délia Razuk (PTB), de Dourados, segunda maior cidade do Estado, também passou pela experiência.

    A notícia de estar com a doença mundial abala, garante vereador

    Odilon Júnior, 36 anos, vereador pelo PSD
    “Em primeiro lugar fiquei assustado, pois sempre procurei me cuidar.
    A notícia de estar com uma doença “mundial” abala, mesmo que o médico tenha dito que meus sintomas eram leves (febre, dor e 20% de comprometimento dos pulmões).
    Ninguém sabe como ela age. Se irá agravar. Fiquei três dias internado e sob observação, mas graças a Deus, aos cuidados médicos e apoio da família fiquei bom logo.
    Espero que arrumem logo um vacina para acabar com a dor e sofrimentos que muitas famílias passam.”

    O deputado estadual Coronel David (sem partido) só conseguiu confirmar a doença ao se submeter exame de tomografia e após apresentar os sintomas por vários dias. Três testes, sendo um no hospital, deram negativo para a covid-19. Ele estava com 25% do pulmão comprometido, quando foi internado no El Kadri.

    A história do ex-comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, que ainda se recupera em casa da convalescença, é sinal de alerta para quem apresenta os sintomas e rompe a quarentena após os primeiros testes.

    “Foram mais de duas semanas de muita ansiedade, mas também de muita fé e esperança de que essa turbulência passaria. Mais do que nunca, é preciso respeitar as normas sanitárias”, relembrou, aconselhando a manter o distanciamento social, usar máscara e higienizar as mãos.

    Jornalista teve sensação de proximidade com a morte

    Sylma Lima, jornalista, fundadora do Capital do Pantanal e mãe de três filhos
    “No dia 16 de junho eu comecei a ter dor de cabeça, dores nas pernas e diarreia. Procurei um médico conhecido porque também percebi que não estava sentindo cheiro nem gosto, imediatamente ele mandou fazer um teste do Covid.
    Liguei para o telefone da Central de Atendimento e me agendaram para 6 de julho. Como sou asmática, sabia que não podia esperar tanto tempo.
    Desloquei-me para Campo Grande. No Hospital do Cassems foi feito uma tomografia, isso já no dia 23 de junho, e parecia o comprometimento de 75% dos meus pulmões.
    Internaram-me, eu pedi que me desse a hidróxido Cloroquina , e os outros protocolos já ministrados e com sucesso em outros lugares.
    Fiquei internada por oito dias. O que eu posso dizer, é que nunca vi nenhuma sensação, ou sentimento de proximidade com a morte como desta vez.
    A incapacidade de fazer alguma coisa, ou de ver alguém nos paralisa e amedronta. Ainda estou em tratamento, pois, entre tantos medicamentos também quase tive trombose na perna esquerda.
    Faço uso de anticoagulante, tomo vitaminas, sol e também mudei meus hábitos alimentares.
    Com certeza também rever muitos conceitos, porque essa doença não afeta somente o físico ela afeta o emocional.
    O que deixa de conselho pras pessoas é que durante o tratamento, não assistam noticiários ou programas que dou notícias negativas.
    Eu passei a maior parte do tempo ouvindo louvores pelo meu celular e salmos de Davi. Acredito que eu escapei por que foi da vontade de Deus, pois 40 dias após a minha alta ainda estava com 25% do pulmão em vidro fosco.
    Disseram-me que isso é a ponta do iceberg , entretanto decidi acreditar que estou curada, pois é assim que me sinto: viva”

    Aos 67 anos, o jornalista Silvio Andrade conseguiu testar positivo para o novo vírus, mas sem apresentar os sintomas. Residindo na frente do Centro Regional de Saúde do Bairro Tiradentes, ele enfrentou dias de agonia, considerando as informações e por integrar o grupo de risco, a espera dos sintomas para pedir socorro na unidade de saúde.

    “Que doença é esta? No apartamento, entre quatro paredes, passei dias de muita angustia a cada boletim médico do colega (Paulo Yafusso) internado, que foi ao fundo do poço e voltou, graças a Deus”, relembra, em depoimento exclusivo para O Jacaré. “Moro em frente ao posto de saúde do Tiradentes. Na madrugada sem sono, pensava: quando essa p… vai se manifestar? A qualquer sintoma, atravessaria a rua e pediria socorro na emergência…”, relatou.

    Yafusso chegou a ficar mais de 10 dias internados na UTI e acabou se recuperando da doença.

    Médico conta como combateu os sintomas e superou a covid-19

    Ronaldo Costa, 55 anos, médico do Hospital Universitário
    “Eu já estava na expectativa de quando iria ter a COVID-19, porque atuo na atenção à saúde de trabalhadores de uma instituição de saúde. Em uma situação de pandemia global, é muito primário pensar que só alguns hospitais seriam “escolhidos” para atender COVID-19, porque o novo coronavírus chegaria à unidade inevitavelmente pelo paciente diagnosticado ou por trabalhadores.
    E no meu trabalho eu atendi a muitos trabalhadores suspeitos como também trabalhadores que confirmaram. A questão, para evitar nossa contaminação enquanto profissional de saúde passa por evitar a exposição com todas as medidas adequadas de controle.
    De uma sexta-feira para um sábado eu tive febre, e pedi meu afastamento. Meu primeiro exame foi agendado, mas a data da coleta para o exame foi mal dimensionada, e no dia do exame ainda não havia quantidade de vírus suficiente para a detecção, e o exame veio falso negativo. depois de 15 dias do início dos sintomas fiz a sorologia a meu critério, e veio com IgG positivo, confirmando que eu havia passado pela doença e já estava com anticorpos.
    Tive um dia de febre alta, e depois, no dia seguinte muita dor de cabeça e cansaço, que persistiu, como se tivesse um limite para inspiração profunda. Só fiz a medicação para febre e dor.
    Mas tenho uma construção diária no meu processo de saúde: evito alimentos com agrotóxicos, não uso bebidas alcoólicas, e utilizo muitas vitaminas a base de frutas naturais e ricas em vitamina C.
    As verduras que como diária e abundantemente são produzidas no fundo do meu quintal. A saúde é um processo orgânico que está diretamente integrado e condicionado ao equilíbrio com a natureza.
    Sempre que houver desequilíbrio natural haverá desequilíbrio na saúde das pessoas e populações. Eu tratei minha COVID-19 com muita hidratação, alimentação equilibrada, sem consumo de bebidas alcoólicas, sem cigarro, em completo isolamento social, usando muito álcool 70º para desinfectar ´superfícies, objetos e mãos, e uso contínuo da máscara.
    Medicamentos utilizados: dipirona 50 gotas na noite da febre e 50 gotas no dia seguinte da cefaleia (Já pensou se agora eu fosse dizer que dipirona cura COVID-19, como estão falando da cloroquina e ivermectina?).”

    Essas regras eram seguidas à risca pelo radialista Joel Silva, apresentador do Jornal da Manhã da Rádio Jovem Pan. No entanto, ele acabou contraindo a covid-19 e passou alguns dias no hospital. Por pouco, não acabou na UTI. Ele acredita que acabou sendo infectado por um descuido ao abastecer o carro em um posto de combustível, quando o frentista espirrou com a máscara abaixo do nariz.

    Durante a internação e o período de recuperação, Joel encontrou nas redes sociais a força para enfrentar a covid-19 e ao compartilhar a sua história, deu força para outras pessoas. “Hoje me divido entre a minha recuperação e esses ‘atendimentos’ e grupos de oração, inclusive um de brasileiros na Europa”, contou.

    Após três testes negativos, tomografia confirmou coronavírus em deputado

    Coronel David, 56 anos, coronel da PM e deputado estadual
    “Eu comecei a sentir os primeiros sintomas há quinze dias. Desde então me isolei e não saí mais de casa. Porém, como a dor de cabeça e a febre não paravam procurei atendimento médico no hospital.
    Já tinha feito dois exames (teste rápido e o swap). Os dois deram negativo. No hospital, ao chegar, fiz um outro teste rápido e deu negativo também.
    O que mostrou o Covid foi a tomografia no pulmão mostrando que ele já estava 25% comprometido. Sem dúvida, o atendimento e tratamento no El Kadri foram essenciais pra mim. Depois de três dias já estava com meu pulmão em melhores condições e sem sintomas.
    Certamente que o fato de já estar tomando medicação desde os primeiros sintomas ajudaram na recuperação. Agora estou cumprindo o isolamento.
    Em casa cheguei a ter dor de cabeça e febre de novo, porém estou seguindo à risca a medicação que foi receitada e sinto que estou melhorando a cada dia”

    Ciente de que contrairia a nova doença, já que considerava apenas questão de tempo por trabalhar diariamente no HU, o médico Ronaldo Costa de Souza teve febre e dor de cabeça. Aos 55 anos, o profissional do Hospital Universitário destaca que adota regras rígidas para ter qualidade de vida: ele não fuma, não bebe álcool e adota uma dieta alimentar equilibrada.

    “Eu tenho uma construção diária no meu processo de saúde: evito alimentos com agrotóxicos, não uso bebidas alcoólicas, e utilizo muitas vitaminas a base de frutas naturais e ricas em vitamina C”, ressalta.

    “Tive um dia de febre alta, e depois, no dia seguinte, muita dor de cabeça e cansaço, que persistiu, como se tivesse um limite para inspiração profunda. Só fiz a medicação para febre e dor”, diz. “Eu tratei minha COVID-19 com muita hidratação, alimentação equilibrada, sem consumo de bebidas alcoólicas, sem cigarro, em completo isolamento social, usando muito álcool 70º para desinfectar superfícies, objetos e mãos, e uso contínuo da máscara”, orienta.

    Assintomático, Silvio passou dias de agonia a espera dos sintomas que não vieram

    Silvio Andrade, 67 anos, jornalista
    “Quando surgiu a pandemia, estava recém saído de um relacionamento de 28 anos. Mas voltei à casa da ex quando decretaram o isolamento para ficar junto a rapa de tacho, o Theo, de cinco anos, muito ativo e agora longe da escola e dos amiguinhos.
    Tomei todos os cuidados possíveis, nesse início de tantas especulações, incertezas. Andava de máscara e gel no bolso, quando a primeira nem era obrigatória. Em meados de maio peguei uma gripezinha, dor no corpo, nas articulações (parei de caminhar), sonolência… Voltei assim mesmo ao trabalho, no início de junho, já melhor.
    O teste positivo para a Covid ocorreu um dia depois do colega jornalista Paulo Yafuso ser internado. Trabalhamos juntos, mas mesas distantes. Fiz o teste rápido, junto aos demais colegas, e apenas eu positivo.
    O médico logo tranquilizou: você não tem sintomas, adquiriu anticorpos, vai ficar 14 dias no isolamento.
    Fui um impacto, não esperava. Apesar do diagnóstico médico, a cabeça girou. Voltei para a casa da ex, juntei as traias e parti para meu retiro, no apartamento onde moro. Logo, veio à cabeça uma certeza do pior: convivia diariamente com o meu filho pequeno, usávamos os mesmos copos, talheres. Ele, a ex-esposa e minha filha de 21 anos fizeram o teste e deu negativo. Ufa…
    Que doença é esta? No apartamento, entre quatro paredes, passei dias de muita angustia a cada boletim médico do colega internado, que foi ao fundo do poço e voltou, graças a Deus.
    Moro em frente ao posto de saúde do Tiradentes. Na madrugada sem sono, pensava: quando essa p… vai se manifestar? A qualquer sintoma, atravessaria a rua e pediria socorro na emergência…
    O fato de não sentir nenhuma alteração na minha saúde não era o suficiente para ficar tranquilo. Sempre fui uma pessoa irrequieta, com dificuldades de memorizar um livro, ainda mais nessa situação. Não conseguia me concentrar. E pior: apenas a ex, meus filhos e os colegas de trabalho sabiam que estava positivo para a covid.
    Para desacelerar, voltei a caminhar 7,7 km diariamente, em pouco mais de uma hora, procurando manter um ritmo forte para mostrar para mim mesmo que estava bem, não estava ofegante, respirava normalmente. Foi o melhor remédio para a cabeça, relaxante, deu ânimo e a certeza de que nada aconteceria de pior.
    Foram mais de duas semanas de muita ansiedade, mas também de muita fé e esperança de que essa turbulência passaria. Mais do que nunca, é preciso respeitar as normas sanitárias.
    Eu fui agraciado por Deus por ser assintomático, integrando o grupo de risco. Foi um teste para a minha saúde? Não sei, talvez mais uma benção divina.”

    “Medicamentos utilizados: dipirona 50 gotas na noite da febre e 50 gotas no dia seguinte da cefaleia”, conta. Em seguida, ele aproveita para alfinetar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que defende o protoclo de remédios para combater a pandemia. “Já pensou se agora eu fosse dizer que dipirona cura COVID-19, como estão falando da cloroquina e ivermectina?”, cutuca.

    Outro problema é o preconceito de quem teve a doença. Norma Lourdes Pereira Sales chega a rir ao contar como enfrentou a doença. “Eu achava que a covid-19 era que nem a morte, acontece com as outras pessoas, mas, nunca com a gente”, afirma.

    Radialista crê que pegou a doença em momento de descuido ao abastecer o carro

    Joel Silva, radialista, apresentador do Jornal da Manhã, na Rádio Jovem Pan
    Eu já acompanhava o dia a dia da Covid na Europa por conta da cobertura na rádio. É como se eu acompanhasse o itinerário de uma coisa que estava chegando, as pessoas não davam a importância, e justamente eu fui pego.
    Pareceu-me, a princípio, injusto, porque fiz tudo certo e fui vítima da irresponsabilidade de outros, tenho certeza que ao não notar o frentista que abasteceu meu carro conversando comigo enquanto eu digitava ao telefone e ao passar a senha, só olhei pra ele quando espirrou e eu vi a máscara abaixada. Eu já havia levado a mão aos olhos porque lacrimejo muito e colocado na boca por algum motivo.
    Em três dias febre alta e já procurei atendimento. Saí medicado para o coronavírus, mesmo sem teste, a febre alta e a tomografia que apresentava lesões no pulmão esquerdo, para meu médico já era a confirmação. Tratamento seguiu o protocolo, porém monitorado em casa por vários amigos médicos, com meu próprio oxímetro e termômetro lhes enviava as aferições.
    Em uma semana, o nível de saturação aferidos pelo oxímetro me indicou que era hora de socorro. Nova tomografia e gasometria (sangue arterial) mostraram níveis baixíssimos de saturação e 40% do pulmão esquerdo comprometidos.
    Sem os cuidados que tive, muitos chegam com 90% e intubação na certa. Foram três longos dias e noites entre cateter com oxigênio, piora e máscara de oxigênio, e o próximo passo serio UTI. Não foi necessário.
    Medicamentos? Confiança plena em Deus?? Protocolos?
    Desde então fiz um canal no YouTube e IGTV do Instagran, e atendo pessoas pedindo ajuda de como lidar com o vírus, elas falam via mensseger do face, via whats, e tantos outros canais, gente até de outros estados.
    Não havia percebido, mas meus textos de fé e esperança no face me trouxeram muitas pessoas relatando seus casos, pedindo orientações de como lidar com a doença.
    Hoje me divido entre a minha recuperação e esses “atendimentos” e grupos de oração, inclusive um de brasileiros na Europa. Minha medicação hoje se resume a dexametasona comprimidos que acabam exatamente nesse sábado (15). Retorno hoje ao hospital para nova tomografia e outros exames.
    Segunda, se tudo der certo retomo minhas atividades. Não venci o Covid-19, sobrevivi a ela, que continua matando pessoas aliadas a discussão política em torno de medicamentos que sozinhos nada resolvem”.

    “Sofri muito dentro da minha  casa, chorei por me sentir sozinha, apesar de contar com amigos, mas tive muito medo, porque não sabia o que podia acontecer comigo a qualquer momento. Fiquei muito frágil. Só eu e Deus sabemos o que passei”, relembra ela, que ficava aliviada ao ser procurada pela equipe de monitoramento da saúde.

    “Uma coisa que aconteceu comigo foi o preconceito, um absurdo”, lamenta. “Até hoje depois de dois meses curada, percebo que ainda pensam que estou doente”, relata. Ao ser questionada sobre que conselho daria à população, ela tira uma onda. “Se fosse bom, ninguém dava, vendia, né”, ri.

    Norma é taxativa sobre como combater à pandemia. “Creio que tem que ser só com a conscientização da população pra conter esse terrível vírus. Porque quando não querem cumprir, não tem lei q segura o povo,  muito menos decreto”, ressalta.

    No Brasil, 3.317.096 pessoas contraíram a doença, sendo que 2.404.272 se recuperaram e 107.232 morreram. Em Mato Grosso do Sul, dos 36.542 infectados, 29.245 estão curados e 598 morreram. Outros 544 estão internados, sendo 239 em UTI.

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