Prefeito de Inocência por dois mandatos e dono de patrimônio de R$ 6,431 milhões, o pecuarista Antônio Ângelo dos Santos, o Toninho da Cofap (DEM) afirmou que recebeu três parcelas do auxílio emergencia devido à “grande falha no sistema” do Governo federal. Em nota, encaminhada pelo advogado Paulo Faria Pires, ele informou que devolveu o dinheiro.
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“Fui surpreendido pela divulgação, em diversos veículos de comunicação do Estado, de que o meu nome constava como beneficiário do Auxilio Emergencial do Governo Federal (COVID 19), fato este que não era de meu conhecimento”, ponderou o candidato, que tenta o terceiro mandato em Inocência.
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Apesar da fortuna, o pecuarista se inscreveu no Cadastro Único nos CRAS (Centro Regional de Assistência Social) para receber aposentadoria do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social). Uma das regras para facilitar o pagamento do benefício era a inscrição no CAD. No entanto, o candidato não está enquadrado nas regras para receber o auxílio.
“Reitero, que nunca fiz minha inscrição no auxilio emergencial (Covid – 19). Só tive conhecimento após a divulgação na mídia”, garantiu Toninho da Cofap. Ele contou, em nota, que não sacou o dinheiro, que acabou sendo depositado na sua conta digital aberta automaticamente na Caixa Econômica Federal de Paranaíba.
“Lamento profundamente o ocorrido, o que demonstra uma grande falha no sistema do Governo federal, que aprovou benefícios automáticos para pessoas que não necessitam e, deixou de fora, milhões de brasileiros necessitados”, lamentou o democrata.
Toninho da Cofap foi um dos 18 candidatos milionários que receberam o auxílio emergencial em Mato Grosso do Sul. Além deles, o Tribunal de Contas da União divulgou uma lista com outros 139 candidatos beneficiados que possuem patrimônio acima de R$ 300 mil. Este valor passou a ser usado como parâmetro para pagar o benefício desde setembro.
Confira a nota na íntegra divulgada pelo candidato a prefeito de Inocência, Toninho da Cofap:
“NOTA DE ESCLARECIMENTO DO EX-PREFEITO DE INOCÊNCIA TONINHO DA COFAPIInocência-MS
Fui surpreendido pela divulgação, em diversos veículos de comunicação do Estado, de que o meu nome constava como beneficiário do Auxilio Emergencial do Governo Federal (COVID 19), fato este que não era de meu conhecimento, razão pela qual, passo a prestar os seguintes esclarecimentos:
1- Reitero, que nunca fiz minha inscrição no auxilio emergencial (Covid – 19);
2- Só tive conhecimento após a divulgação na mídia;
3- Diante do ocorrido, fui buscar informações perante os órgãos competentes e, constatei que: no passado, visando buscar minha aposentadoria junto ao INSS, me cadastrei no CAD único junto ao CRAS de Inocência;
4- Segundo orientações do programa Auxilio Emergencial (Covid-19), os inscritos no CAD único, que se enquadrem no programa (que não é o meu caso), RECEBEM, AUTOMATICAMENTE, OS CRÉDITOS DO AUXILIO EMERGENCIAL;
5- POR FALHA NO SISTEMA DE CONTROLE DO GOVERNO FEDERAL, JÁ FORAM CREDITADAS, AUTOMATICAMENTE, (POR EU ESTAR INSCRITO NO CAD ÚNICO/NÃO BOLSA) DUAS PARCELAS DE R$ 600,00 (SEISCENTOS REAIS) CADA, NOS DIAS 17/04 E 26/05, EM UMA CONTA DIGITAL NA CEF DE PARANAIBA-MS, CUJA CONTA TAMBÉM FOI ABERTA, AUTOMATICAMENTE, SEM O MEU CONHECIMENTO;
6- NÃO PEDI O BENEFÍCIO, PORTANTO, NÃO SAQUEI E, SEQUER SABIA DE SUA EXISTÊNCIA;
7- LAMENTO PROFUNDAMENTE O OCORRIDO, O QUE DEMONSTRA UMA GRANDE FALHA NO SISTEMA DO GOVERNO FEDERAL, QUE APROVOU BENEFÍCIOS AUTOMÁTICOS PARA PESSOAS QUE NÃO NECESSITAM E, DEIXOU DE FORA, MILHÕES DE BRASILEIROS NECESSITADOS;
8- DEVOLVI OS RECURSOS INDEVIDAMENTE LANÇADOS EM MINHA CONTA DIGITAL. SEGUE A DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA DOS FATOS AQUI RELATADOS.
A LUTA CONTINUA POR UMA INOCÊNCIA MELHOR.
FORTE ABRAÇO DO AMIGO
TONINHO DA COFAPI”