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    Opinião

    Sem trabalho, sem esperança, sem amanhã, imigrantes vivem horror para chegar ao eldorado

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt20/11/20216 Mins Read
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    No artigo “Imigração e geopolítica”, o jornalista e filósofo Mário Pinheiro aborda o horror vivido pelos imigrantes que pagam até US$ 4 mil – o equivalente a R$ 22,4 mil – para se arriscarem em barcos infláveis e morrerem à deriva em alto mar. Sem trabalho, sem esperança e sem amanhã em seus países, eles apostam tudo para pisar no continente europeu, considerado o eldorado da sobrevivência.

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    “O trabalho é a base de tudo. Nos países em situação de guerra civil ou regime ditatorial não há nem trabalho nem liberdade, muito menos família, mas há fome, miséria, perseguição. A Europa buscou suas riquezas na maior parte destes países. A Inglaterra, por exemplo, colonizou quase metade do planeta e hoje ela evita abrir suas portas aos imigrantes”, pontua.

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    “Na França quem faz os serviços de limpeza, construção civil e coleta de lixo, na maior parte, são imigrantes. A imigração para a Europa se acentuou depois que os países ocidentais causaram ingerência política acirrada na política do Oriente Médio assim como outras regiões em busca de petróleo ou para impor a democracia”, analisa.

    Em seguida, Mário descreve a tentativa de doutrinação e dominação dos países como Estados Unidos no Oriente Médio. Os americanos e europeus não só fracassaram, como permitiram o surgimento de grupos terroristas que assombram o mundo, como o Estado Islâmico.

    “Sadam Hussein não era a figura má pintada pelos americanos e ingleses, era o mal necessário porque controlava o povo iraquiano assim como Kadafi na Líbia. Descontente com esta situação, os mentirosos da política americana e inglesa inventaram que Sadam tinha armas químicas de destruição massiva. E pronto! Pelo drone, toda a comitiva de Sadam foi assassinada”, relembra.

    Pinheiro também deixa claro a hipocrisia e o oportunismo dos franceses no tratamento com o imigrante. “Um exemplo mais claro sobre a sensibilidade da imigração aconteceu em Paris, quando um imigrante percebeu uma criança dependurada no quarto andar de um prédio. Mamadou Gassama, 22 anos, em menos de 30 segundos escalou o exterior do prédio e salvou a criança. Devido ao sucesso da operação e pelo vídeo que viralizou, ele ganhou cidadania francesa”, cita.

    Confira o artigo na íntegra:

    “Imigração e geopolítica

    Mário Pinheiro, de Paris

    O trabalho é a base de tudo. Nos países em situação de guerra civil ou regime ditatorial não há nem trabalho nem liberdade, muito menos família, mas há fome, miséria, perseguição. A Europa buscou suas riquezas na maior parte destes países. A Inglaterra, por exemplo, colonizou quase metade do planeta e hoje ela evita abrir suas portas aos imigrantes.

    Na França quem faz os serviços de limpeza, construção civil e coleta de lixo, na maior parte, são imigrantes. A imigração para a Europa se acentuou depois que os países ocidentais causaram ingerência política acirrada na política do Oriente Médio assim como outras regiões em busca de petróleo ou para impor a democracia.

    O petróleo era a causa de invasões em locais dominados pelos muçulmanos, mas pelo menos os eles tinham um califa. Os ditos líderes de países democráticos mataram os califas ao achar que seria mais fácil ter o controle desse povo, em grande parte, muçulmano. Sem califa, os muçulmanos ficaram desorientados e passaram a fundar as mais diversas facções terroristas fundamentalistas tendo a religião como pano de fundo e a vingança em nome de Allah, Alkaida, Estado Islâmico, Taliban, Bokoharan, Alshabaad, Hisbolah, Daesh.

    Sadam Hussein não era a figura má pintada pelos americanos e ingleses, era o mal necessário porque controlava o povo iraquiano assim como Kadafi na Líbia. Descontente com esta situação, os mentirosos da política americana e inglesa inventaram que Sadam tinha armas químicas de destruição massiva. E pronto! Pelo drone, toda a comitiva de Sadam foi assassinada.

    E Sadam, escondido, foi capturado e resgatado de dentro de um buraco. Estava preso, merecia um processo, mas os “esteites” decidiu enforcá-lo. Dizia-se que o exército americano ia treinar a polícia iraquiana e por lá ficou durante 20 longos anos. O resultado é uma derrota catastrófica. O objetivo era sugar o petróleo e domesticar os próximos governantes. A estratégia não deu certo. Os americanos semearam a desordem e plantaram a falta de esperança. Por isso agradecemos a George Bush e ao Toni Blair. 

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris.

    Essa ingerência é um veneno, e, em muitos casos, os traficantes de armas saem ganhando. Sem califa, sem amanhã, sem trabalho, à míngua da política estrangeira, iraquiano, paquistanês, africanos e mais uma carrada de gente abandona seus países. O Mediterrâneo se transformou em cemitério porque os barcos afundavam com tripulação acima do normal.

    Foram milhares de pessoas que morreram. Mas por que eles se aventuram em barcos infláveis, aceitam pagar até quatro mil dólares por um lugar no barco? O buraco é bem mais embaixo. Os líderes políticos se contradizem frequentemente. É a política de extrema direita mergulhada no liberalismo sem piedade, a aposta na economia, na mão de obra barata, os imigrantes fazem o trabalho duro. Eles estão misturados entre muçulmanos, cristãos e hindus. Meter os pés no continente europeu é pisar no eldorado, na terra prometida, onde não corre leite e mel, mas domina a discriminação.

    Muitos barcos infláveis comprados a preço de banana, flutuavam à mercê do tempo, abarrotados de pessoas. Em alguns casos comprovados e testemunhados por ONGs, a polícia costeira e a OTAN, não prestavam socorro quando o grito de SOS era lançado, e, pior, facilitavam para que a embarcação afundasse.

    O resto do mundo ficou sensibilizado quando uma criança apareceu morta na margem de uma praia, vomitado pelas ondas. Outra imagem chocante que também causou polêmica, na Hungria a polícia pôs para correr um grupo de estrangeiros imigrantes quando a jornalista de câmera nos ombros jogou ao chão um homem com seu filho ao colo. 

    Um exemplo mais claro sobre a sensibilidade da imigração aconteceu em Paris, quando um imigrante percebeu uma criança dependurada no quarto andar de um prédio. Mamadou Gassama, 22 anos, em menos de 30 segundos escalou o exterior do prédio e salvou a criança. Devido ao sucesso da operação e pelo vídeo que viralizou, ele ganhou cidadania francesa.

    A ironia é que se um francês der abrigo a um imigrante africano, vai preso. Mas se um africano salvar uma criança branca, vira herói. Não podemos nos esquecer que o Brasil não é exemplo de acolhida e humanidade para os outros.  No primeiro ano do mandato do atual presidente, o ódio contra venezuelanos era evidente. O Brasil declarou non-gratos os diplomatas venezuelanos, expulsou médicos cubanos e os adeptos do presidente passaram a maltratar os imigrantes.”

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