Famoso por elevar os impostos e reduzir salário dos professores temporários, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) patina em eventual disputa do Senado e ficaria atrás de três mulheres em Mato Grosso do Sul. Segundo pesquisa do Instituto Ranking Brasil, a ministra Tereza Cristina (União Brasil) assumiu a liderança e a senadora Simone Tebet (MDB) dobrou o índice em cinco meses.
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Cotada para disputar o Governo, a deputada federal Rose Modesto (PSDB), ficaria em segundo lugar caso decida concorrer a vaga de senadora nas eleições deste ano. O juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PSD) continuaria tendo dificuldade, conforme a sondagem do Ranking.
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Conforme a pesquisa com 3 mil eleitores em 30 cidades entre os dias 21 e 26 de fevereiro deste ano, Tereza Cristina lidera com 20,3%, seguida por Rose com 19,5%, de Simone com 14,2%, de Reinaldo com 12%, do secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende (PSDB), com 7,1% e Odilon com 6,5%. Indecisos, nulos e brancos somam 20,4%.
Como a margem de erro é de 1,8%, a ministra e a deputada federal estão tecnicamente empatadas em primeiro lugar. Tereza Cristina, que deve trocar a União Brasil pelo Progressistas no próximo dia 20 deste mês, 15,5% em setembro do ano passado e chegou a 16,1% em dezembro do ano passado. Ela foi a que mais subiu em dois meses, quatro pontos.
Mesmo tendo declarado que não será candidata ao Senado, Rose voltou a ser incluída na simulação pelo Instituto Ranking. A deputada já chegou a ter 21,3% em setembro do ano passado e caiu para 18,15% em dezembro. Agora, ela subiu para 19,5%.
Em terceiro lugar, a senadora Simone Tebet dobrou a intenção de votos em cinco meses, já que tinha 7% em setembro e chegou a 14,2% neste mês. Ela ganhou fôlego após o destaque na CPI da Covid e ser lançada como candidata a presidente da República pelo MDB.
A emedebista seria a mais beneficiada caso Tereza Cristina se torne candidata a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), como vem sendo articulado pelos líderes do Centrão, e Rose concretize a disputa do Governo pelo União Brasil.
Já Reinaldo precisaria de um milagre para ser eleito, apesar de ser o governador e não repetir o favoritismo dos antecessores. André Puccinelli (MDB) e Zeca do PT eram favoritos na disputa no final do Governo, mas acabaram abrindo mão da disputa.
Reinaldo tem 12% e ficaria em 4º lugar na disputa. Ele vem percorrendo o Estado para lançar, inaugurar e visitar obras. Além disso, o tucano lançou um pacote de bondades desde julho do ano passado, como o Programa Mais Social, o pagamento da conta de luz de 141 mil famílias, o reajuste linear de 10% para os funcionários públicos estaduais, a redução de 0,5 ponto percentual no IPVA, a volta da Caravana da Saúde, entre outros.
No entanto, as medidas não surtiram efeito e o tucano permanece longe de vencer eventual favoritismo na disputa do Senado. Reinaldo elevou o ICMS sobre a gasolina em 20%, o IPVA em 40% no início da gestão, aumento em 71% as alíquotas do Fundersul e ainda reduziu em 32% os salários de 9 mil professores não efetivos.
Reinaldo Azambuja ainda foi denunciado no Superior Tribunal de Justiça por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O Ministério Público Federal acusa o tucano de ter recebido R$ 67,791 milhões em propinas da JBS em troca de incentivos fiscais, que teria causado prejuízo de R$ 209,7 milhões aos cofres públicos entre 2015 e 2016.
As medidas de “austeridade” podem ser a principal causa da estabilidade do tucano em 4º lugar na disputa do Senado. O presidente regional do PSDB já chegou a anunciar que Azambuja vai disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Nos últimos dias, Reinaldo teria cogitado concluir o mandato e não disputar as eleições deste ano.
No segundo cenário, sem Tereza, Rose lidera com 28,5%, seguida por Geraldo com 18,3%, de Simone com 17,2% e do juiz Odilon com 10,4%. Brancos, nulos e indecisos somaram 25,6%.
Na espontânea, Tereza tem 11,4%, Rose 10,6%, Reinaldo 6,2%, Simone 5,1%, Zeca 3,5%, Odilon 3,2% e Geraldo 2,5%. A pesquisa não incluiu o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (União Brasil), que seria candidato ao Senado, segundo o presidente nacional da sigla, Luciano Bivar.
A esquerda é um vácuo na disputa do Senado no Estado. Zeca pretende disputar o Governo e não houve o lançamento de nenhum nome para a casa alta do parlamento pelos partidos de esquerda, como PT, PSB, PCdoB e PSOL.
Registrada na Justiça Eleitoral com os números BR-05274/2022 e MS-0159/2022, a pesquisa foi realizada com 3 mil eleitores em 30 cidades e tem margem de erro de 1,8% para mais ou menos. As entrevistas ocorreram entre os dias 21 e 26 de fevereiro.