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    Economista explica por que o real se valorizou mesmo com crise causada pela guerra na Rússia

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt10/04/20225 Mins Read
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    No artigo “1998 e 2022: O dólar e as duas crises russas”, o economista e ensaísta Albertino Ribeiro explica porque a moeda brasileira não se desvalorizou com crise causada pela guerra da Rússia contra a Ucrânia. O principal motivo seria a reserva cambial brasileira, em torno de US$ 362 bilhões, que garante a economia brasileira enfrentar os baques da atual crise.

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    “Normalmente quando acontece uma grave crise em um país emergente e importante como a Rússia, os mercados ficam em polvorosa e os investimentos migram dos emergentes para os países com economias mais fortes e que possuem mais credibilidade frente aos credores”, pontua.

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    “Com o Brasil nunca foi diferente – o país sempre sofreu com a fuga de divisas. Porque, obviamente, respeitando a lei da oferta e da procura, a escassez de dólares pressiona o seu preço tornando-o mais caro”, afirma.

    Por outro lado, ele tenta explicar o fenômeno atual, já que o Brasil voltou a receber investimentos estrangeiros e o dólar voltou a ser cotado abaixo de R$ 5. “Analistas vêm assistindo a um fenômeno diferente; muitas remessas de dólares estão entrando em nossa economia, aumentando a oferta da moeda estrangeira e, consequentemente, fazendo o preço despencar, acumulando perda de 10% frente ao Real neste ano”, observa.

    “Por seu turno, na atual crise provocada pela invasão russa, a saúde das contas externas brasileiras está ótima. O Brasil fechou 2021 com um saldo positivo de U$$ 61 bilhões na balança comercial e possui, em reservas cambiais – uma espécie de canhão protetor da nossa moeda –  um total de U$$ 362 bilhões”, conclui Albertino Ribeiro.

    Confira o artigo na íntegra:

    “1998 e 2022: O dólar e as duas crises russas

    Albertino Ribeiro

    Normalmente quando acontece uma grave crise em um país emergente e importante como a Rússia, os mercados ficam em polvorosa e os investimentos migram dos emergentes para os países com economias mais fortes e que possuem mais credibilidade frente aos credores.

    Os EUA, por exemplo, há muito tempo tem sido o porto seguro dos investidores, quando uma crise de alto contágio internacional como esta, provocada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, é deflagrada.

    Com o Brasil nunca foi diferente – o país sempre sofreu com a fuga de divisas. Porque, obviamente, respeitando a lei da oferta e da procura, a escassez de dólares pressiona o seu preço tornando-o mais caro.

    Para quem faz uma leitura superficial do mercado financeiro internacional, é de se estranhar a forma como o dólar está se comportando no momento. Esperava-se que o movimento da moeda estrangeira no Brasil fosse um ‘Control C Contro V’ da crise russa ocorrida em 1998 e que teve seu paroxismo em 1999.

    Só para relembrar, a economia russa enfrentou uma grave crise econômica em 1998, que levou a terra de Fiódor Dostoiévski a declarar uma moratória da dívida pública. Como era de se esperar, a moratória russa provocou um contágio em todas as economias, o que levou os investidores a retirarem seus recursos dos países emergentes, migrando-os para os EUA, que possuem os títulos públicos mais seguros do planeta.

    Entretanto, analistas vêm assistindo a um fenômeno diferente; muitas remessas de dólares estão entrando em nossa economia, aumentando a oferta da moeda estrangeira e, consequentemente, fazendo o preço despencar, acumulando perda de 10% frente ao Real neste ano.  

    Alguns analistas dizem que a desvalorização do dólar se deve à taxa Selic, que está em 11,75% ao ano, à valorização das commodities e ao fato das ações na bolsa de valores estarem mais baratas. Esses movimentos em conjunto seriam a principal causa do afluxo de capitais.

    No entanto, isso não explica tudo. Essas causas apontadas na verdade são secundárias. Vejam o que aconteceu em 1999 – pior momento da crise russa. A taxa de juros subiu para 45% ao ano na tentativa de evitar deterioração do Real frente ao dólar, que custava apenas R$ 2.

    Ademais, naquela época, mesmo com o real valorizado artificialmente, as empresas de commodities, principalmente de produtos agrícolas, já eram importantes players no mercado internacional e as ações na Bovespa também estavam baratas.

    Dessa forma, acredito que o maior fiador da economia brasileira, nesse momento, tem sido as contas externas, algo que não aconteceu na crise russa iniciada em 1998. Para termos uma ideia, em 1999, a balança comercial amargava um déficit de U$$ 6,7 bilhões e as reservas cambiais, que ajudavam a manter o dólar estável, havia corroído de U$$ 74 bilhões para apenas U$$ 24 bilhões.

    Por seu turno, na atual crise provocada pela invasão russa, a saúde das contas externas brasileiras está ótima. O Brasil fechou 2021 com um saldo positivo de U$$ 61 bilhões na balança comercial e possui, em reservas cambiais – uma espécie de canhão protetor da nossa moeda –  um total de U$$ 362 bilhões. Contra esses números não existe ameaça externa que possa ‘prosperar’. Este sim, prezado leitor, é o motivo primeiro que justifica a queda do dólar na economia brasileira, mesmo sob a forte tempestade trazida pelo conflito no leste europeu.”

    (*) Albertino Ribeiro é economista e ensaísta de O Jacaré. Ele publica análise de economia aos domingos.

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