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    O faturamento recorde da Agrishow e a falta de fabricantes nacionais de máquinas agrícolas

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt01/05/20227 Mins Read
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    No artigo “Agrishow 2022: precisamos de mais fabricantes nacionais”, o economista e ensaísta Albertino Ribeiro defende a retomada da política de incentivo à indústria nacional, como a de maquinários agrícolas. Ele destaca que a Agrishow 2022 bateu recorde de faturamento com R$ 11,2 bilhões, mas predominou a venda de marcas estrangeiras. A principal causa da desindustrialização foi o fim dos subsídios e a política baseada no Consenso de Washington.

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    “Se usarmos lupa para olharmos nas engrenagens do faturamento da feira industrial agrícola, vamos constatar que a maioria esmagadora é formada por empresas estrangeiras, e, dessa forma, boa parte da lucratividade do setor vai se somar à remessa de lucro para o exterior, além de revelar dependência de peças que precisam ser importadas”, pontua.

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    “Para não ser injusto, temos empresas como a Jacto que, entre outros produtos, fabrica pulverizadores autônomos com tecnologia de ponta. Por sua vez, temos também a empresa Agrale, que produz tratores, caminhões e ônibus. Entretanto, ainda é pouco. O Brasil, além de ser um grande produtor de commodities, poderia ser uma grande potência na fabricação de implementos agrícolas”, destaca.

    “Hoje poderíamos ter mais fabricantes nacionais, como Engesa, CBT- Cia Brasileira de Tratores -, Gurgel e Agrale, esta última – já mencionada acima – ainda existe, pois direcionou sua produção para mercados menores, dentro do agronegócio, para não deixar de existir. As demais, embora tivessem potencial para serem grandes players do mercado internacional, foram vítimas de uma abertura comercial irresponsável e sem critérios”, critica.

    Ele lembra a experiência da Coréia do Sul, que tinha renda per capita inferior ao Brasil e foi na contramão nos anos 90, apostando na indústria nacional e hoje é um país desenvolvido. “Assim, surgiram empresas que hoje dominam grande parte do mercado internacional, como KIA, Hyundai, Samsung e LG. Esta, inclusive, tem conquistado o mercado brasileiro com um dos membros de sua família, a LS Mtron, fabricante do trator LS Tracto. Inclusive, segundo o site Foco Rural, o trator LS Tractor já consolidou a presença no cenário agrícola do Brasil”, conta.

    “Hoje, a renda per capta da Coréia do Sul (U$$ 31.489) é quase cinco vezes maior que a do Brasil (U$$ 6.797,00)”, conclui.

    Confira o artigo na íntegra:

    “Agrishow 2022: precisamos de mais fabricantes nacionais

    Albertino Ribeiro

    Uma das maiores feiras de implementos agrícolas do mundo, a Agrishow, faturou R$ 11,2 bilhões, resultado divulgado na sexta-feira pelos organizadores do evento. O faturamento supera em 286,2% o mesmo evento ocorrido em 2019, época pré pandemia. Realmente um sucesso! Mas, não podia ser diferente, pois o Brasil é potência do agronegócio e as máquinas agrícolas tem papel fundamental na produção do nosso gigante pela própria natureza.

    Contudo, fazendo uso do pensamento Hegeliano, é preciso olhar para o negativo ou às antíteses, para que a marcha evolutiva da história continue. Se usarmos lupa para olharmos nas engrenagens do faturamento da feira industrial agrícola, vamos constatar que a maioria esmagadora é formada por empresas estrangeiras, e, dessa forma, boa parte da lucratividade do setor vai se somar à remessa de lucro para o exterior, além de revelar dependência de peças que precisam ser importadas.

    Para não ser injusto, temos empresas como a Jacto que, entre outros produtos, fabrica pulverizadores autônomos com tecnologia de ponta. Por sua vez, temos também a empresa Agrale, que produz tratores, caminhões e ônibus. Entretanto, ainda é pouco. O Brasil, além de ser um grande produtor de commodities, poderia ser uma grande potência na fabricação de implementos agrícolas.

    Hoje poderíamos ter mais fabricantes nacionais, como Engesa, CBT- Cia Brasileira de Tratores -, Gurgel e Agrale, esta última – já mencionada acima – ainda existe, pois direcionou sua produção para mercados menores, dentro do agronegócio, para não deixar de existir. As demais, embora tivessem potencial para serem grandes players do mercado internacional, foram vítimas de uma abertura comercial irresponsável e sem critérios.

    Talvez você leitor, escaldado com este articulista, esteja esperando que eu diga: a culpa é do Bolsonaro! Não. O presidente Bolsonaro nada tem a ver com isso. Porém, tudo começou, efetivamente, na década de 1990, quando o receituário do Consenso de Washington colonizou, inexoravelmente, o imaginário dos nossos governantes. Estes aceitaram, sem questionar, o canto da sereia neoliberal, que defendia a suspensão da política industrial brasileira, deixando tudo à mercê do mercado internacional.

    O assunto é bem extenso, mas para o artigo não ficar muito longo e afugentar os amigos leitores, vou falar, apenas, da CBT, empresa nacional criada em 1959. A companhia, na década de 1970, cresceu em importância e chegou a ser uma das maiores fabricantes de tratores da América Latina, exportando suas maravilhosas máquinas para países como Estados Unidos, Austrália, Japão, México, entre outros.

    (*) (*) Albertino Ribeiro é economista e ensaísta. A coluna ECoNoMia fOrA Da cAIxA é publicada aos domingos

    Embalada pelo crescimento, chegou a produzir, inclusive, automóveis. Falando nisso, muitos produtores rurais devem se lembrar do famoso Jipe Javali, que foi fabricado entre os anos de 1988 e 1995. No entanto, o que é um Javali diante de um touro, não é? ‘Como assim, articulista?’ Pois é, justamente nesse período, as políticas neoliberais, representadas pela ganância do touro de Wall Street, iniciadas no governo Collor, começaram a ganhar força e chegaram ao seu ápice na era FHC.

    Destarte, com a retirada dos subsídios; da proteção tarifária do setor de máquinas agrícolas e, também, devido a hipervalorização do Real frente ao dólar, não somente a CBT foi à falência, como também a Gurgel e outras simbólicas empresas brasileiras.

    Por seu turno, países como a Coréia do Sul, por exemplo, que no início da década de 1970 tinha renda per capta quase duas vezes menor do que a Brasileira (U$$ 324,0 contra U$$ 586,21), não aceitou passivamente todos os ditames  do Consenso de Washington. Dessa forma, o estado coreano resolveu apostar nas empresas nacionais, implementando políticas de subsídios, proteção tarifária e câmbio desvalorizado até que pudessem andar com suas ‘próprias rodas’.

    Assim, surgiram empresas que hoje dominam grande parte do mercado internacional, como KIA, Hyundai, Samsung e LG. Esta, inclusive, tem conquistado o mercado brasileiro com um dos membros de sua família, a LS Mtron, fabricante do trator LS Tracto. Inclusive, segundo o site Foco Rural, o trator LS Tractor já consolidou a presença no cenário agrícola do Brasil.

    Hoje, a renda per capta da Coréia do Sul (U$$ 31.489) é quase cinco vezes maior que a do Brasil (U$$ 6.797,00). Tudo isso, porque na Coreia nunca existiu o famoso ‘complexo de vira-latas’, que nos aprisiona e nos faz pensar, que tudo o que é melhor vem de fora.

    Por fim, como de costume, recomendo a leitura de um livro; dessa vez da economista Mariana Mazzucato, intitulado ‘O Estado Empreendedor’. A leitura é um bom antídoto contra o veneno neoliberal, que tomamos todos os dias pela via da grande mídia corporativa.

    ‘Complexo de vira-latas é a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo’.  Nelson Rodrigues – Jornalista e Dramaturgo”.

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