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    Com lucros reduzidos, supermercados não poderiam atender pedido de Bolsonaro, diz ensaísta

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt12/06/20225 Mins Read
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    No artigo “Paulo Guedes: De Chicago boy a ‘Keynesiano’’, o economista e ensaísta Albertino Ribeiro diz que a margem de lucro dos supermercados já é pequena, entre 3% e 4%. Isso significa que eles não poderiam atender ao pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ministro da Economia, Paulo Guedes, para reduzir o lucro para segurar os preços até o fim das eleições deste ano.

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    Como a inflação galopante, na casa de 11% a 12%, e o preço dos alimentos básicos nas alturas, Bolsonaro pediu, na semana passada, que os donos de supermercados reduzam os preços para minimizar o aumento do custo de vida. A tática já foi adotada no passado e não deu certo.

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    “Parte da liderança que trabalha no setor ficou insatisfeita com o pedido inusitado, principalmente, vindo de um governo e ministro que se autoproclamam liberais”, destaca Ribeiro.

    “A reação dos empresários do setor de supermercados, em alguma medida, é compreensível se olharmos a situação com a mesma lente deles. Pesquisas realizadas pela ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) têm mostrado margem de lucro anual entre 3% e 4%”, pontua.

    “a questão a ser colocada em debate é a seguinte: por que o ministro da Economia, ultraliberal, resolveu ser intervencionista, justamente, em ano de eleições? Vamos lembrar que em 2020, Paulo Guedes fazia questão de mostrar verdadeira ojeriza pela participação do estado na economia”, questiona.

    Albertino Ribeiro defende a intervenção estatal em momentos de crise e cidade um dos gurus do capitalismo. “Segundo o postulado de Keynes, economista disruptivo para aquela época, esperarmos o mercado agir dentro do seu tempo, seria deletério para a sociedade. Foi, inclusive, Sir Keynes que cunhou a célebre frase ‘No longo prazo estaremos todos mortos’”, afirma.

    Confira o artigo na íntegra:

    “Paulo Guedes: De Chicago boy a ‘Keynesiano’

    Albertino Ribeiro

    Na última quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, pediram aos donos de supermercado que diminuam o lucro, congelando os preços até durante, pelo menos, três meses.

    Parte da liderança que trabalha no setor ficou insatisfeita com o pedido inusitado, principalmente, vindo de um governo e ministro que se autoproclamam liberais.

    A reação dos empresários do setor de supermercados, em alguma medida, é compreensível se olharmos a situação com a mesma lente deles. Pesquisas realizadas pela ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) têm mostrado margem de lucro anual entre 3% e 4%. Um valor relativamente baixo, quando comparado a outras atividades econômicas. Pesquisas mais robustas como a PAC (Pesquisa Anual do Comércio), realizada pelo IBGE, apontam os mesmos porcentuais.

    Contudo, se o amigo leitor não acredita em pesquisas, tenho uma experiência que pode ajudá-lo. Quando fiz minha pós-graduação em Psicologia Organizacional e do Trabalho, uma ilustre colega, que era sócia de supermercado de médio porte aqui em Mato Grosso do Sul, confidenciou-me ser motivo de grande satisfação quando sua empresa alcançava um lucro de 3% ao ano, pois o normal mesmo, era, apenas, 2%. ‘Era motivo para soltar fogos’, dizia ela.

    Contudo, não quero entrar nesse imbróglio, pois a questão a ser colocada em debate é a seguinte: por que o ministro da Economia, ultraliberal, resolveu ser intervencionista, justamente, em ano de eleições? Vamos lembrar que em 2020, Paulo Guedes fazia questão de mostrar verdadeira ojeriza pela participação do estado na economia.

    Pasmem, mas a ideia inicial de Guedes, durante o ápice da pandemia, era pagar auxílio emergencial de R$ 200, durante, apenas, três meses e suspender o contrato de trabalho dos setores de serviços – o mais afetado pela pandemia -, mandando os funcionários do setor para casa com as mãos vazias. Isso seria uma grande tragédia social.

    A referida tragédia só não ocorreu porque o Congresso Nacional, incentivado por Rodrigo Maia (um liberal), formulou um plano emergencial, que resultou em cinco parcelas de R$ 600 e quatro de R$ 300.

    Ademais, com a Lei 14.020/20, criaram-se alternativas para as empresas, tais como: antecipação de férias, redução do tempo de trabalho e a suspensão de contratos. Com essas medidas, muitos trabalhadores puderam ficar em casa, recebendo salário.

    (*) Albertino Ribeiro é economista e ensaísta. A coluna EcOnOmIA FoRa dA CaiXa é publicada aos domingos em O Jacaré

    Medidas Keynesianas

    Podemos notar, que as medidas adotadas – graças ao Congresso Nacional – conseguiram evitar colapso econômico-social, que seria muito maior que a crise que estamos passando. Essa experiência me fez pensar sobre o que seria dos EUA, na crise dos anos 30, se o presidente Franklin Roosevelt tivesse seguido o receituário liberal da época – que descartava a intervenção do Estado na economia – e esperasse que o mercado, por si mesmo, resolvesse os graves problemas colocados pela crise?

    Segundo o postulado de Keynes, economista disruptivo para aquela época, esperarmos o mercado agir dentro do seu tempo, seria deletério para a sociedade. Foi, inclusive, Sir Keynes que cunhou a célebre frase ‘No longo prazo estaremos todos mortos’.

    Dito de outro modo, a fome, a miséria e a doença são tragédias sociais, que não podem esperar para serem resolvidas pelo moroso engatilhamento das armas do mercado (olha a arminha aí de novo, gente!).

    Por fim, é preciso reconhecer a importância do Estado, principalmente nos momentos de crise, e isso independe da visão ideológica. Os modelos econômicos – como o próprio nome diz, seja liberal ou socialista – são simplificações da realidade. Destarte, todos possuem suas lacunas.

    Em casos assim, onde a vida das pessoas e a paz social encontram-se ameaçadas, devemos fazer como o Apóstolo Paulo nos ensinou, embora em outro contexto: ‘examinai tudo e retende o que é bom’”.

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