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    No Divã Em Paris: O bem e o mal no espectro brasileiro

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt29/10/20224 Mins Read
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    Mário Pinheiro, de Paris

    Oposto ao bem, o mal é tudo que machuca e se torna um obstáculo para a felicidade. O mal físico está no sofrimento enquanto o mal metafísico está na imperfeição, na morte, no fim de tudo, segundo o magazine de filosofia francesa.

    Os sádicos, geralmente sem sentimento e impregnado de discurso em torno do bem, escondem a personalidade doentia como se fosse um lago profundo e calmo. O pior mal, a tortura, imposto por alguém que executa a dor de outros ao afirmar que é pelo bem, usa símbolos e transporta seus atos ao discurso da ordem. O maniqueísmo surgiu como a solução que completa esta moral desviada.

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    O maniqueísmo é um sincretismo religioso do império persa. Através dos séculos, entre a luz e as trevas, ele se torna a identificação entre o bem e o mal. Foi criado por Mani no século 3. Para a igreja católica, o maniqueísmo era considerado heresia.

    Aurelius Augustinus era professor de retórica em Cartago, na Tunísia, depois em Roma, se apaixona pela filosofia e se torna o representante da lógica de Platão, Aristóteles e Plotino. Sua mãe, Mônica, era profundamente cristã e pedia insistentemente pela conversão do filho.

    O maniqueísmo foi introduzido no império romano, conhecido dos cristãos pelas obras do professor de retórica Aurelius Augustinus. O bem e o mal é o assunto que separa a lógica de Adão e Eva, que, segundo o catecismo romano, o demônio revestido de serpente teria tentado o casal a verem o mundo como Deus e a dominarem a ciência do bem e do mal.

    O conhecimento do bem e do mal é um fator normal na vida de qualquer ser humano assim como as questões enigmáticas de filosofia sobre a verdade, o fundamento e o sentido de estar no mundo. O espírito das trevas, do mal, cresce e se espalha como trigo, se engasga, mente, atrofia a verdade, diz que é religioso, engana, mas cria adeptos embebidos de ingenuidade. 

    O diabo no deserto tentou Jesus com riqueza, glória e muita sedução mentirosa. Aurelius Augustinus abandona o maniqueísmo, torna-se padre por aclamação do povo, deixa seu mundo de prazeres e se converte. Elevado ao bispado, ele tenta conduzir os cristãos longe da mentira e do mal.

    O príncipe da crueldade na Idade Média é Maquiavel, mas na atualidade brasileira é o pai do orçamento secreto, fonte das mentiras, sádico, precursor da apologia racista, perverso e criminoso sexual. A compra dos imóveis pagos em dinheiro vivo é a mostra evidente de que o homem do Planalto se batizou no rio Jordão e se vestiu de cordeiro pra esconder o lobo e sua grande goela. Emanuel Kant diz que o mal é sempre uma tendência e ninguém escapa de sua sedução pela retórica do bem que reveste suas intenções.  

    O maligno canta, dança e sorri com a morte de 700 mil pessoas. Se morasse num barraco caindo aos pedaços, cheio de furo no telhado, a tentação seria ter uma casa bem construída, com piscina, carros na garagem, jet-ski, moto para motociatas e para visitar meninas menores venezuelanas ou mesmo comprar 51 imóveis.

    Ante o mal que assombra os cidadãos é preciso coragem pra desvendar e revelar a face suja de quem se diz, mais uma vez, batizado no Jordão mas representante do maligno. Quando o mal se estabelece com apoio do povo, Hanna Arendt chama de banalização do mal porque nada chacoalha o coração das pessoas.

    Por exemplo, o amigo íntimo do presidente, favorável à milícia, Roberto Jefferson tinha 7 mil cartuchos, armas, fuzis, granadas, coletes à prova de bala. O ex-deputado é aliado da Frente Evangélica, representa o espectro do mal.

    artigo coluna de sábado filosofia MÁRIO PINHEIRO NO DIVÃ EM PARIS

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