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    No Divã Em Paris: A insurreição do povo de bem

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt05/11/20224 Mins Read
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    Mário Pinheiro, de Paris

    As regras da democracia são simples, para ganhar soma-se a metade mais um. Ao perdedor resta o reconhecimento. O pleito das eleições do segundo turno no Brasil não ocorreu como desejava o presidente, seus acólitos e seguidores.

    Por mais que as pesquisas indicassem a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva e de sua coligação, do outro lado havia a certeza absoluta, a indefectibilidade indubitável de que o jogo seria virado e que Bolsonaro sairia vencedor, seria reeleito.

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    Os eleitores acreditaram tanto nisso como se fosse uma reza, um exorcismo e que durante o mandato inteiro o presidente vacinou seus seguidores de que era preciso governar com linha dura, exército nas ruas e o escambau. Visto que o primeiro turno dera margem de vitória ao PT, a trama para sua eventual vitória foi organizada no principal reduto do candidato petista, o Nordeste. Era um golpe velado. Mas o nordestino é mais inteligente que a lógica do curral bolsonarista. 

    O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, que conseguiu chegar à diretoria da organização pela interferência de Flávio Bolsonaro, tem um histórico confuso de propina, violência, agressão contra frentista, aparelhamento com o governo e descumprimento de ordem superior. Por ter se tornado o homem chave da confiança do presidente Bolsonaro, foi instituído 100 anos de sigilo para protegê-lo de seus processos.

    A PRF inventou essa “operação careca” no intuito de conter a votação expressiva, se incumbiria de parar os veículos e ônibus com eleitores do PT numa dita “operação careca”, mas os adeptos do candidato da situação não seriam parados e não foram.

    Era um golpe baixo, uma isca ao ministro do TSE para prolongar as horas de fechamento das urnas, mas Alexandre de Moraes não caiu na armadilha. A diferença também veio da região Sudeste onde Bolsonaro achava que estava nas mãos, Minas Gerais.

    A sua “vitória” transformada em derrota fez o cidadão de bem assumir seu lugar na baderna, mostrar seus dentes e seus gestos nazistas, mostrar as lições que realmente aprenderam ao bloquear rodovias em pelo menos 19 Estados. O pior não foi vestir-se de amarelo como um pinto, mas contar com o apoio da PRF e da Polícia Militar.

    Antes de encontrar o mestre das insurreições, o culpado desta movimentação é o presidente Bolsonaro, pois ele vacinou seus seguidores de que era preciso barrar a vitória do eleito presidente Lula da Silva.

    A certeza absoluta de ganhar as eleições de forma truculenta com assédio patronal, compra de votos, a máquina do sistema disponível e escancarada pelo governo atual, era tão certa que a derrota trouxe tanto a tristeza, os gritos e o silêncio do presidente, quanto os bloqueios nas rodovias, um certo azedume na alma, um fel tão amargo como se fosse um trago de bebida no chifre do coisa ruim.

    Chamado a se explicar pelo então ministro do TSE, Alexandre de Moraes, o responsável da PRF afirmara que a situação ia voltar ao normal, mas não voltou, fazia parte do golpe e da “operação careca”.

    O direito de ir e vir, garantido pela Constituição, não é respeitado pelos inconformados que prejudicam todos, inclusive bolsonaristas. O presidente ficará sem mandato pela primeira vez, desde que se tornou político profissional, sem imunidade parlamentar, um cidadão comum, um tosco livre.

    Um certo tédio ruminante que trabalha a cabeça do candidato derrotado, mas por outro lado, ele terá tempo livre para motociatas, negociatas e ver a banda passar. Os manifestantes de Santa Catarina, não é de se estranhar, fizeram a saudação nazista, o que demonstra que a lição foi decorada.

    Em Campo Grande, os manifestantes que tanto acreditaram nas promessas do presidente derrotado nas urnas, não conseguem entender, aceitar, seguir a vida, se concentraram para exigir respostas e intervenção federal. É também o resultado da doutrinação do lema “Deus, Pátria e Família” que jamais entenderam que faz parte do fascismo italiano de Mussolini.

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris. Ele escreve aos sábados.

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