A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patri), recuou da recontratação e demitiu o empresário Vinicius Barcelos Avelar, filho do seu líder na Câmara Municipal, o vereador Roberto Avelar (PSD). No entanto, ela mantém os parentes dos conselheiros afastados do Tribunal de Contas do Estado e monitorados por tornozeleira eletrônica por suspeita de corrupção.
O filho do líder da prefeita na Câmara foi um dos comissionados contemplados com cargos comissionados após a faxina de véspera de Ano Novo feita por Adriane. Ele acabou recontratado no dia 11 deste mês na mesma função, assessor-executivo II com DCA-3 e o mesmo salário, de R$ 9.567,09.
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Após a suspeita de nepotismo cruzado, a chefe do Poder Executivo determinou a exoneração do herdeiro de Beto Avelar. O jovem é dono de uma empresa de uniformes na Capital. Ele foi contratado ainda na gestão de Marquinhos Trad (PSD). Até o final de 2021, Vinicius tinha salário de R$ 6.378,06.
Em janeiro do ano passado, ele acabou sendo “promovido” e acabou ganhando uma bolada de R$ 45.675,14 no início de 2022. O salário teve acréscimo de quase 50% e chegou a R$ 9.567,09. Em dezembro do ano passado, esse valor dobrou com o pagamento de 13º e chegou a mais de R$ 19 mil.
Por outro lado, Adriane Lopes manteve o advogado Ronaldo Chadid Júnior, assessor da Procuradoria-Geral do Município com salário de R$ 12,1 mil. Ele é filho de Ronaldo Chadid, que foi alvo da Operação Terceirização de Ouro da Polícia Federal em 8 de dezembro de 2022.
Também manteve Sidônia Neves Barbosa, com salário de R$ 9,5 mil. Ela é irmã do conselheiro Waldir Neves Barbosa, também alvo da PF e afastado junto com Chadid por suspeita de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
