Com o objetivo de corrigir as falhas no certame, o presidente interino do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Jerson Domingos, adiou, sem data definida, a aplicação das provas do concurso público de procurador substituto de contas. Com salário de R$ 35,4 mil, o certame está sendo adiado pela 3ª vez.
No decreto publicado nesta sexta-feira (3), Domingos e o procurador-geral do Ministério Público de Contas, João Antônio de Oliveira Martins Júnior, suspender, “sine die”, a aplicação das provas do concurso, que estavam marcadas para o dia 19 de março deste ano.
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Com pouco mais de 300 inscritos, o concurso entrou na mira da Polícia Federal na Operação Terceirização de Ouro, deflagrada no dia 8 de dezembro do ano passado, por suspeita de cartas marcadas.
Lançado pelo ex-presidente do TCE, conselheiro Iran Coelho das Neves, um dos três afastados da função pelo Superior Tribunal de Justiça, o certame era presidido pelo conselheiro Ronaldo Chadid, outro afastado da função.
Após as suspeitas entrarem na mira da PF, Chadid desistiu da presidência da comissão do concurso e nenhum conselheiro teria aceitado a missão. O único que se prontificou, Jerson Domingos, teria sido ignorado por Iran.
Agora, como presidente interino da corte fiscal, Jerson Domingos vem estudando os meios de recuperar a credibilidade do concurso. Ele vinha estudando inclusive de rescindir o contrato com a Fapec e substituí-la por outra aplicadora das provas, como a Fundação Getúlio Vargas.