Ex-ministra de Agricultura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Tereza Cristina foi eleita senadora ano passado e já começa o mandato na liderança do PP na Casa. Além disso, teve papel fundamental na campanha de Rogério Marinho (PL-RN) à presidência do Senado, ganhando mais moral com os colegas que fazem oposição ao presidente Lula (PT).
Enquanto Tereza ganha os holofotes, Soraya Thronicke (União) e Nelsinho Trad (PSD) têm ficado de lado após quatro anos de mandato. Ex-bolsonarista, Soraya ainda tem certo destaque ao encampar a abertura da CPI dos Atos Antidemocráticos. O mesmo não se pode dizer de Nelsinho.
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O ex-prefeito de Campo Grande dividiu opiniões ao trair seu colega de partido Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na disputa pelo comando do Senado. Ao declarar voto em Marinho, Nelsinho justificou que estava acatando a sua base eleitoral, que é bolsonarista. Na época do pleito, ele era líder do PSD e deixou o posto, o que é de praxe após um ano, sendo substituído por Otto Alencar (BA) em 2023.
O próximo passo na disputa de poder ocorre durante a formação de comissões. Tereza Cristina lidera o PP, que tem seis senadores. É competência dos líderes, por exemplo, escolher quais senadores devem participar de cada uma das comissões da Casa e substituir a qualquer momento titular ou suplente.
Como chegou recentemente, a ex-ministra de Bolsonaro não integra nenhuma comissão, por enquanto. Nelsinho é presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul, mas deve perder espaço por estar em baixa no PSD. Outro fato curioso é que seu partido faz parte do bloco parlamentar da “Resistência Democrática”, com o PT e PSB, enquanto o ex-prefeito da Capital quer manter apoio de eleitores bolsonaristas.
Soraya é membro da mesma comissão de Nelsinho, mas o foco da senadora neste momento é abrir a CPI dos Atos Antidemocráticos. Ela acionou o Supremo Tribunal Federal para obrigar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito.