O deputado estadual Pedro Kemp (PT) apresentou, na sessão desta terça-feira (21), o projeto de lei para incentivar a preservação ambiental do Pantanal sul-mato-grossense, considerado patrimônio natural da humanidade. A proposta, idealizada por Amarildo Cruz, que morreu na última sexta-feira (17), proíbe o plantio da soja na planície pantaneira.
“Queria fazer uma singela homenagem, porque hoje ele estaria aqui nessa tribuna apresentando esse projeto. Com muito carinho vinha discutindo, pesquisando, estudando o avanço da monocultura, principalmente da soja, com muita preocupação, não só em função do manejo da terra, do cultivo em si, mas também porque é uma cultura que tem demandado muito uso de agrotóxicos”, afirmou.
Veja mais:
Na lista de 50 lugares da Time, Bioparque Pantanal passou a “segurar” turistas na Capital
Após novela, revista dos EUA consolida Pantanal como destino ecológico e deve manter boom do turismo
Pantanal e Bioparque estão na lista dos 50 melhores lugares do mundo em 2023
Com risco de destruição total, ambientalistas cobram ações urgentes da ONU para salvar o Pantanal
“O Pantanal, por ser alagável, pode ser contaminado com esses agrotóxicos, vindo a prejudicar todo o bioma, animais e flora, nosso patrimônio nacional”, explicou o petista, na tribuna.
O projeto institui o Programa Estadual de Proteção e Desenvolvimento Sustentável do Pantanal Sul-mato-grossense, que inclui desde o incentivo de pesquisas até o sistema agroflorestal para preservar a região.
A proposta enfrenta um novo problema para o Pantanal depois da batalha para impedir a instalação de usinas de cana de açúcar na planície e no planalto por causa do vinhoto. O plantio de cana foi tema de duas grandes campanhas, nos anos 80 e 2000. O caso mais emblemático foi a morte de Franselmo, que morreu após atear fogo no próprio corpo em protesto contra a retomada da proposta de instalar usinas no Pantanal.
