Fiscal agropecuária aposentado, José Antônio Roldão voltou ao cargo de superintendente de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul após 18 anos. Ele foi comandante do órgão na gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), quando a função era conhecida como “delegado”. A nomeação do novo superintendente surpreendeu e saiu no Diário Oficial da União desta segunda-feira (29).
Inicialmente, a expectativa entre os servidores era de que o atual superintendente, Celso de Souza Martins, nomeado em 2015, na gestão de Dilma Rousseff (PT), permaneceria na função. Sobrinho do ex-governador Wilson Barbosa Martins (MDB0, ele conseguiu sobreviver aos dois governos seguintes, de Michel Temer (MDB) e de Jair Bolsonaro (PL).
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A exoneração de Martins foi publicada hoje pelo secretário-executivo do Ministério da Agricultura e Pecuária. Roldão voltará ao cargo após 18 anos. Ele foi exonerado em junho de 2005, quando foi substituído pelo ex-secretário estadual de Produção, José Antônio Felício.
Na gestão de André Puccinelli (MDB), o fiscal agropecuário foi diretor-presidente da Agraer (Agência Estadual de Desenvolvimento Agrário). Ele se aposentou do ministério em 2016, conforme acórdão do Tribunal de Contas da União.
Roldão foi superintendente da Agricultura de 1995 a 2005. Ele conseguiu sobreviver a quase três anos do primeiro mandato de Lula. Agora, volta ao cargo na gestão do petista.
A chefia da superintendência foi definida após quatro meses. Em Mato Grosso do Sul, o Governo Lula ainda não definiu a chefia do Ibama, cargo considerado importante e estratégico no Estado, principalmente para a preservação do Pantanal e do Parque Nacional da Serra da Bodoquena.
A mais cotada para o cargo era a advogada Giselle Marques, tem pós-doutorado na área. No entanto, a ex-candidata a governadora em 2022 não teria aceitado o convite.