O Governo do Estado confirmou a demissão dos engenheiros Donizete Rodrigues da Silveira e Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano. Ambos ocupavam o cargo de fiscal de obras públicas, lotados na Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) e são réus na Operação Lama Asfáltica.
A dupla chegou a ser demitida em maio de 2020, quando foram publicadas resoluções com as decisões das comissões processantes após conclusão dos processos administrativos que apontaram terem cometido “violação aos deveres funcionais”. À época, as demissões foram assinadas pelo então controlador-geral do Estado, Carlos Eduardo Girão de Arruda.
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Beto Mariano conseguiu anular a demissão no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, com a alegação de que uma das testemunhas não foi ouvida no processo administrativo, mesmo tendo sido notificada e não apresentar justificativa.
No entanto, foram publicadas, no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (7), portarias que ratificam (confirmam) as resoluções com as demissões de Beto Mariano e Donizete Rodrigues. Além deles, também foi confirmada a perda do cargo comissionado de diretor-executivo de José Márcio Mesquita, também acusado pela Lama Asfáltica, que ocorreu em novembro de 2021.
As portarias são assinadas pelo diretor-presidente da Agesul, Mauro Azambuja Rondon Flores.
O engenheiro e ex-deputado Beto Mariano é apontado pela Polícia Federal como braço direito do ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto. Ambos são acusados de desvios de centenas de milhões de reais por meio de obras públicas do Governo do Estado.
Em maio desta ano, a juíza Julia Cavalcante Silva Barbosa, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, inocentou José Márcio Mesquita da acusação de fazer parte de organização criminosa na Lama Asfáltica, por considerar que o Ministério Público Estadual apresentou denúncias “genéricas” contra ele.