O escândalo envolvendo três conselheiros do Tribunal de Contas do Estado vai voltar à pauta da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça. No próximo dia 20, a partir das 14h, os ministros vão analisar o agravo regimental na cautelar inominada criminal do conselheiro Ronaldo Chadid, afastado da função e monitorado por tornozeleira eletrônica desde 8 de dezembro de 2022, quando foi deflagrada a Operação Terceirização de Ouro.
A inclusão do pedido do conselheiro na pauta foi determinada pelo relator, o ministro Francisco Falcão. Chadid chegou a pedir que o processo tramitasse em sigilo e o fim da publicidade da investigação e denúncia contra ele e os ex-presidentes do TCE, os conselheiros Iran Coelho das Neves e Waldir Neves Barbosa.
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Conforme investigação da Polícia Federal e denúncia do Ministério Público Federal, houve o desvio de uma fortuna do TCE por meio do contrato com a Dataeasy Consultoria e Informática. Chadid, Iran e Waldir foram afastados da função e são monitorados por tornozeleira eletrônica desde 8 de dezembro.
Inicialmente, o prazo para o monitoramento era de 180 dias. O MPF pediu a prorrogação das medidas cautelares por mais um ano, mas a Corte Especial decidiu prorroga-las até o julgamento das duas denúncias pela Corte Especial, que deverá ocorrer até o fim deste ano.
Chadid foi alvo também da Operação Mineração de Ouro e é suspeito de ter recebido propina para favorecer a Solurb, concessionária do lixo na Capital e lhe garantir a manutenção do contrato bilionário. Graças ao conselheiro, a empresa conseguiu manter o contrato com o município, que foi cancelado por Alcides Bernal (PP).