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    No Divã Em Paris – O bem e o mal na atualidade política

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt06/01/20244 Mins Read
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    Mário Pinheiro, de Paris

    Na luta do bem e do mal, há um conceito ético, religioso, filosófico e ela desemboca na crença ideológica da vida e da morte. Entre vida e morte existe dialética. O mal faz medo e abrevia a sobrevida do bem. Ela persegue quem vive, quem sofre, quem ama e quem odeia.

    A morte não é inimiga da vida, é ruptura. Há paradoxos indescritíveis sobre quem fala do sopro da vida, mas, além de andar armado, contamina quem está desarmado a crer na paz como se fosse ilusão contra conflitos.

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    Mas a morte é o lado absurdo e obscuro da vida, o gosto amargo da lágrima infantil, do órfão desencapado das subtilidades que a vida lhe negou. Nietzsche sustenta que o único mal que pode ser real é o sofrimento. Dependendo da situação, ela pode ser vista como injusta em caso de bomba, ataques fortuitos, atentados. Mas são obras do homem que se diz pensador, sábio e temente.

    O bem e o mal não vivem separados no mundo, estão juntos. Quem trama e ambiciona nas sombras, como as mentiras de George Bush e Tony Blair para invadir o Iraque, acabou por dar à luz a grupos radicais que o mundo hoje teme. Em termos políticos, segundo Maquiavel, a escolha é raramente entre bem e mal, mas entre o pior e o menos mal, o que significa para Raymond Aron a diferença entre o preferível e o detestável.

    Margareth Tatcher dizia que estava na política por causa do conflito ente o bem o mal, que o bem triunfaria, mas ela mesmo fez muito mal aos trabalhadores. E Nietzsche conclui: “o que se faz por amor está sempre além do bem e do mal”.

    Nos anos de chumbo da ditadura, um grupo de civis com membros da polícia criaram o esquadrão da morte. O objetivo era perseguir, torturar, executar e dar fim aos corpos de opositores ao regime. A ideia se repercutiu e fez parte de alguns estados. O mal reinava no Brasil que se dizia, portanto, de maioria católica.

    Quando o corpo de um infeliz aparecia boiando no rio ou desovado numa pedreira, jamais se chegava aos assassinos, eles agiam como se fosse uma fraternidade que se auto protege. O dossiê com fotos e documentos sumia da delegacia.

    O esquadrão da morte era infernal, adorava matar pelo prazer. O ex-delegado do Dops, Sergio Paranhos Fleury, ou o coronel Carlos Alberto Ustra, eram experts na arte de quebrar ossos e matar durante sessão de tortura.

    Hoje existem outros esquadrões que formam o tribunal do crime e a milícia, uma fabricação muito próxima da família que esteve no poder nos últimos quatro anos. O gabinete do ódio, a bancada da bala, por exemplo, é a marca registrada de quem frequenta ares evangélicos, mas trama a morte noite e dia.

    A reconstrução do ser humano é impossível se não for levado em conta a relação que se encontra mutilada. Quem se alimenta e se enriquece ao vender armas mortíferas, faz pacto com o mal porque o bem é totalmente seu contrário.

    A milícia, por exemplo, é uma criação brasileira de gente que mata por encomenda. Mas as mortes por encomenda, se fuçamos um pouco, damos de frente com o banditismo rural de grandes fazendeiros, grileiros que contratam seus matadores de aluguel.

    Se olharmos mais longe notaremos uma guerra que deu início há 75 anos pela colonização e sufocamento do povo vizinho. É uma paz impossível onde quem se diz do bem desobedece a todas as ordens da ONU ou da comunidade internacional, envia todo tipo de bombas, e, se diz vítima e posa de coitadinho. O conceito de bem precisa ser refletido.

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris. Ele escreve aos sábados.

    filosofia e cultura fim de semana MÁRIO PINHEIRO NO DIVÃ EM PARIS opinião

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