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    Dez anos após cassação de Bernal, o que foi golpe para o Ministério Público segue impune

    Especial para O JacaréBy Especial para O Jacaré11/03/20245 Mins Read
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    Audiência da Operação Coffee Break em maio de 2021. (Foto: Arquivo)

    Dez anos depois daquela madrugada de 13 de março de 2014, quando a Câmara Municipal fez de Alcides Bernal (PP) o primeiro prefeito cassado da história da cidade, o processo da operação Coffee Break por improbidade segue parado na Justiça.

    Em 25 de agosto de 2015, há quase nove anos, a operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) resultou no afastamento do então prefeito Gilmar Olarte, o vice que assumiu após a cassação do Bernal.

    Veja mais:

    Dez anos: “Eu perdi foi para a corrupção, para o dinheiro do esquema deles”, diz Bernal

    MPE não muda uma vírgula da Coffee Break e quer R$ 25 mi à Capital por cassação de Bernal

    Sob risco de prescrição, ação da Coffee Break para em nova lei e “recomeça” após oito anos

    A partir de informações coletadas na operação Lama Asfáltica, a maior ofensiva da PF (Polícia Federal) contra a corrupção em Mato Grosso do Sul, o MPE (Ministério Público Estadual) denunciou poderosos políticos e empresários por conluio para cassar o mandato de Bernal. Para a promotoria, a cassação foi financiada com pagamentos e loteamento de cargos na prefeitura.

    A lista de réus tem o ex-governador André Puccinelli (MDB), o senador Nelson Trad Filho (PSD), o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Carlos Augusto Borges (PSB), o secretário estadual de Fazenda, Flavio César (ex-vereador), além dos empresários João Amorim (dono da Proteco Construções e apontado como sócio oculto da Solurb, que faz a coleta do lixo em Campo Grande) e João Roberto Baird, que chegou a ganhar a alcunha de Bill Gates Pantaneiro diante dos volumosos contratos com o poder público no setor de informática.

    Ao longo dos anos, o processo, que tramita na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, teve passos lentos. Incluindo capítulos como a exclusão de réus por decisão do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), mas que voltaram ao processo após o MPE recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).

    Em meados de 2021, veio a fase mais movimentada, com 31 horas de audiências e interrogatórios. Essa etapa começaria com André Puccinelli, mas o ex-governador obteve liminar no STJ, às 22h21 do dia 17 de maio para não ser ouvido.

    Gilmar Olarte e Alcide Bernal: o vice assumiu o poder após cassação, mas lamenta ter perdido tudo depois de virar prefeito.

    Nessa etapa, interceptações telefônicas da Polícia Federal complicaram os vereadores que cassaram Bernal. Eles insistiram que a iniciativa foi resultado de atuação política, mas se contorceram para explicar os diálogos telefônicos com o poderoso empresário João Amorim.

    Sobre as movimentações financeiras, as explicações foram diversificadas: como verba indenizatória paga pela Câmara Municipal, revenda de trator velho, honorários advocatícios, aluguéis, empréstimo intrafamiliar e cheque do cunhado.

    Também na audiência, até aliados de Bernal apontaram que o prefeito tinha gestão problemática, com perfil centralizador e demora em tomar decisões que travavam a cidade.

    O ex-prefeito e pastor Gilmar Olarte, que renunciou ao cargo, lamentou a passagem pela prefeitura. Ele relatou ter perdido tudo: família, casamento e 40 igrejas.

    Finalizada as audiências, a expetativa era de que a sentença da Coffee Break fosse publicada no segundo semestre de 2022, um ano eleitoral. Mas, o juiz titular do caso foi obrigado a submergir.

    Em abril de 2022, sob ameaça de ser declarado suspeito, o magistrado pediu para sair. Também houve mudança na LIA (Lei de Improbidade Administrativa). Agora, é exigido dolo, ou seja, que os agentes tenham agido com intenção de prejudicar a administração pública.

    Promotor Marcos Alex no dia da Operação Coffee Break, em 25 de agosto de 2015. Hoje, o “xerife” saiu de cena.

    Neste correr do tempo, outra figura importante saiu dos holofotes. O promotor Marcos Alex Vera de Oliveira, que comandava o Gaeco à época da Coffee Break até segue no MPE, mas saiu de cena. O estilo implacável chegou a lhe render o apelido de xerife e manifestação popular de apoio.

    Em setembro do ano passado, o MPE apontou que apesar da mudança na Lei de Improbidade, não ia mexer uma vírgula na denúncia protocolada em 17 de junho de 2016 e segue cobrando indenização de R$ 26 milhões para Campo Grande.

    “Este Parquet entende não haver quaisquer lacunas que ensejam em eventual aditamento da inicial, estando todos os termos em conformidade com a legislação vigente e devidamente individualizadas as condutas. Por esse motivo, reafirma a tese segundo a qual pleiteia a condenação dos réus. Ante todo o exposto, pelas razões já demonstradas, RATIFICA TODOS OS PEDIDOS, requerendo a procedência da presente demanda”, destacou o promotor Humberto Lapa Ferri.

    A última movimentação no processo com 18 mil páginas é de 8 de fevereiro de 2024: concluso para a sentença. Oxalá, ela venha.

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