O empresário Elenilton Dutra de Andrade, 55 anos, protocolou, nesta segunda-feira (29), pedido de cassação do mandato de Claudinho Serra (PSDB) na Câmara Municipal. “Não concordo que Campo Grande tenha um vereador de tornozeleira”, justificou ele.
O pedido de cassação vai obrigar o presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), a se manifestar a respeito do escândalo que abalou a cidade de Sidrolândia. Claudinho foi secretário de Fazenda na gestão da sogra, a prefeita Vanda Camilo (PP), e é um dos políticos mais próximos da cúpula tucana.
Veja mais:
Além de vereador, empresário foragido por 8 meses e mais 6 réus por peculato deixam prisão
Vereador acusado de chefiar organização criminosa sai da cadeia com tornozeleira
Advogados se dividem e definição sobre suplente de Claudinho Serra deve terminar na Justiça
Ele assumiu o mandato definitivamente após uma articulação que levou à renúncia ao mandato de Ademir Santana (PSDB). Ele foi o segundo a renunciar. O primeiro foi João César Matto Grosso, que assumiu a vaga de Pedro Caravina (PSDB) na Assembleia Legislativa e, atualmente, é adjunto do Detran.
Andrade cita o Decreto-Lei nº 201/67, que dispõe sobre a responsabilidade dos vereadores, entre elas, cassar o mandato de um parlamentar em três situações:
- Utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade administrativa;
- Fixar residência fora do Município;
- Proceder de modo incompatível com a dignidade, da Câmara ou faltar com o decoro na sua conduta pública.
Claudinho ficou preso por 23 dias. Ele vai entrar para a história como primeiro vereador a frequentar o legislativo com tornozeleira eletrônica. Será o primeiro, porque os políticos brasileiros e parte dos eleitores já estão querendo deixar no passado a conduta ilibada, a imagem ética e a moralidade.
O famoso ditado popular de que “não basta a mulher de César ser honesta, mas parecer honesta” vai ficar no passado em Mato Grosso do Sul, onde a acusação de corrupção é mérito e não algo que nos envergonha.