O JacaréO Jacaré
    Facebook Instagram Twitter
    O Jacaré O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Home»MS»Venda de sentença, assédio judicial, sumiço de decisão: fatos abalam o Poder Judiciário de MS
    MS

    Venda de sentença, assédio judicial, sumiço de decisão: fatos abalam o Poder Judiciário de MS

    Especial para O JacaréBy Especial para O Jacaré20/05/20247 Mins Read
    Facebook Twitter WhatsApp Telegram Email LinkedIn Tumblr
    WhatsApp Facebook Twitter Telegram LinkedIn Email
    Desembargadores do Tribunal de Justiça de MS envolvidos em denúncias. (Foto: Arquivo)

    O Poder Judiciário, que já teve que aposentar compulsoriamente juiz e desembargadora após denúncias, segue na berlinda em Mato Grosso do Sul. Os casos envolvem suspeita de venda de sentença, assédio judicial, sumiço de documento e acordo de desmatamento anulado após duras críticas de magistrado à juíza “substituta intrusa”.

    Aposentado por limite de idade, pois completou 75 anos em abril, o desembargador Divoncir Schreiner Maran é investigado por venda de liminar que beneficiou o narcotraficante Gerson Palermo, condenado a 126 anos de prisão. Após obter prisão domiciliar em abril de 2020, sob alegação do risco de contrair covid no cárcere, o homem, que já sequestrou um avião, arrebentou tornozeleira eletrônica e desapareceu.

    Veja mais:

    Dez desembargadores votam a favor de desmatamento de 20,5 mil hectares no Pantanal de MS

    Juiz acata pedido de Reinaldo e condena jornalista por matérias sobre Aquário e desmatamento no Pantanal

    Inédito: juíza aponta “erro” do sistema e some com sentença que condenou conselheiro do TCE

    MPF pede a condenação de Divoncir Maran no CNJ por mandar soltar chefão do PCC

    Investigação da Polícia Federal mostra que a decisão teve bastidores, no mínimo, curiosos. Antes mesmo de o habeas corpus de Palermo ser distribuído para o desembargador, que era o plantonista no feriado de Tiradentes, já havia decisão determinada. Segundo a apuração, o assessor chefe de Divoncir orientou uma colega sobre o mérito da decisão, determinando expressamente que fosse concedida a ordem, antes mesmo do documento ser distribuído. A assessora também alertou que havia “gambiarra”: supressão de instância e que Palermo não havia apresentado documentos que comprovassem que o traficante estava doente.

    Nesta semana, o Sindjor-MS (Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul) divulgou nota lamentando o assédio judicial ao jornalista Edivaldo Bitencourt, editor de O Jacaré.

    “A criminalização da crítica e da investigação jornalística, como neste caso, representa um grave retrocesso para a democracia e abre um precedente perigoso para a intimidação e o silenciamento da imprensa”.

    O jornalista foi condenado em ação movida pelo ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O juiz da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, Eduardo Eugênio Siravegna Junior, condenou o editor de O Jacaré a nove meses e dez dias de detenção em regime aberto. A pena por crime de calúnia foi convertida em prestação de serviços. As matérias em que o ex-governador alega que o jornalista extrapolou o “mero conteúdo de informar” são sobre desmatamento no Pantanal e licitação do Aquário do Pantanal.  

    Pressão de ambientalista desvendou “manobra” na lista de substituição de juiz. (Foto: Arquivo)

    “Ainda há juízes em Berlim”

    De dentro do próprio judiciário surgiu uma vigorosa decisão do juiz da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Ariovaldo Nantes Corrêa. No período em que estava de férias, o comando foi assumido pela juíza Elizabeth Rosa Baisch, que não era da lista de substitutos na 1ª Vara.

    A magistrada homologou acordo para desmatar 18 hectares do Parque dos Poderes. Ambientalistas questionaram a “manobra” e o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, apesar de ser um dos signatários do acordo, solicitou que se verificasse a escala de substituição. Desta forma, descobriu-se que um juiz que estava na lista de substituto não foi chamado. O Tribunal de Justiça tem projeto de usar área no parque para erguer sua nova sede.

    “Tendo em conta o evidente interesse da administração do TJ/MS na homologação do acordo como visto linhas atrás, a designação pela administração do TJ/MS de outro juiz fora da ordem natural de substituição deveria se dar com a necessária justificativa, a fim de evitar suspeita de alguma conduta irregular, o que não foi observado e impõe o reconhecimento da nulidade artigo 5º, LIV, da CF12, conforme também alegado pelos embargantes à fl. 1.613, haja vista que, antes do decurso do prazo concedido às partes para se manifestarem sobre o pedido e documentos de fls. 1.511-41 (fl. 1.550), a juíza que atuava em substituição proferiu açodadamente sentença homologando o acordo de fls. 1.543-7 e excluindo os ora embargantes, admitidos na relação processual como assistentes litisconsorciais por decisão reclusa, inclusive para o juízo, sem que tivessem antes a oportunidade de sequer serem ouvidos”, lamentou Corrêa.

    Nesta mesma ação, o movimento “Amigos do Parque” anexou uma passagem histórica que se mostrou profética. “É isto que o indigitado ACORDO JUDICIAL na verdade representa: se a construção do PALÁCIO DA JUSTIÇA, naquela bucólica faixa de vegetação nativa, adredemente escolhida por uma ‘autoridade’, encontrar empecilho na Lei e na ordem ambiental – ora as Leis e o meio-ambiente! – que se modifique, então, a lei e o regramento ambiental. Aos Requerentes resta exclamar como o moleiro de Sans-Souci diante de Frederico II, Rei da Prússia, que queria desalojá-lo com sua oficina das cercanias do seu Palácio: ‘Ainda há juízes em Berlim’”.

    Condenação de Kayatt, conselheiro do TCE, foi apagada de sistema da Justiça. (Foto: Arquivo)

    Sumiço de decisão

    Em uma reviravolta sem precedentes na história do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul, a juíza Tatiana Decarli, da 3ª Vara Cível de Ponta Porã, acusou que houve “erro do sistema SAJ” e apagou a sentença que condenou o conselheiro Flávio Kayatt, do Tribunal de Contas do Estado. O ex-prefeito de Ponta Porã foi condenado por improbidade administrativa a perda do cargo público, que lhe garante polpudo salário, e suspensão dos direitos políticos por três anos.

    Ao sumir literalmente com a sentença prolatada pela colega, a juíza Sabrina Rocha Margarido João, da 2ª Vara Cível, onde tramitou o processo contra Kayatt, a magistrada Tatiana Decarli limpou, em uma canetada, a ficha do conselheiro do TCE.

    Em outro episódio rumoroso, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) tem processo disciplinar contra o desembargador Geraldo de Almeida Santiago. Ele é acusado de “descumprimento de reiteradas decisões” do Superior Tribunal de Justiça em ação bilionária de uma rede hoteleira contra o Banco do Brasil. A investigação é de quando era titular da 5ª Vara Cível de Campo Grande.

    Santiago proferiu decisão favorável à empresa de hotéis, que foi parcialmente mantida pelo TJMS, ao pagamento de aproximadamente R$ 900 mil. O Banco do Brasil obteve medidas cautelares no STJ (Superior Tribunal de Justiça), além de fazer diversas reclamações para que pudesse sustar as decisões de Geraldo Santiago. A maior transferência autorizada foi de R$ 1,2 bilhão. Segundo o MPF (Ministério Público Federal), o crédito devido poderia chegar a mais de R$ 300 bilhões.

    Punidos com aposentadoria

    Em 2022, o juiz Aldo Ferreira da Silva foi aposentado compulsoriamente pelo Tribunal de Justiça por suspeita de corrupção e venda de sentença. Ele foi alvo da Operação Espada da Justiça, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

    A outra polêmica envolveu a desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, do TJMS, também punida com aposentadoria, mas pelo CNJ (Conselho Nacional da Justiça) em dezembro de 2021. Ela foi “condenada” por usar o poder para ajudar a tirar o filho, Breno Fernando Solon Borges, preso por tráfico de drogas e munições de armas de grosso calibre, da cadeia em 2017. Ambos seguem recebendo altos salários.

    Advogada Emmanuelle, ré com o marido em ações penais, chegou a ser condenada por dar golpe de R$ 5,3 milhões em um aposentado de 72 anos, mas sentença foi anulada pelo STJ (Foto: Arquivo)

    desembargador diconvicr schreiner maran desembargadora Tânia garcia de freitas borges desmatamento do pantanal fuga de gerson palermo juiz aldo ferreira da silva júnior juiz ariovaldo nantes corrêa juiz eduardo eugênio siravegna júnior juíza elizabeth rosa baisch nossa política novo palácio da justiça sindjor-ms Tiro News

    POSTS RELACIONADOS

    Empresário consolida vantagem deve derrotar emedebista em Bandeirantes, aponta Ranking

    MS 05/07/20252 Mins Read

    De olho na reeleição, Soraya investe na Caravana da Castração para atingir 20 mil animais

    MS 05/07/20252 Mins Read

    Às vésperas da eleição, denúncia de compra de voto e santinho com R$ 70 agita Bandeirantes

    MS 04/07/20252 Mins Read

    Bate-boca entre Isa Marcondes e médico acaba na delegacia: “dona de zona fala que é vereadora”

    MS 04/07/20252 Mins Read

    Comments are closed.

    As Últimas

    Lula diz que Brics é fiador de um futuro promissor

    BR 05/07/20252 Mins Read

    Empresário consolida vantagem deve derrotar emedebista em Bandeirantes, aponta Ranking

    MS 05/07/20252 Mins Read

    Nova tarifa social de energia elétrica passa a valer neste sábado

    BR 05/07/20253 Mins Read

    Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio acumulado em R$ 6,5 milhões

    BR 05/07/20251 Min Read

    A verdade que você não lê por aí!

    Siga nossas redes:

    Facebook Twitter Instagram
    O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Categorias
    • AGRO
    • BR
    • Campo Grande
    • charge
    • JORNALISMO INVESTIGATIVO
    • Livro
    • MS
    • Mundo
    • Opinião
    • Seu Bolso
    © 2025 Todos os direitos reservados.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.