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    No Divã Em Paris – A miopia vê bondade na maldade

    Especial para O JacaréBy Especial para O Jacaré01/06/20244 Mins Read
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    Mário Pinheiro, de Paris

    Em termos políticos o mal pode esconder sua bondade na carapuça da ditadura, do fascismo e mesmo na democracia. Estados Unidos e Israel são de regimes democráticos. O primeiro impõe sua maneira de ver o bem com o mal, no mais puro maniqueísmo. Por exemplo, ao derrubar regimes que não se dobram à cartilha americana como a série de governos e juntas militares impostas na América do Sul, América Central, Oriente Médio e Ásia por interesses políticos e econômicos.

    Nenhum país latino-americano suportou a pressão das mãos de ferro da CIA. Os curiosos de computador vão dizer, ah, mas era guerra fria. Logicamente, mas a guerra fria se requentou e hoje está no conflito Rússia e Ucrânia com a mão pesada da OTAN, uma pressão ignóbil do presidente francês Emmanuel Macron, sustentado pela União Europeia. São dezenas de bilhões de euros em armas. Segundo Macron, se a Russia ganha a guerra, é a Europa quem sai perdendo. 

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    O segundo coloniza o país vizinho há mais de sete décadas, rouba a liberdade do outro em nome da democracia. É sabido que não há paz na região, mas o país judeu acha justo, uma face do bem contra o mal ao abocanhar área da Palestina. Atualmente Israel comete as piores barbaridades na área de refugiados que eles mesmos indicaram como sendo seguro.

    Uma breve alusão dialética com os atos dos alemães contra os judeus ao indicarem que os campos de concentração de Aushwitz era para o trabalho. Os palestinos hoje sentem na pele o que é viver num campo de concentração. É o inferno, pois o que significava “o trabalho nos torna livres” na entrada de Aushwitz-Birkenau, aos palestinos, hoje, em Gaza e Rafah, segundo promessa de Netanyahu é que a guerra vai durar até o final do ano.

    A covardia contra os fracos é a dádiva dos opressores. São mais de 36 mil mortos e 8.457 prisioneiros nas prisões de Israel segundo a Anistia Internacional. Entre os presos, a maioria é civil e sem laços com o grupo Hamas.

    O mundo assiste as imagens de corpos queimados e desmembrados, o desespero de crianças e jovens que perderam a família pelas ações de bombas enviadas por Israel, que segundo o próprio primeiro-ministro foi um acidente. Rafah é a área dita de segurança para onde foram empurrados 1,5 milhão de palestinos que estavam em Gaza. No entanto, o campo de refugiados passou a ser bombardeado.

    Netanyahu era até um certo tempo, controlado pelo presidente americano Joe Biden, mas tudo indica que a coleira se soltou e focinheira se perdeu, está incontrolável, jamais obedeceu às ordens da Corte Penal Internacional (CPI) de Haia. A ONU, cuja organização acompanha a miséria e desordem causada na banda de Gaza, resumida a prédios destruídos, a cinzas, à desgraça de famílias esfaceladas pela morte, fez vários relatórios sobre os abusos e crimes de guerra e crime contra a humanidade. A prisão anunciada contra Netanyahu pela CPI foi mal recebida e criticada, mas ela é justa. 

    A ex-embaixadora americana na ONU e ex-candidata presidencial republicana, Nikki Haley, favorável ao estado hebreu, escreveu a frase “acabe com eles” em cada bomba enfileirada a ser enviada contra Rafah. Ao enviar as bombas sobre o campo de refugiados que dilacerou 45 e fez mais de 120 feridos, Israel assume seu papel de crimes de guerra sem escrúpulos. Para que a CPI tome uma decisão drástica como o pedido de prisão, é preciso razão sobre os fatos sobre os civis.

    A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em tirar definitivamente o embaixador brasileiro de Tel Aviv se baseia sobre a mais reflexiva prudência. Primeiro, é impossível dialogar com Netanyahu. A Palestina foi reconhecida recentemente como Estado pela Irlanda, Espanha e Noruega, além de outros 146 países. Ninguém sabe se a decisão de reconhecimento da Palestina vai obrigar Israel a devolver as terras ocupadas na Cisjordânia.

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris. Ele escreve aos sábados.

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