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    Para bancar propina de 10% a vereador, empresas cobravam o dobro de prefeitura

    Richelieu de CarloBy Richelieu de Carlo18/06/20245 Mins Read
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    Claudinho Serra tinha gastos pessoais bancados por empresário e nota era emitida no dobro do valor. (Foto: Arquivo)

    Com o fim do sigilo da delação premiada, começam a surgir as primeiras informações sobre o depoimento do ex-servidor Tiago Basso da Silva e os detalhes do suposto esquema criminoso comandado pelo vereador Claudinho Serra (PSDB) e sua sogra, a prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP).

    O ex-servidor do setor de Compras e Licitações do município revelou ao Ministério Público Estadual que Claudinho recebia propina de 10% de todos os contratos firmados pela prefeitura com empresas, e ainda tinha gastos pessoais bancados pelo empresário Ricardo José Rocamora Alves. Em troca, as notas fiscais eram emitidas com valor em dobro do repassado ao genro da prefeita.

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    “Ele [Claudinho] ia lá numa loja da cidade, e fazia um orçamento lá, vinte telhas e vinte cargas. Deu R$ 10 mil, vou dar um exemplo aqui. ‘Ricardo, paga lá que o Thiago vai acertar contigo aqui na prefeitura’. Aí eu emitia um empenho no dobro do valor, R$ 20 mil. Sempre era o dobro do valor”, explica Basso aos promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). O vídeo foi publicado pelo site Campo Grande News.

    A delação de Tiago Basso da Silva foi gravada no mês de outubro do ano passado. Foram quatro vídeos, sendo três, no total com 84 minutos, fazendo revelações sobre o esquema de corrupção em Sidrolândia. Apenas um, com 28 minutos, faz referência as irregularidades cometidas pela sogra, a prefeita Vanda Camilo (PP).

    Secretário de Fazenda de Sidrolândia entre dezembro de 2021 e maio de 2023, Claudinho Serra cobrava 10% de propina de todos os contratos do município, revela o delator. 

    “O Cláudio Serra cobrava das empresas uma porcentagem de 10%, principalmente das empresas que tinham grandes contratos com o município, de tudo aquilo que era pago no município. ‘Essa empresa recebeu R$ 30 mil do município, então Tiago você tem que cobrar dela R$ 3 mil”, diz o ex-servidor citando um exemplo. 

    Tiago Basso afirma que as notas frias passavam de R$ 100 mil por mês, e a propina retornava em dinheiro em espécie. Ele cita as empresas Coptec, Marcondes, 3M e Rocamora como algumas das beneficiadas pelo esquema. O ex-servidor disse que coletava a verba acertada diretamente com os diretores das firmas.

    “As mais altas, as empresas que ganhavam licitações de obras de asfalto, aí essas empresas vinham tratar diretamente com ele [Claudinho] na sala dele”, relata. Nestes casos, quem coletava o dinheiro era Carmo Name, braço direito do ex-secretário de Fazenda e vereador de Campo Grande licenciado. Basso ficava com os menores contratos.

    “Variava muito, R$ 50 mil, R$ 40 mil. Os valores que eu buscava era pouco, né? Por que eu trabalhava faz empresas de menor escalão, né? O Carmo que geralmente trabalhava com as empresas de grandes contratos, as empresas que ganhavam uma licitação lá de asfalto que era R$ 6 milhões. Me pediam para buscar R$ 5 mil com o fulano, R$ 3 mil com o ciclano. Lá com o Ricardo, variava de R$ 10 mil a R$ 20 mil por mês “, contou o delator.

    O ex-servidor do setor de licitações presta depoimento para quatro promotores ao lado do advogado Wellison Hernandes. (Foto: Reprodução)

    Tiago Basso da Silva prestou depoimento aos promotores Tiago Di Giulio Freire, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Adriano Lobo Viana de Resende, coordenador do GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção), Cristiane Mourão Leal Santos, assessora especial da Procuradoria Geral de Justiça, e Daniele Borghetti Zampeiri, e do advogado, Wellison Murchutti Hernandes.

    A delação

    O juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, levantou o sigilo da delação premiada. O acordo de colaboração premiada de Tiago Basso foi homologado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul em abril e foi mantida no mais absoluto segredo de Justiça.

    Claudinho chegou a ingressar com habeas corpus no Tribunal de Justiça pedindo acesso à colaboração premiada. No entanto, no dia 12 deste mês, o desembargador José Ale Ahmad Netto negou liminar para obrigar o magistrado a fornecer o acordo para o tucano.

    No entanto, em despacho publicado nesta sexta-feira (14), o juiz Fernando da Silva acabou com a agonia dos réus e informou estar acabando com o segredo. No entanto, alguns advogados ainda não conseguiram acessar o depoimento, como é o caso do defensor de Claudinho Serra, Tiago Bunning.

    Ex-presidente do TJMS, desembargador Paschoal Carmello Leandro homologou a delação premiada bomba (Foto: Arquivo)

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