O JacaréO Jacaré
    Facebook Instagram Twitter
    O Jacaré O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Home»MS»Além de dívida de R$ 4,7 mi, Polaco é condenado por não pagar imposto sobre propina da JBS
    MS

    Além de dívida de R$ 4,7 mi, Polaco é condenado por não pagar imposto sobre propina da JBS

    Richelieu de CarloBy Richelieu de Carlo06/07/20246 Mins Read
    Facebook Twitter WhatsApp Telegram Email LinkedIn Tumblr
    WhatsApp Facebook Twitter Telegram LinkedIn Email
    Polaco foi tema de reportagem do Fantástico, da TV Globo, quando foi gravado recebendo propina (Foto: Reprodução/TV Globo)

    O corretor de gado José Ricardo Guitti Guímaro, o Polaco, 50 anos, foi sentenciado a dois anos e oito meses de prisão por não declarar rendimentos à Receita Federal e deixar de recolher R$ 1,697 milhão, que seriam de propina supostamente paga pela JBS. Além da pena, ele ainda tem uma dívida de pelo menos R$ 4,760 milhões com o fisco pelo dinheiro sonegado.

    Polaco ficou famoso nacionalmente por ser um dos denunciados pela Operação Vostok, ao lado de figuras como ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o deputado estadual Zé Teixeira (DEM), o conselheiro do Tribunal de Contas, Márcio Monteiro, o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra (PSDB), o advogado Rodrigo Souza e Silva, filho de Reinaldo, entre outros.

    Veja mais:

    Polaco vira réu por não pagar R$ 1,6 milhão em impostos federais sobre propina paga pela JBS

    Famoso por denunciar Reinaldo, dono de curtume também será julgado por golpe de R$ 2,8 milhões no Sicredi

    PF investiga movimentação atípica de R$ 4 mi de Polaco e assombra outros alvos da Vostok

    De acordo com o Ministério Público Federal, Polaco deixou de declarar, em suas declarações de imposto de renda de 2015 e 2016, valores que recebeu da Buriti Comércio de Carnes, de Aquidauana, dinheiro supostamente proveniente de corrupção da JBS. 

    O grupo multinacional teria pago propina para ter isenções fiscais. O total repassado ao ex-governador sul-mato-grossense foi de R$ 67,791 milhões e causou prejuízo de R$ 209,7 milhões aos Estado, conforme a então subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo.

    O esquema é citado na sentença pelo juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande.

    “Segundo consta, os fatos foram descobertos após atuação da Receita Federal do Brasil […], motivada pelo fato de José Ricardo Guitti Guimaro constar como beneficiário de valores pagos através de transferências bancárias realizadas pela empresa Buriti Comércio de Carnes Ltda, esta, por sua vez, recebedora de valores oriundos do grupo JBS em esquema de corrupção no Mato Grosso do Sul, conforme apurado no âmbito de desdobramentos da operação denominada ‘Lava Jato’”, informa o magistrado.

    No decorrer do processo, Polaco confessou que os valores transitaram em sua conta pessoal, mas não lhe pertenciam. Ele alegou que apenas cedeu sua conta para que os recursos fossem levados aos beneficiários finais, os supostos “agentes públicos corruptos”, cuja apuração é feita em ação penal derivada da Operação Vostok. 

    A defesa do corretor de gado ainda afirmou que é “impossível” pagar a dívida de R$ 4.760.504,20, montante resultado do acréscimo de juros e multa. As testemunhas ouvidas em juízo declararam que o acusado é “pessoa simples, reside em uma casa humilde e não possui riquezas”. 

    O juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira explica que o réu até poderia ser considerado inocente se não soubesse da entrada dos valores em sua conta, ou seja, que sua conta tivesse sido utilizada por terceiros sem o seu conhecimento ou consentimento, o que não é o caso. 

    “No caso em tela, o réu assumiu que, de fato, os valores transitaram em sua conta. Ao permitir a utilização de sua conta para ingresso de capital, estava ciente o acusado do dever de declaração ao fisco, bem como do recolhimento dos tributos inerentes”, definiu o magistrado.

    Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal, condenou Polaco por não recolher imposto sobre dinheiro supostamente proveniente de corrupção, segundo MPF (Foto: Arquivo)

    Para o titular da 3ª Vara Federal, Polaco conseguiu provar que atua como corretor de gado, recebendo comissão em percentual pela compra e venda dos animais, mas não justificou como, apesar de ser “pessoa simples”, valores milionários, “inapropriados à dinâmica do negócio”, circularam em sua conta.

    Outro fator que chamou a atenção e causou estranheza ao julgador, foi a sistemática de movimentações financeiras relatada pelo MPF e pelo acusado.

    “Convenhamos, essa sistemática de trabalho, de escrituração fiscal e de trânsito de valores descrita pelo réu é para lá de estranha, para dizer o mínimo, pois há rotinas intermediadoras absolutamente desnecessárias, do ponto de vista da realidade das operações envolvidas”, pondera o magistrado.

    “Isso ficou claro na instrução, pois nem o réu e nem as testemunhas ouvidas, nomeadamente as testemunhas de defesa, algumas delas corretoras de gado também, conseguiram apresentar justificativa razoável para essa ‘forma de trabalho’”, prossegue.

    “Ao que parece, entretanto, esse esquema foi idealizado para as mais diversas finalidades neste Estado: de sonegação fiscal por todas as partes envolvidas (produtor, intermediário, frigoríficos etc.) – pois quem ficava com o passivo tributário era o frigorífico, literalmente um ‘boi de piranha’, registrado em nome de terceiros, geralmente -, como também à lavagem de dinheiro”, conclui.

    Sobre a incapacidade de Polaco pagar a dívida de mais de R$ 4 milhões, o juiz explica que o valor sonegado originalmente é de R$ 1.697.143,84, e a incapacidade atual de pagamento não afasta o crime.

    “Logo, o que se tem é a presença materialidade e autoria e, por outro lado, versões defensivas pouco críveis e desprovida de provas, insuficientes, portanto, para gerar dúvida minimamente razoável e afastar a tese acusatória, razão pela qual concluo pelo condenação do réu”, decidiu o juiz, em sentença do dia 3 de julho.

    A pena de dois anos e oito meses de reclusão, no regime aberto, foi convertida em prestação de serviços à comunidade ou entidades públicas e prestação pecuniária de cinco salários mínimos, além do pagamento de 13 dias-multa, fixado o valor unitário em três vezes o maior salário mínimo vigente ao tempo da sonegação cometida.

    José Ricardo Guitti Guímaro, o Polaco, pode recorrer da sentença.

    Operação Vostok

    A ação penal protocolada pelo MPF contra Reinaldo e outros réus pela suposta propina de R$ 67,7 milhões da JBS tramita em sigilo na 2ª Vara Criminal de Campo Grande, comandada pelo juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior. O tucano foi denunciado no dia 15 de outubro de 2020 no STJ e está com R$ 277 milhões bloqueados desde setembro de 2018, quando foi deflagrada a Operação VostoK.

    3ª vara federal de campo garnde josé ricardo guitti guímaro polaco juiz bruno cezar da cunha teixeira nossa política operação vostok rodrigo souza e silva sonegação de impostos Tiro News

    POSTS RELACIONADOS

    Após habeas corpus negados pelo TJ e STJ, juiz mantém prisão de ex-coordenador da APAE

    MS 10/06/20252 Mins Read

    Popularidade de Lula melhora, mas 57% ainda o avaliam como ruim e péssimo, diz Ranking

    MS 10/06/20252 Mins Read

    Diretor do Consórcio Guaicurus confirma ônibus ‘vencidos’ e novos só no fim do ano ou 2026

    Campo Grande 10/06/20253 Mins Read

    MPE cobra suspensão de repasses à FFMS mesmo com acordo para pagamento de R$ 128 mil

    MS 09/06/20254 Mins Read

    Comments are closed.

    As Últimas

    Ao STF, Bolsonaro nega ter cogitado plano de golpe de Estado

    BR 10/06/20253 Mins Read

    Inflação oficial recua para 0,26% em maio deste ano, diz IBGE

    BR 10/06/20252 Mins Read

    Torres admite desconhecimento técnico sobre sistema eleitoral

    BR 10/06/20254 Mins Read

    CPI das Bets: Soraya pede indiciamento de influenciadoras e quer banir Jogo do Tigrinho

    MS 10/06/20254 Mins Read

    A verdade que você não lê por aí!

    Siga nossas redes:

    Facebook Twitter Instagram
    O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Categorias
    • AGRO
    • BR
    • Campo Grande
    • charge
    • JORNALISMO INVESTIGATIVO
    • Livro
    • MS
    • Mundo
    • Opinião
    • Seu Bolso
    © 2025 Todos os direitos reservados.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.