O governador Eduardo Riedel (PSDB) afirmou que pretende cumprir a promessa de campanha de equiparar os salários dos professores temporários aos do efetivo ainda no atual mandato. No entanto, o tucano condiciona a medida, que pode contemplar 70% dos docentes da rede estadual, a manutenção do equilíbrio fiscal.
Durante a entrevista exclusiva ao O Jacaré na última sexta-feira (6), o governador fez um balanço da gestão e reafirmou o compromisso com os trabalhadores da educação. “Temos o compromisso com a isonomia do salário do professor”, afirmou.
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Atualmente, conforme a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), um professor concursado ganha R$ 12.390 para jornada semanal de 40 horas, enquanto o contratado recebe R$ 7.020, o equivalente a 56,7% do valor pago ao efetivo. Na prática, o primeiro ganha um salário 76% maior.
O governador ressaltou que neste ano já houve a concessão de reajuste de 15% aos professores contratados. Ele pretende manter a política para igualar os salários.
“A premissa é o respeito ao equilíbrio fiscal”, ressaltou.
Os professores da rede estadual tinham o mesmo salário até julho de 2019, quando Reinaldo Azambuja (PSDB) propôs pagar metade ao docente contratado sem concurso. Cerca de 70% dos professores da rede estadual não são efetivos e recebem um salário inferior.
Por outro lado, o valor de R$ 7.020 ainda é maior que o valor pago por 62 municípios de Mato Grosso do Sul. No ranking estadual, o valor pago ao efetivo é o maior do Estado, enquanto o não concursado tem o 19º maior salário.