Em reforma desde 2022, o Estádio Universitário Pedro Pedrossian, carinhosamente conhecido como “Morenão”, passará a ser administrado pelo Governo do Estado. A informação foi divulgada pelo secretário estadual de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, durante o lançamento da Série A do campeonato estadual de futebol nesta terça-feira (14).
As tratativas para transferir a gestão do estádio da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) para o governo estadual ocorrem desde o ano passado. Marcelo Miranda enviou, em junho de 2024, um ofício ao então reitor da universidade, Marcelo Turine, informando o interesse na concessão do Morenão.
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“Nós já recebemos oficialmente uma resposta positiva. Estamos em tratativa agora dos detalhes desse período de concessão. Detalhes simples, a questão da manutenção nesse período em que a gente vai trabalhar a viabilidade técnica. São pequenos detalhes que acredito que a gente consegue superar em dez, 15 dias para finalmente começar o estudo técnico e pensar uma PPP (Parceria Público-Privada) que torne realmente o Morenão um grande centro de eventos e para o futebol”, declarou o secretário de Esporte ao Campo Grande News.
O Morenão, maior estádio universitário da América Latina, está localizado no campus da UFMS em Campo Grande. Por integrar a estrutura de uma instituição federal, o estádio é de responsabilidade do Governo Federal. O local abriga, sob suas arquibancadas, vários setores da universidade, como a gráfica, a Rádio UFMS, salas de canto e dança e setores da administração.
A reforma do Morenão teve início em meados de 2022. O investimento, de R$ 9.404.942,70, corresponde a termo de fomento firmado em outubro de 2021 entre o Governo do Estado e a UFMS. A responsabilidade dos trabalhos é da Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (Fapec).
As obras abrangem duas etapas: infraestrutura; e banheiros e vestiários. As entregas seriam, respectivamente, até 12 meses após a contratação e em novembro de 2023. Os serviços começaram pelo banheiro e vestiário, o que já foi concluído.
Em audiência pública na Assembleia Legislativa, no início do ano passado, a diretora-presidente da Fapec, Nilde Brum, disse que o atraso nas obras se deve a muitos problemas encontrados durante as obras. “O Morenão tem 52 anos e nunca havia antes passado por reforma”, justificou.
Na cronologia recente do Morenão, se destacam a interdição do estádio pelo Ministério Público Estadual em 2014; realização de obras de adequação para reabertura parcial em 2016; entrega do estádio ao torcedor, com capacidade limitada, em 2017; novas obras emergenciais para o Campeonato Estadual em 2020; e termo de reforma entre o Governo do Estado e a UFMS em 2021.
