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    João Henrique e Salineiro atacam professora trans por recepcionar alunos usando fantasia

    Richelieu de CarloBy Richelieu de Carlo12/02/20255 Mins Read
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    João Henrique Catan e André Salineiro criticaram professora por fazer algo que não é incomum em escolas. (Foto: Reprodução/Divulgação)

    O ano legislativo mal começou e os parlamentares bolsonaristas João Henrique Catan e André Salineiro, ambos do PL, escolheram uma professora trans como alvo para angariar a primeira polêmica em suas redes sociais e na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Os ataques do deputado estadual e do vereador de Campo Grande foram motivados pela profissional ter usado uma fantasia de Barbie para recepcionar os alunos no início do ano letivo.

    João Henrique utilizou a tribuna do legislativo estadual para atacar a professora. “Um professor mostrando para alunos de apenas 7 anos de idade, como se veste um travesti na Escola Prof. Licurgo de Oliveira Bastos, na Vila Nasser. O Estatuto da Criança e Adolescente [ECA] prevê como interferência ideológica. Isso é uma decisão familiar, os pais é que tem que decidir mostrar isso. O que isso contribui para o ensino”, discursou o deputado estadual na sessão de terça-feira (11).

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    O vereador André Salineiro aproveitou para surfar na onda iniciada pelo colega de partido e postou vídeo em suas redes sociais, no qual relata considerar que uma professora usar uma fantasia para entreter e ensinar alunos não pode ser encarado como algo “normal”. “ 

    “A escola é um local para que as crianças aprendam aquilo que é necessário para seu desenvolvimento, e não para servir de circo. Àqueles que ainda acham que esse tipo de apresentação em uma escola infantil é arte, não é arte. Se esse artista aí quer se apresentar, que vá até um teatro ou para outro local para fazer para adultos, e não para crianças inocentes e que ainda estão na fase de desenvolvimento intelectual. Não podemos aceitar isso como normal”, declarou Salineiro. Ele ainda aborda educação sexual no vídeo.

    No entanto, a professora Emy Mateus Santos, 25 anos, que aparece no vídeo, leciona exatamente Artes Cênicas, Teatro e Dança. Ela é contratada do município em processo seletivo da prefeitura e explica que apresentou o material solicitado pela equipe pedagógica e que os vídeos usados pelos políticos mostram as imagens da sala de aula fora de contexto. A mulher trans afirma estar abalada pelos ataques sofridos.

    “Estou emocionalmente fragilizada e desestabilizada. É o que eu falo para as outras meninas trans. Muda o documento, luta pelo diploma, mas ainda assim vai ser violentada e ter o trabalho diminuído pelo preconceito”, declarou Emy aos site Campo Grande News.

    A educadora conta que outras professoras se fantasiaram de princesa na Escola Municipal Irmã Irma Zorzi, no Bairro Sílvia Regina, em Campo Grande. Mas só ela foi exposta.

    Ver essa foto no Instagram

    Uma publicação compartilhada por André Salineiro (@andresalineiro)

    A recepção da professora aos alunos voltou a ser debatida na sessão da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (12).

    O deputado Pedro Kemp (PT) fez um contraponto ao colega João Henrique. “Eu queria fazer aqui um apelo ao deputado João Henrique, que abordou o tema ontem, extensivo a todos os deputados, para tomar mais cuidado de modo que não exponha as pessoas. Ano passado aconteceu aqui também, nesta Casa de Leis, denúncia contra professoras, e a pessoa ficou abalada, com depressão, por conta da sua imagem imposta, sem haver o conhecimento do todo o ocorrido”, disse.

    “A professora Emy Santos é transexual e deve ser respeitada na identidade de gênero que é, diferente do sexo biológico. Respeitada como professora e artista. Ela fez uma performance com outros professores na Escola Irmâ Irma Zorzi. […]. Foi utilizado na fala de ontem um discurso que atacou publicamente a professora e artista, profissional de educação e servidora pública. É muito temeroso expor com vídeo e com imagem sem conhecer o que ela faz de sua vida e sua história”, prosseguiu o petista.

    Alunos brincam com professora fantasiada de Barbie na recepção de início do ano letivo. (Foto: Reprodução)

    João Henrique ressaltou que o motivo do ataque foi o traje do profissional de educação. “Eu não expus em momento nenhum, na rede social da professora, quem expôs foi ela, e a imagem disponibilizada na rede de computadores, torna-se, por lei, de domínio público. Não há preconceito de minha parte, eu sou autor de um projeto de leis para homossexuais doarem sangue para seus companheiros. Meu grande questionamento foi o traje ao receber as crianças, um questionamento puramente jurídico, se houve aprovação, se foi autorizado pelos pais, pelos diretores, se a utilização da imagem foi assinada pelos pais? E que se houver transgressão jurídica, que seja apurado”, explicou.

    Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que está ciente da situação mencionada e que, após os levantamentos, abrirá procedimento administrativo para maiores averiguações, com o objetivo de garantir a transparência e a correção dos fatos, se desacordo com as diretrizes curriculares e normas disciplinares.

    “Em tempo, é importante destacar que diversos professores adotam o uso de fantasias e caracterizações como recurso pedagógico, buscando tornar o processo de ensino mais lúdico, dinâmico e envolvente para as crianças, desde que vinculado ao plano de ensino e currículo”.

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