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    Opinião

    Brasil não vai conseguir alcançar metas de controle da tuberculose até 2030

    Sandra Luz, de PortugalBy Sandra Luz, de Portugal16/02/20255 Mins Read
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    O Brasil não vai conseguir alcançar até 2023 as metas para eliminação da tuberculose definidas pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Essa é a constatação de estudo conduzido por pesquisadores da Fiocruz Bahia, que analisaram os registros sobre a doença no período de 2028 a 2023, e elaboraram projeções para o período iniciado em 2024 e que termina em 2030.

    Sob a coordenação do pesquisador da Fiocruz Bahia Bruno Bezerril, o estudo foi publicado no The Lancet Regional Health – Americas, e teve o objetivo de avaliar possíveis impactos de intervenções estratégicas de saúde pública para redução da incidência da doença no País. De acordo com os dados da pesquisa, em 2023, a incidência da tuberculose no Brasil foi de 39,8 casos por 100 mil habitantes, muito acima da meta da OMS, que é de 6,7 casos por 100 mil. Agora, a pesquisa projeta que a taxa, até 2030, será ainda maior: 42,1 por 100 mil pessoas por ano. 


    De acordo com a assessoria de imprensa da Fiocruz, a pesquisa identificou como principais preditores o encarceramento e a comorbidade da tuberculose com HIV e diabetes mellitus, além de coberturas de terapia diretamente observada (DOT), contato e a conclusão de tratamento preventivo (TPT). 

    A partir da análise dos preditores, ficou comprovado que as metas de eliminação da doença foram comprometidas por limitações de acesso à saúde, abandono do tratamento, a pandemia da covid-19, e a redução de recursos destinados às ações de controle da tuberculose.

    Caso a combinação de fatores contrários estivesse sob controle, a incidência da doença poderia ser reduzida a 18,5 casos por 100 mil, estimativa que, embora mais confortável, permaneceria acima das metas da OMS. 


    A Fiocruz enfatiza a necessidade de aprimorar os programas de controle da tuberculose em ambientes prisionais, por meio da melhoria da triagem, acesso ao TPT e conclusão do tratamento. Também sugere melhor gestão de casos de coinfecção com HIV e diabetes, com aumento de testes e início do tratamento, para redução significativa das taxas nacionais de incidência da enfermidade.

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    Tuberculose: entenda a doença, formas de prevenção e tratamento

    A tuberculose, uma das doenças mais antigas da humanidade, continua sendo um grave problema de saúde pública global. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2022, mais de 10 milhões de pessoas foram infectadas no mundo, e cerca de 1,3 milhão morreram em decorrência da doença. No Brasil, foram notificados 78 mil novos casos no mesmo ano, com taxas mais altas nas regiões Norte e Nordeste. Apesar de curável e prevenível, a tuberculose persiste como uma ameaça, especialmente em populações vulneráveis.  

    É uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, que afeta principalmente os pulmões (tuberculose pulmonar), mas pode atingir outros órgãos, como rins, ossos e meninges (tuberculose extrapulmonar). A transmissão ocorre por meio de aerossóis liberados quando uma pessoa infectada tem tosse, fala ou espirra. Sintomas como tosse persistente (por mais de três semanas), febre vespertina, sudorese noturna, perda de peso e fadiga são sinais de alerta.  

    Prevenção: vacina, diagnóstico e cuidados para a tuberculose

    A principal forma de prevenção é a vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin), aplicada em crianças ao nascer, que protege contra formas graves da doença, como a meningite tuberculosa. Medidas como evitar aglomerações em ambientes fechados, garantir ventilação adequada em residências e cobrir a boca ao tossir reduzem o risco de contágio.  

    O diagnóstico precoce é fundamental para interromper a cadeia de transmissão. O teste mais comum é o exame de escarro (baciloscopia), mas há também o teste rápido molecular, que identifica a bactéria em duas horas. Pessoas com HIV, diabetes, tabagistas ou em situação de rua estão entre os grupos de maior risco e devem realizar check-ups regulares.  

    SUS oferece tratamento gratuito e eficaz, mas é preciso ter disciplina 

    O tratamento da tuberculose é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e dura no mínimo seis meses. Combina quatro antibióticos (rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol) e exige adesão rigorosa para evitar a resistência bacteriana. Quando o paciente abandona o tratamento antes do prazo, a bactéria pode se tornar multirresistente (TB-MDR), um cenário mais complexo e caro de ser tratado.  

    Para garantir a continuidade, o SUS adota a estratégia DOTS (Tratamento Diretamente Observado), em que profissionais de saúde acompanham a ingestão dos medicamentos. A tuberculose tem cura, mas o sucesso depende do compromisso do paciente e do apoio da rede de saúde.

    Desafios e esperança para doentes com tuberculose

    A pobreza, a desinformação e o estigma ainda são barreiras no combate à doença. Enquanto isso, pesquisas avançam para desenvolver novas vacinas e medicamentos de ação mais rápida. Em 2024, a OMS reforçou o apelo por investimentos globais para erradicar a tuberculose até 2030, meta incluída nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).  

    Veja onde buscar ajuda em caso de contaminação 

    Unidades Básicas de Saúde em todo o País oferecem diagnóstico e tratamento. Em caso de sintomas, procure atendimento imediatamente. Tuberculose não é um problema individual: é uma responsabilidade coletiva.  

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