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    Brasil abre evento do Brics pedindo fim de guerras e de tensões

    Especial para O JacaréBy Especial para O Jacaré28/04/20257 Mins Read
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    Bruno de Freitas Moura – Repórter da Agência Brasil – O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, cobrou a atuação diplomática de países do Brics – grupo que reúne 11 nações emergentes e em desenvolvimento – para a busca de solução de guerras e conflitos regionais.

    A declaração do chanceler brasileiro foi feita nesta segunda-feira (28), durante abertura do encontro de ministros de Relações Exteriores do Brics, que vai até amanhã no Rio de Janeiro.

    Entre os presentes na sala onde Vieira fez o pronunciamento estava Sergey Lavrov, o chanceler da Rússia, país em guerra com a Ucrânia. A guerra teve início após a Rússia invadir o país vizinho em fevereiro de 2022, sob a alegação de que a aproximação da Ucrânia com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) – aliança de países ocidentais – colocava em risco a segurança russa. 

    Nesta segunda-feira, a Rússia declarou cessar-fogo unilateral de três dias, de 8 a 10 de maio, para lembrança da vitória contra os nazistas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

    No discurso aos demais chanceleres, Vieira não citou nominalmente a Rússia.  

    “O conflito na Ucrânia continua a causar pesado impacto humanitário, ressaltando a necessidade urgente de uma solução diplomática que defenda os princípios e os propósitos da Carta das Nações Unidas”, disse o ministro.

    Vieira lembrou que, em um esforço para o fim da guerra, o Brasil e a China – outro integrante do Brics – organizaram uma reunião de alto nível em setembro do ano passado, em Nova York, nos Estados Unidos, que levou a criação do Grupo de Amigos da Paz, reunindo países do Sul Global – nações em desenvolvimento, localizados principalmente no hemisfério sul.

    “Permanecemos comprometidos em continuar trabalhando pela paz e por uma solução política para o conflito”, disse o diplomata brasileiro.

    Rio de Janeiro (RJ), 28/04/2025 – O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, abre a Reunião de Chanceleres da presidência brasileira do BRICS, no Palácio do Itamaraty. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
    Ministro de Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, abre a Reunião de Chanceleres da presidência brasileira do BRICS – Fernando Frazão/Agência Brasil

    Multilateralismo

    O encontro dos chanceleres acontece no Palácio Itamaraty, espaço que foi sede do Ministério das Relações Exteriores durante grande parte do século 20, e serve para os ministros alinharem posições a serem defendidas no encontro de cúpula, que reunirá chefes de Estado e de governo nos dias 6 e 7 de julho, também no Rio de Janeiro.

    “Esta reunião acontece em um momento em que nosso papel como grupo é mais vital do que nunca. Enfrentamos crises globais e regionais convergentes, com emergências humanitárias, conflitos armados, instabilidade política e a erosão do multilateralismo”, declarou Vieira.

    “Com onze estados-membros representando quase metade da humanidade e uma ampla diversidade geográfica e cultural, o Brics está em uma posição única para promover a paz e a estabilidade baseadas no diálogo, no desenvolvimento e na cooperação multilateral”, completou.

    A pronunciamento do ministro não faz citação direta aos Estados Unidos, país que tem defendido políticas de protecionismo e é contra o multilateralismo.

    Mauro Vieira afirmou ainda que o Brics está unido em torno da ideia de que a paz não pode ser imposta, e, sim, construída. Além disso, afirmou que o grupo “reconhece os interesses estratégicos e os legítimos interesses econômicos e de segurança de cada membro”.

    No exercício da presidência temporária do Brics, o Brasil leva para o foro internacional o objetivo de mudança na governança global, que passa pela reforma e ampliação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), no qual apenas cinco países têm poder de veto: Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia. “Para melhor refletir as realidades geopolíticas contemporâneas”, justificou Vieira.

    Faixa de Gaza

    O ministro lembrou conflitos que não possuem envolvimento direto de integrantes do Brics. Ele deu destaque à “situação devastadora nos territórios palestinos ocupados”, invadidos por Israel em outubro de 2023, após o Estado judeu sofrer ataques e sequestros do grupo extremista palestino Hamas.

    “A retomada dos bombardeios israelenses em Gaza e a obstrução contínua da ajuda humanitária são inaceitáveis. O colapso do cessar-fogo anunciado em 15 de janeiro é deplorável”, disse Vieira. 

    O ministro pediu às duas partes envolvidas esforços para cumprirem integralmente os termos do acordo e a se engajarem em prol de uma cessação permanente das hostilidades.

    “É necessário assegurar a retirada total das forças israelenses de Gaza, assegurar a libertação de todos os reféns e detidos e garantir a entrada de assistência humanitária”.

    O Brasil defende, afirmou o ministro, a solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável, dentro das fronteiras de 1967, e com Jerusalém Oriental como sua capital, vivendo lado a lado com Israel.

    A situação critica no Haiti, em que a ordem pública foi desmantelada por gangues armadas, e tensões no Sudão, na região dos Grandes Lagos e no Chifre da África, também foram citadas.

    O ministro defendeu que em zonas de conflito o acesso à ajuda deve ser incondicional e imparcial. “O sofrimento humano jamais deve ser instrumentalizado”, declarou.

    Mauro Vieira manifestou que o caminho para a paz “não é fácil nem linear”, mas que o Brics pode e deve ser uma força para o bem, “não como um bloco de confronto, mas como uma coalizão de cooperação”.

    “Devemos liderar pelo exemplo, reafirmando nossa crença em um mundo multipolar onde a segurança não é privilégio de poucos, mas um direito de todos”, finalizou.

    Entenda o Brics

    O Brics é um grupo formado por 11 países e atua como um foro de articulação político-diplomática e de cooperação do Sul Global – países em desenvolvimento, localizados principalmente no hemisfério sul. No entanto, não chega a ser uma organização internacional ou um bloco formal. Por exemplo, não tem um orçamento próprio ou secretariado permanente.

    Fundado em 2006, o grupo era Bric, iniciais de Brasil, Índia, Rússia e China. Em 2011, o acrônimo ganhou o “s”, de South Africa (África do Sul, em inglês).

    Em 2023, o grupo passou a incluir Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita (ainda no processo de formalização) e Emirados Árabes Unidos. A Argentina chegou a ser convidada, mas, sob a presidência de Javier Milei, recusou o ingresso. Em 2024, a Indonésia passou a fazer parte do grupo.

    Os países membros se alternam ano a ano na presidência do bloco. O Brasil será sucedido pela Índia em 2026.

    Os 11 países representam 39% da economia mundial e 48,5% da população do planeta. Em 2024, os Brics receberam 36% de tudo que foi exportado pelo Brasil, enquanto nós compramos desses países 34% do total do que importamos.

    Em termos de capacidade energética, o grupo representa 43,6% da produção mundial de petróleo e 36% de gás natural. O Brics detem 72% das reservas mundiais de minerais classificados como terras raras, elementos químicos fundamentais para diversas aplicações tecnológicas, desde eletrônicos até energia renovável.

    Rio de Janeiro (RJ), 28/04/2025 – Reunião de Chanceleres da presidência brasileira do BRICS, no Palácio do Itamaraty. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
    Reunião de Chanceleres da presidência brasileira do BRICS, no Palácio do Itamaraty – Fernando Frazão/Agência Brasil

    Presidência brasileira

    O Brasil escolheu duas prioridades para marcar a presidência temporária do país:

    • Cooperação do Sul Global
    • Parcerias para o desenvolvimento social, econômico e ambiental.

    O ponto alto da presidência brasileira será a reunião de cúpula de chefes de Estado e de governo nos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro.

    Ainda nesta segunda-feira, os ministros reunidos discutirão desafios globais como pobreza e mudanças climáticas. Mauro Vieira aproveita a reunião também para encontros bilaterais, com contrapartes de países como Indonésia, Rússia, China, Etiópia, Tailândia, Nigéria e Cuba, os três últimos participam com status de países-parceiros.

    brics

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