O DRACCO (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) deflagrou, nesta quarta-feira (30), a Operação Colheita Fantasma para apurar fraude tributária superior R$ 100 milhões. Nos últimos cinco anos, o grupo simulou a venda de R$ 1 bilhão em grãos para ter direito a crédito tributário.
A ofensiva conta com o apoio da Receita Federal do Brasil e da Secretaria Estadual de Fazenda. O grupo emitia notas fiscais eletrônicas sem a efetiva circulação da mercadoria.
Veja mais:
“Eles tiraram dinheiro, família e liberdade”, diz viúva que perdeu fazenda de R$ 85 milhões
Corregedor do TCE usou sobrinhos como laranjas e negociou no TJ para ficar com fazendas, diz PF
Divoncir comprou fazenda de Waldir Neves por quase R$ 4 milhões, mas declarou por R$ 2,2 mi
Os policiais cumpriram cinco mandados, sendo três de busca e apreensão em Campo Grande e outro em Ivinhema. O 5º foi um mandado de prisão temporária contra o coordenador do suposto esquema criminoso.
“A organização criminosa operava com sucessivas empresas de fachada, registradas em nome de interpostas pessoas (laranjas). Essas empresas simulavam a venda de grãos para outras unidades da Federação, gerando créditos de ICMS fraudulentos que eram posteriormente utilizados ou revendidos no mercado”, informou o DRACCO, em nota à imprensa.
“Mesmo após o bloqueio de atividades de algumas empresas inicialmente identificadas, os investigados continuaram a atuar por meio da criação de novas pessoas jurídicas, mantendo o esquema criminoso ativo e sofisticado”, destacou.
As investigações prosseguem com a análise do material apreendido e a responsabilização penal, tributária e patrimonial dos envolvidos.
Durante os cumprimentos de mandados de busca e apreensão, a equipe apreendeu dólares do Zimbábue, o que chamou a atenção dos investigadores.