Após polêmicas sobre denúncias de assédio moral, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, deve deixar o cargo nesta segunda-feira (5). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comunicou a exoneração da petista sul-mato-grossense na última sexta-feira (2).
Com a troca, o Estado só permanecerá com uma representante na Esplanada em Brasília, a ex-senadora Simone Tebet continua no comando do Ministério do Planejamento e Orçamento. Na gestão anterior, de Jair Bolsonaro (PL), Mato Grosso do Sul também começou com dois ministérios, da Saúde, com Luiz Henrique Mandetta, e da Agricultura, com Tereza Cristina. Só a senadora permaneceu até o fim.
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Cida Gonçalves é amiga da primeira-dama Janja da Silva, que está em viagem à Rússia desde a semana passada. Lula aproveitou a ausência da esposa para sacramentar a saída da ministra. Cida foi alvo de denúncias de assédio moral e de falar que priorizava Janja.
Cida também se envolveu em outras polêmicas, como a confirmação, feita à Comissão de Ética da Presidência da República, em fevereiro deste ano, de que costumava interromper a agenda oficial para atender à primeira-dama Janja, de quem é muito próxima. A ministra ainda admitiu que, frequentemente, ignorava solicitações do então ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Costa Macêdo.
Na sexta-feira, Cida reuniu-se com Lula, ocasião em que, de acordo com os bastidores, foi comunicada oficialmente sobre a demissão. Ela teria ficado bastante abalada com a demissão.
A ex-ministra do Desenvolvimento Social, Márcia Lopes, recebeu o convite e aceitou para assumir o Ministério das Mulheres. “Recebi sim [o convite] e estarei em Brasília já na segunda-feira. À tarde falarei com o presidente Lula”, declarou Márcia ao jornal Folha de São Paulo.
Ela é irmã de Gilberto Carvalho, que foi um dos assessores mais próximos dos dois primeiros mandatos de Lula.