Focada em investigações para constranger o Governo Lula (PT), a oposição mudou de estratégia e decidiu criar uma CPI Mista para investigar a fraude no INSS, que causou prejuízo de R$ 6,3 bilhões aos aposentados e pensionistas com descontos indevidos. A proposta conta com o aval de cinco dos 11 parlamentares de Mato Grosso do Sul.
De acordo com os sites Poder 360 e Congresso Em Foco, a proposta de CPMI do INSS tem o aval dos quatro deputados federais, que já tinha assinado a proposta para a investigação na Câmara dos Deputados: Beto Pereira (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, ambos do PL.
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Os deputados Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende, do PSDB, Camila Jara e Vander Loubet, do PT, não assinaram a nenhum dos dois requerimentos.
No Senado, Tereza Cristina (PP) foi a única de MS que assinou o requerimento da CPMI do INSS, proposta pela deputada federal Coronel Fernanda (PL), do Mato Grosso, e pela senadora Damares Alves (Republicanos), do Distrito Federal.
Até o momento, Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (Podemos) não tinham assinado o pedido. O requerimento será protocolado nesta terça-feira (6) e oposição acredita que terá mais chance com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), do Amapá.
A CPMI quer seguir a investigação feita pela Polícia Federal e CGU (Controladoria-Geral da União), que prendeu seis pessoas e cumpriu 211 mandados de busca e apreensão no dia 23 de abril deste ano. Pelo menos 12 entidades teriam falsificado assinaturas dos aposentados e pensionistas para desconto da contribuição sindical em folha.
Os crimes começaram a ser cometidos em 2018, ainda na gestão de Michel Temer (MDB), continuaram nos quatro anos de Jair Bolsonaro (PL) e permaneceram até o mês passado, dois anos e quatro meses da gestão Lula.