Sem criar nova vaga em Mato Grosso do Sul, os oito deputados federais do Estado votaram contra o projeto de lei que amplia o número de parlamentares na Câmara dos Deputados. Em votação em regime de urgência, realizada nesta terça-feira (6), o parlamento aprovou, por 270 a 207 votos, a criação de 18 novas vagas de deputados federais.
Com a aprovação do projeto, o número de deputados federais passa dos atuais 513 para 531. O impacto no orçamento será de R$ 64,3 milhões por ano, segundo estimativa do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), da Paraíba.
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Só que a proposta não teve o apoio de nenhum deputado sul-mato-grossense. Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende, do PSDB, Dr. Luiz Ovando (PP), Camila Jara e Vander Loubet, do PT, Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, do PL, foram contra o projeto que amplia o número de deputados federais.
A proposta não segue o modelo proposto pelo Supremo Tribunal Federal, que previa a redução de cadeiras em alguns estados. As 18 novas vagas serão criadas no Amazonas (que passa de 8 para 10 deputados federais), no Ceará (de 22 para 23), em Goiás (de 17 para 18), em Minas Gerais (de 53 para 54), no Mato Grosso (de 8 para 10), no Pará (de 17 para 21), no Paraná (de 30 para 31), no Rio Grande do Norte (de 8 para 10) e em Santa Catarina (de 16 para 20).
A ampliação é uma péssima notícia para a política regional. Se com o mesmo número de deputados de Mato Grosso do Sul, o estado vizinho já tinha mais prestígio político, imagine a situação com mais dois parlamentares. MS continua com oito.