A prefeita Adriane Lopes (PP) vai triplicar o número de equipamentos de fiscalização no trânsito, como câmeras, radares e lombadas eletrônicas. A previsão é gastar R$ 50 milhões em dois anos. A sanha em arrecadar em meio a buraqueira irritou até aliados ferrenhos, como o vereador Rafael Tavares (PL), que até citou os buracos e o caos no trânsito para criticar a volta da “indústria da multa”.
Em vídeo postado nas redes sociais, o bolsonarista não esconde a irritação. “Parece piada, mas não é “, lamenta Tavares, que permaneceu um longo tempo sem falar dos buracos nas ruas e avenidas da Capital.
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“Não bastasse andar pelas ruas cheias de buraco, o trânsito caótico”, afirma o vereador. Ele convocou a população para a sessão de amanhã na Câmara Municipal quando pretende apresentar um projeto de lei para proibir a utilização das câmeras de vigilância para multar os motoristas no trânsito.
Rafael Tavares defende o monitoramento eletrônico para garantir a segurança da população, mas não para ser usada para aplicar multas de trânsito.
A licitação
O pregão eletrônico prevê a contratação de empresa para instalar câmeras, radares e lombadas eletrônicas. Serão 85 câmeras, contra as 20 instaladas atualmente na cidade. Também vai triplicar o número de faixas fiscalizadas por equipamentos eletrônicos de 93 para 350.
Adriane ainda vai adquirir três radares móveis, que podem ser colocados pelos agentes de trânsito em lugares estratégicos e servem de armadilhas para multar os motoristas.