O deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB) também decidiu assinar o requerimento para criar a CPI Mista para investigar a denúncia de descontos indevidos de aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social). Dos 11 parlamentares do Estado, a proposta conta com o apoio de nove, sendo seis deputados federais e três senadores.
A CPMI foi protocolada e a instalação depende do presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União Brasil), do Amapá. O escândalo surgiu após a Polícia Federal deflagrar a Operação Sem Desconto no dia 23 de abril deste ano.
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Conforme a PF, entidades sindicais incluíram o desconto associativo sem o aval do beneficiário. As irregularidades ocorrem desde 2018, na gestão de Michel Temer (MDB), atravessaram os quatro anos de Jair Bolsonaro (PL) e acabaram neste ano, após dois anos e quatro meses da administração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaristas querem usar a investigação para desgastar o atual presidente. A CPMI tem o apoio dos deputados federais Beto Pereira, Dagoberto e Geraldo Resende, do PSDB, Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, do PL. Apenas Camila Jara e Vander Loubet, do PT, não assinaram o pedido até o momento.
No Senado, os três senadores do Estado assinaram o pedido: Nelsinho Trad (PSD), Soraya Thronicke (Podemos) e Tereza Cristina (PP).
Na última quarta-feira, a TV Globo divulgou que um funcionário do INSS denunciou o esquema em meados de 2020 e foi ameaçado de morte. O escândalo já causou a queda do presidente do INSS e do ministro da Previdência Social.
O Governo Lula decidiu devolver os valores descontados indevidamente e mais de um milhão de aposentados já fizeram o requerimento por meio do aplicativo até ontem.