O JacaréO Jacaré
    Facebook Instagram Twitter
    O Jacaré O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Home»BR»Especialistas defendem diversificação nas parcerias comerciais
    BR

    Especialistas defendem diversificação nas parcerias comerciais

    Especial para O JacaréBy Especial para O Jacaré17/05/20255 Mins Read
    Facebook Twitter WhatsApp Telegram Email LinkedIn Tumblr
    WhatsApp Facebook Twitter Telegram LinkedIn Email

    Rafael Cardoso – Repórter da Agência Brasil – Pesquisadores da área de economia e de relações internacionais veem como positivos os investimentos de R$ 27 bilhões no Brasil anunciados pela China na segunda-feira (12). O valor abrange a indústria automotiva, energia renovável, tecnologia, mineração, saúde, logística e alimentos.

    Há ponderações, porém, de que o governo brasileiro deve investir mais na diversificação de parcerias com outros países, em um contexto crescente de tensões e conflitos comerciais impulsionados pelos Estados Unidos.

    “Os acordos são importantes, uma vez que favorecerão principalmente quatro setores da economia brasileira: infraestrutura, energia, tecnologia e agronegócio. Esses quase R$ 30 bilhões estão entre os maiores investimentos chineses no mundo nos últimos anos e um dos maiores que o Brasil já recebeu do exterior nas últimas décadas”, avalia o professor de Relações Internacionais da ESPM Roberto Uebel.

    O anúncio dos investimentos foi feito no Seminário Empresarial China-Brasil, em Pequim, com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de autoridades brasileiras e chinesas, e de mais de 700 empresários dos dois países.

    “É um acordo interessante que está sendo construído com os chineses. É um movimento concreto na hora em que o [presidente dos EUA, Donald] Trump faz um tarifaço e cria situação de instabilidade nos mercados globais para várias economias”, segundo a professora de economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Cristina Helena Mello.

    “Imagino que Trump deva olhar para o Brasil com alguns cuidados, e a gente espera que haja possibilidade de nova negociação e aproximação com os Estados Unidos, de forma propositiva e não de subordinação”.

    Brasília (DF), 17/05/2025 - Cristina Helena Mello, professora de economia da PUC-SP. Foto: Cristina Helena/Arquivo pessoal
    Cristina Helena Mello, professora de economia da PUC-SP, considera interessante o acordo que está sendo construído com os chineses – Foto: Cristina Helena/Arquivo pessoal

    Investimentos

    Segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), os investimentos chineses de R$ 27 bilhões devem ser direcionados da seguinte forma:

    • R$ 6 bilhões da montadora de veículos GWM para expansão de suas operações e exportações para a América do Sul e México;
    • R$ 5 bilhões da Meituan, que promete gerar 100 mil empregos indiretos no setor de delivery;
    • R$ 3 bilhões da CGN em um hub de energia renovável no Piauí;
    • R$ 5 bilhões da Envision na criação do primeiro Parque Industrial Net-Zero da América Latina;
    • R$ 3,2 bilhões da Mixue, com previsão de 25 mil empregos até 2030 com abertura de lojas de sucos e outras bebidas;
    • R$ 2,4 bi da Baiyin, com a aquisição da mina de cobre Serrote em Alagoas;
    • R$ 1 bilhões da DiDi, em infraestrutura de recarga para veículos elétricos;
    • R$ 650 milhões da Longsys em semicondutores;
    • R$ 350 milhões da parceria da Nortec Química com três empresas chinesas no setor farmacêutico.

    Relações comerciais

    De acordo com a Apex, 4,5% de tudo que a China importa sai do Brasil. E 25% de tudo o que o Brasil importa vem da China. O país asiático é o principal parceiro brasileiro. Em 2024, o comércio entre os países atingiu quase US$ 160 bilhões.

    Foram US$ 94,4 bilhões em exportações brasileiras e US$ 63,6 bilhões em importações, um superávit de US$ 30,7 bilhões, 41,4% do saldo comercial total do Brasil. 

    O país é o maior fornecedor para a China de produtos essenciais como soja, carnes bovina e de aves, celulose, algodão e açúcar.

    “Seria importante que a gente melhorasse o perfil daquilo que a gente exporta para a China. Exportamos produtos primários, da agricultura e da extrativa mineral. Há pouco espaço para a entrada de produtos manufaturados brasileiros. Acho que isso é um ponto de atenção”, alerta a economista da PUC-SP Helena Mello.

    “Também precisamos muito desenvolver a capacidade de logística brasileira de escoamento de produtos para exportação. Isso nos garantiria posição de liderança em alguns mercados que hoje estão concentrados nas mãos dos Estados Unidos e outros mercados que nós competimos, mercados de grãos e de proteína animal”, complementa.

    Brasília (DF), 17/05/2025 - Roberto Uebel, Professor de Relações Internacionais da ESPM. Foto: Roberto Uebel/Arquivo pessoal
    Professor de relações internacionais Roberto Uebel alerta que Brasil precisa ter muito cuidado ao se aproximar da China nesse contexto de guerra tarifária – Foto: Roberto Uebel/Arquivo pessoal

    Para o professor de relações internacionais Roberto Uebel, é importante que o Brasil valorize as relações comerciais com a China, mas mantenha o histórico de diversificação de parcerias.

    “O Brasil precisa ter muito cuidado ao se aproximar da China nesse contexto de guerra tarifária, de não prejudicar as relações com os Estados Unidos. Precisa continuar diversificando parcerias para reduzir a dependência não só com os Estados Unidos, mas também com a China. Parcerias com o sudeste asiático, Índia, Japão. Esses dois últimos, que o presidente Lula visitou no começo do ano”, defende Uebel.

    A lógica é compartilhada pelo professor Luís Renato Vedovato, da Universidade de Campinas (Unicamp).

    “É muito importante que o Brasil vá por um caminho seguro, se afastando das instabilidades que se colocam no horizonte. Por isso, a aproximação do Brasil com a China é sempre bem relevante. Como é importante o acordo do Brasil com o Mercosul e a União Europeia. Quanto mais irrigado estiver o país comercialmente, mais resiliência ele terá para enfrentar o futuro”, avalia Vedovato.

    ECONOMIA exportações governo lula

    POSTS RELACIONADOS

    China, UE e Argentina suspendem compras de carne de frango do Brasil

    BR 16/05/20254 Mins Read

    Portabilidade de consignado para CLT entre bancos começa a valer

    BR 16/05/20254 Mins Read

    Fim de litígio de sete anos, irmãos reassumem Eldorado e destravam investimento de R$ 25 bi

    MS 14/05/20253 Mins Read

    Lula estimula Putin a se reunir com Zelensky pela paz

    BR 14/05/20252 Mins Read

    Comments are closed.

    As Últimas

    Especialistas defendem diversificação nas parcerias comerciais

    BR 17/05/20255 Mins Read

    João Henrique entra na onda bolsonarista e quer proibir atendimento às bonecas reborn no SUS

    MS 17/05/20252 Mins Read

    Dia Mundial da Hipertensão: condição atinge 30% dos adultos no Brasil

    BR 17/05/20254 Mins Read

    Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio acumulado em R$ 68 milhões

    BR 17/05/20251 Min Read

    A verdade que você não lê por aí!

    Siga nossas redes:

    Facebook Twitter Instagram
    O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Categorias
    • AGRO
    • BR
    • Campo Grande
    • charge
    • JORNALISMO INVESTIGATIVO
    • Livro
    • MS
    • Mundo
    • Opinião
    • Seu Bolso
    © 2025 Todos os direitos reservados.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.