A Polícia Federal mirou empresários e dois ex-servidores da Secretaria Estadual de Educação na Operação Vox Vertatis, deflagrada nesta quarta-feira (21) para investigar desvios milionários e pagamento de propina em contratos que somam R$ 20 milhões. Alvos de hoje já foram citados em outros escândalos.
O ex-secretário-adjunto estadual de Educação, Édio Antônio Resende de Castro, e a ex-coordenadora de Licitações e Contratos da pasta, Andréa Cristina Souza Lima, foram exonerados quando houve a deflagração da Operação Turn Off, em novembro de 2023. Eles chegaram a ser presos e foram soltos por determinação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
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Os outros alvos foram os empresários Marcelo Américo dos Reis, da Hex Marketing, e Leonardo Primo de Araújo e Elmar Pereira dos Santos, da L & L Comercial e Prestadora de Serviços.
Araújo e a empresa foram alvos da Operação Terceirização de Ouro, deflagrada pela PF para combater desvios e corrupção no Tribunal de Contas do Estado. Um dos contratos investigados foi firmado na gestão do conselheiro Waldir Neves Barbosa, então presidente do TCE, que chegou a ser afastado e monitorado por tornozeleira até a semana passada.
A PF investiga o pagamento de propina para servidores, que equivalia a 5% do contrato, e o superfaturamento dos serviços. Com base nos alvos, que já foram até exonerados, o Governo de Eduardo Riedel (PSDB), tem enfatizado que os desvios ocorreram na gestão anterior, de Reinaldo Azambuja (PSDB).