Relatora da CPI das Bets no Senado, Soraya Thronicke (Podemos) voltou a falar que sofre ameaças de morte feita por parlamentares envolvidos com o setor de apostas. “Não posso falar quem são, senão acordo com a boca cheia de formigas”, afirmou a senadora sul-mato-grossense, que pediu reforço na segurança pessoal, de funcionários e de familiares, segundo reportagem do Uol.
Não é a primeira vez que a parlamentar afirma que sofre ameaças por causa das supostas ameaças. Ela inclusive já denunciou na Polícia Federal uso da CPI para fazer ameaças e cobrar propina.
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A CPI deve ser encerrada no dia 13 de junho deste ano, apesar dos esforços da senadora para prorrogar os trabalhos por mais quatro meses. Ela propôs a convocação dos empresários das Bets, mas nenhum ainda prestou depoimento na comissão.
As ameaças feitas a Soraya voltaram a ser abordadas pela CPI nesta semana. “Essa história de acordar com a boca cheia de formigas é muito grave”, lamentou o senador Eduardo Girão (Novo), do Ceará. Izalci Lucas (PL), do Distrito Federal, aconselhou a sul-mato-grossense a acionar o Conselho de Ética do Senado.
“Cinco parlamentares estão atuando como lobistas do setor de apostas”, contou Soraya. No entanto, a senadora se recusou a revelar os nomes. “A questão é realmente do Conselho de Ética. Eu não vou falar nomes de absolutamente ninguém (responsável pelas ameaças), mas eu sei de onde vêm os tiros contra mim”, reforçou a relatora da CPI das Bets.
“Nunca ameacei ninguém”, afirmou o presidente da CPI das Bets, Dr. Hiran (PP), de Roraima. No entanto, ele não garantiu que nenhum dos outros 80 senadores poderia estar por trás das ameaças de morte.