O deputado federal Beto Pereira deve acompanhar o ex-governador Reinaldo Azambuja na troca do PSDB pelo PL. Outro ponto acertado entre o grupo tucano, inclusive pelo governador Eduardo Riedel (PSDB), é apoiar o candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2026, segundo reportagem do jornal O Globo.
Riedel e Reinaldo assumiram o compromisso com o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, de se mudar de sigla após a convenção nacional para aprovar a fusão com o Podemos, marcada para o dia 5 de junho.
Veja mais:
Riedel e Reinaldo deverão participar das eleições de 2026 em partidos diferentes
Riedel lidera com 39,70% e venceria Contar e Zeca; Tereza bate Reinaldo, aponta Ipems
Ipems mostra disputa embolada pelo Senado e não garante nem vitória de Reinaldo
De acordo com o jornal carioca, as negociações para se filiar ao PSD de Gilbert Kassab fracassaram e o governador deve optar pelo PP, em negociação feita com a senadora Tereza Cristina. Ele deverá disputar a reeleição pelo União Progressista, federação formada entre o PP e o União Brasil.
Já Reinaldo vai se filiar ao PL e deverá ter a companhia de Beto. O deputado federal teve o apoio de Bolsonaro quando foi candidato a prefeito da Capital e vem acompanhando os bolsonaristas nas votações na Câmara dos Deputados.
“Talvez o Azambuja cumpra o compromisso que tem com Bolsonaro, já que o Mato Grosso do Sul é muito bolsonarista, mas Riedel tem a opção de ficar no partido, sobretudo se a gente avançar na federação com o Republicanos”, afirmou Perillo ao jornal O Globo.
Reinaldo e Riedel participaram de reunião com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e com Bolsonaro na última quarta-feira. Independente do partido, eles teriam garantido que vão apoiar o candidato do ex-presidente em 2026. Apesar de inelegível, Bolsonaro tem repetido que será candidato a presidente.
Ele também poderá lançar a esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, ou um dos filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que está em autoexílio nos Estados Unidos, ou o senador Flávio Bolsonaro. Outro cotado é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Em 2022, Riedel e Reinaldo já apoiaram a reeleição de Bolsonaro.
Outros caminhos
Bastante criticados pelos bolsonaristas, os deputados federais Geraldo Resende e Dagoberto Nogueira não devem se filiar ao PL. Eles podem continuar no novo partido, criado a partir da fusão entre PSDB e Podemos. Resende foi um dos destaques da pandemia da covid-19 como secretário estadual de Saúde e entrou na mira do bolsonarismo ao combater o negacionismo.
Já Dagoberto foi filiado por três décadas ao PDT e trocou de partido como estratégia para garantir a reeleição em 2022.