A fuga da deputada federal Carla Zambelli (PL), de São Paulo, condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal, repercutiu em Mato Grosso do Sul. No entanto, apenas os bolsonaristas Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, ambos do PL, manifestaram apoio a colega. Um acusou o STF de “rasgar a Constituição”.
Já entre os petistas, o advogado Tiago Botelho admitiu que está acompanhando a polêmica. “Mais alguém se divertindo com tudo isso? Tô achando mais animado que Vale Tudo”, debochou, sobre a novela das 9 da TV Globo, que conta com a icônica personagem Odete Roitman.
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Entre os bolsonaristas, Pollon se manifestou contra a prisão de Carla. Após ser condenada pelo STF por inserir dados falsos no sistema do Conselho Nacional de Justiça, a deputada viajou aos Estados pela fronteira com a Argentina e anunciou que pretende morar na Itália.
Em entrevista à CNN, Carla Zambelli afirmou que tem cidadania italiana e não corre risco de ser extraditada. Ela pediu licença do mandato e tem feito publicações nas redes sociais com críticas à suprema corte.
Para Pollon, com a prisão da parlamentar, não existe mais Constituição no Brasil. Ele citou o artigo 5º da carta magna, que versa sobre os direitos fundamentais. E lembrou que a Câmara dos Deputados tem 24 horas para se manifestar sobre a prisão de um deputado federal.
Já Nogueira condenou a decisão e apelou para que a Interpol não cumprisse a decisão. “Os absurdos continuam! Moraes manda prender Zambelli, bloqueia as redes dela, do filho e da mãe, e ainda pede à Interpol para incluir o nome da deputada mais votada do Brasil! Esperamos que a Interpol siga rejeitando os abusos dessa corte. 2026 precimos frear essa ditadura”, afirmou.