O café continua subindo e permanece caríssimo, mas sete produtos ficaram mais baratos em maio e ajudaram na redução de 2,95% no preço da cesta básica em Campo Grande, a 4ª maior redução do País, de acordo com a pesquisa mensal do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).
De acordo com o estudo, o valor da cesta básica ficou em R$ 789,42 em Campo Grande, o 6º maior entre as 27 capitais. A redução é uma boa notícia após a escalada dos preços nos últimos meses.
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Houve redução em maio em relação a abril nos valores do tomate (-20,48%), do arroz agulhinha (-9,52%), da banana (-4,49%), do açúcar (-3,39%), do feijão carioquinha (-0,58%) e da manteiga (-0,44%).
O arroz agulhinha acumula queda de 18,7% em 12 meses e o preço médio do quilo ficou em R$ 5,13, o menor valor desde setembro de 2023, segundo a economista Andréia Ferreira, supervisora do DIEESE em Mato Grosso do Sul. O feijão está 12,72% mais barato em 12 meses.
Nem tudo são boas notícias. O café subiu de novo mais 7,24% e acumula alta de 110% em um ano. A quebra da safra sinaliza que o consumidor vai pagar caro pelo produto ainda pelos próximos meses.
Também tiveram aumento no último mês a batata (13,2%), a farinha de trigo (1,19%0 e o pão francês (2,65%). A carne teve aumento de 0,07% e permanece mais cara com o produtor rural priorizando a exportação, de acordo com a análise da economista.
“A jornada de trabalho necessária para comprar uma cesta básica na capital foi de 114 horas e 25 minutos – redução em 2 horas e 16 minutos na jornada em comparação ao mês de abril”, pontuou.
“Na comparação com Maio de 2024, cuja jornada registrou 116 horas e 37 minutos, o resultado foi de redução em 2 horas e 12 minutos. Para adquirir uma cesta básica em maio de 2025, o trabalhador comprometeu 56,22% do salário mínimo líquido, em função do desconto de 7,5% no valor bruto do salário, que é destinado à Previdência Social. Comparando com o empenho de 57,34% registrado em maio, constatou-se diminuição em 1,12 p.p.”, explicou.